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O eterno bebé

estela

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É o mais rebelde, o contestatário, o que questiona aas regras defendidas pelo mais velho.


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Os irmão mais novos partilham com os filhos únicos a particularidade de nunca viverem a experiência da «destronação». A sua posição na família mantém-se inalterável, o que lhes confere uma certa segurança. E também é verdade que recebem dos pais quase tantos mimos e atenções como aqueles que não têm nenhum irmão. Mas só isso os aproxima.

Eles são em tudo o oposto dos primogénitos. Os pais têm, em relação a eles, menos expectativas o que lhes permite gozar de uma liberdade e ausência de pressões que, muitas vezes, até é apontada pelos irmãos mais velhos como preferência. Esta liberdade de movimentos dá-lhes um espírito muito menos conservador.

«São mais abertos a novas experiências, são menos conscienciosos e mais desorganizados», afirma Otília Monteiro Fernandes. São os rebeldes, os que mais contestam a autoridade, os futuros defensores de causas contra a ordem estabelecida, os que pintam o cabelo de verde, os que mais viajam pelo mundo, os mais engraçados e simpáticos e também os mais populares.

Frank Sulloway, psicólogo e historiador americano que passou 26 anos a analisar mais de seis mil biografias para demonstrar como a ordem do nascimento é determinante, publicou em 1997 o livro «Born to Rebel», onde explica exactamente por que é que os mais novos são, de facto, os mais contestatários. Os filhos mais novos tendem a demacar-se do mais velho e se este é conservador e autoritário, o mais novo vai afirmar-se pela rebeldia e contestação à ordem estabelecida.

Serão sempre
- e tanto mais quanto maior dor a diferença de idades que os separa dos mais velhos - os mais mimados, apoiados e «apaparicados». «Muitas vezes dá jeito aos pais infantilizar um dos filhos e isso acontece quase sempre com o mais novo. É uma tentativa de lhe prolongar a infância para terem a sua companhia durante mais tempo», explica Otília Monteiro Fernandes.
Nem os irmãos mais velhos escapam a um certo sentimento de revolta perante a perda de inocência daquela criança que será sempre, na família, o eterno bebé.


As vantagens das famílias numerosas

«É claro que é diferente ser o mais novo de dois irmãos do mesmo sexo e com uma diferença de idades pequena ou ser o mais novo de quatro ou cinco irmãos», afirma Otília Monteiro Fernandes.
As famílias numerosas estão em extinção mas continuam a ter certas vantagens em relação às de apenas dois irmãos. «Neste caso», explica a investigadora, «é frequente serem os dois do mesmo sexo, o que dificulta a identificação e a afirmação e empobrece a experiência de vida. Além de que são irmãos muito rivalizantes em relação ao pai ou à mãe e também muito culpabilizados quando se zangam. Numa família com vários irmãos, podemos zangar-nos com um, mas temos outro para nos dar a mão., criam-se alianças, formam-se sub-grupos, o que é muito enriquecedor e reconfortante».
 
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