O seu filho dorme o suficiente?

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Crianças que dormem menos horas do que as necessárias têm mais excesso de peso e dificuldades na escola. O problema tem origem, quase sempre, nos pais.

Crianças que dormem menos horas do que necessitam têm mais probabilidades de vir a ter excesso de peso, dificuldade na concentração, insucesso escolar e problemas de comportamento. Os especialistas apontam o excesso de actividades no dia-a-dia das crianças como uma possível causa do déficit de sono que se verifica em muitos casos. Mas também a incapacidade de os pais estabelecerem rotinas que conduzam a padrões de sono saudáveis.

Em Portugal, os distúrbios de sono são muito frequentes: estima-se que 25 por cento das crianças normais experimente, em algum momento da infância, um problema do sono. A especialista em sono Teresa Paiva alertou «O mais frequente é a má definição de limites. Os miúdos recusam-se a ir dormir e os pais têm dificuldade em exercer uma autoridade normal e saudável, criando maus hábitos». Para a especialista, não proporcionar as necessárias horas de sono a um filho, porque se chega tarde a casa e é preciso levantar cedo, é maltratá-lo: «É uma violência física muito grande, como bater ou não dar de comer».

Luís Januário, presidente da sociedade portuguesa de pediatria, considera «a resistência ao adormecimento como um distúrbio do sono associado a regras parentais pouco firmes relativamente à hora de deitar».

Um estudo realizado na Universidade do Minho analisou os dados de 938 crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 11 anos de idade. Verificou-se que apenas 56,4 por cento das crianças dormem mais de nove horas por noite e cerca de 19 por cento das crianças apresentam problemas relacionados com o sono: a insónia de manutenção, a insónia terminal e a sonolência ao acordar são as queixas mais frequentes.

Um grande estudo internacional patrociando pela Johnson & Johnson sobre o sono das crianças até aos três anos revelou, pela primeira vez, que a insônia dos bebês é mais da responsabilidade dos pais do que de doenças ou problemas das próprias crianças - mas eles não têm consciência disso. Revelou também que este é um problema universal. 35 por cento dos pais brasileiros acreditam que os seus filhos têm algum problema, tal como 25 por cento dos americanos, 76 por cento dos chineses e 23 por cento dos ingleses. O estudo envolveu 35 mil pais de 19 países.
 
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