O seu bebé tem preguiça para comer?

maioritelia

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Saiba como lhe devolver o apetite

Não há fórmulas mágicas nem uma estratégia única para resolver as situações de preguiça ou falta de apetite nas horas da refeição. O melhor é respeitar o gosto individual de cada criança mas confrontá-la com pratos coloridos e variados, mesmo que, nas primeiras vezes, não prove alguns alimentos. Paciência, criatividade e muita calma são as melhores soluções, conforme explica Aline Denise Maia, nutricionista.

É durante a infância que educamos o gosto e contactamos pela primeira vez com diferentes sabores, texturas e temperaturas.

“Não nos podemos esquecer que a forma como nos alimentamos tem muito a ver com as nossas emoções. Por isso, muitas vezes temos de lidar com crianças “difíceis” para comer e com outras que comem demais!”, salienta Aline Denise Maia, nutricionista.

Como devemos lidar com estas situações? Devemos tornar a hora da refeição um martírio? Devemos insistir ou ser permissivos?


Quando os bebés têm preguiça para comer – dos 6 aos 12 meses – que estratégias se podem adoptar?
O acto de nos alimentarmos está intimamente relacionado com a oralidade e muitas vezes confrontamo-nos com crianças preguiçosas, que se recusam a fazer qualquer esforço para mamar e para deglutir os alimentos, mesmo que sejam líquidos. Por norma, esta é uma situação transitória ou que se consegue ultrapassar facilitando-se a sucção, através da utilização de tetinas com maiores orifícios.

Contudo, há crianças que, não tendo qualquer problema fisiológico, se recusam a mastigar. Nestes casos, é importante a determinação por parte dos cuidadores e a imposição de regras alimentares quer em termos de horários como de composição de refeições.

Uma alimentação saudável exige regras. Evite que a criança petisque entre as refeições e que ingira doces e produtos açucarados que “mascaram” a fome.


Porque é que há crianças que comem de tudo desde pequenas e outras para as quais as horas das refeições constituem um verdadeiro suplício?
Nenhuma criança é igual a outra nem se devem fazer comparações. Há crianças que têm prazer ao sentir texturas e sabores diferentes e outras que demonstram um desinteresse total.

Apesar de difícil, devemos evitar tornar as refeições em momentos dramáticos ou fazer qualquer tipo de chantagem. A paciência e o exemplo continuam a ser as melhores soluções.


Que erros são cometidos pelos pais e que podem levar a que a criança se veja obrigada a comer?
Um dos maiores erros é recorrer-se à chantagem emocional e/ou material. Dizer a uma criança que “se não comer não gostam mais dela” ou que “se comer tudo lhes compram o brinquedo que tanto quer” é transformar a hora da refeição num verdadeiro negócio…

A alimentação não deve ser “tratada” desta forma! Há que explicar às crianças, desde pequenas, qual a importância de se alimentarem correctamente e quais as consequências de não o fazerem.


Como combater a preguiça de certos bebés em se alimentarem convenientemente?
O movimento de mastigação e/ou de sucção, mesmo quando ainda não existem dentes, é importante para a correcta projecção da mandíbula e formação da arcada dentária.

Quando as crianças são preguiçosas e preferem alimentos líquidos ou passados, deve-se, a pouco e pouco, ir modificando a sua textura, passando para alimentos ralados e ir introduzindo alimentos inteiros.Quais os alimentos que já se podem dar às crianças nesta fase, caso não estejam a ser amamentadas?
Como não há alimentos completos e a alimentação saudável se baseia na variedade, o ideal é oferecer à criança diferentes alimentos de forma a suscitar a curiosidade por experimentar e poder decidir aquilo de que gosta mais ou menos.


Como se conseguem resolver tais situações?
Não é raro surgirem na consulta de nutrição pais em pânico e completamente desesperados por não conseguirem alimentar os seus filhos como desejam. Muitas vezes, já experimentaram várias estratégias e não obtiveram qualquer resultado. A ansiedade dos pais, a expectativa e o cansaço do dia-a-dia levam-nos a ter as mais variadas e, por vezes, desajustadas reacções.

Na minha opinião, há que começar por tranquilizá-los e desculpabilizá-los. Ter uma criança pela qual somos responsáveis e não a conseguir alimentar é realmente frustrante mas, desde que não haja patologia associada, malformações e o crescimento decorra de forma adequada, não há motivo para preocupação.

Quando o crescimento e o desenvolvimento ficam comprometidos, então é necessário investigar se há ou não causas físicas para tal comportamento e, eventualmente, utilizar suplementos alimentares durante um determinado período.

Acima de tudo, respeite o gosto das crianças. Também nós, adultos, gostamos mais de uns alimentos do que de outros e não devemos “obrigar” as crianças a gostarem do mesmo que nós! Relaxe…


“Uma alimentação saudável exige regras. Evite que a criança petisque entre as refeições e que ingira doces e produtos açucarados que «mascaram» a fome”

“A paciência e o exemplo continuam a ser as melhores soluções”

“Dizer a uma criança que se não comer não gostam mais dela ou que se comer tudo lhes compram o brinquedo que tanto querem é transformar a hora da refeição num verdadeiro negócio…”

“Também nós, adultos, gostamos mais de uns alimentos do que de outros e não devemos obrigar as crianças a gostarem do mesmo que nós gostamos!”

“Ter uma criança pela qual somos responsáveis e não a conseguir alimentar é realmente frustrante mas, desde que não haja patologia associada, malformações e o crescimento decorra de forma adequada, não há motivo para preocupação”

sapo.
 
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