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Um novo estudo realizado por investigadores da Universidade Eötvös Loránd (ELTE), em Budapeste, na Húngria, descobriu o motivo pelo qual os cães são incapazes de reconhecer a maioria das palavras proferidas pelos seres humanos, reporta a revista a Galileu.
A pesquisa inédita publicada na Royal Society Open Science indica que, apesar da sua impressionante audição, estes animais não conseguem prestar atenção às diferenças entre palavras com sons semelhantes -, como por exemplo, 'dog' e 'dig', que significam cão e escavar em inglês.
De acordo com a revista Galileu, os investigadores mediram a atividade cerebral dos patudos através da realização de eletroencefalografias não invasivas (EEG) em laboratório. No decorrer da experiência, após o animal se ter familiarizado com os cientistas e o espaço, os cientistas solicitaram aos tutores que se sentassem num colchão junto aos cães, para que os animais se sentissem calmos. Com os eletrodos colocados nas cabeças, os cães escutaram palavras gravadas de instrução que já conheciam, por exemplo, 'sentar' ('sit', em inglês), sons parecidos (mas sem sentido, como 'sut') e sons sem sentido bastante distintos (como 'bep').
Ao analisarem a atividade cerebral, os investigadores apuraram que os cérebros caninos apenas diferenciavam as palavras conhecidas das diferentes de forma clara e rápida, mais precisamente 200 milissegundos depois de serem pronunciadas. Contudo, os cérebros dos animais não distinguiam as palavras conhecidas das palavras sem qualquer sentido, que apresentavam uma diferença num único som.
Como tal, concluiu-se que os cães aprendem sim algumas expressões ao longo das suas vidas, mas não muitas. Os cientistas argumentam que o padrão observado é semelhante aos resultados de experiências com bebés humanos de aproximadamente 14 meses.
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