O sucesso Bond esconde uma família

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“Skyfall” é o 23º filme do agente de Sua Majestade a ser lançado desde a sua estreia em 1962 com "Dr. No" mas nos bastidores existe uma estória de sangue, suor e lágrimas que chega a ser tão emocionante quanto a de James Bond.
A empresa que detém os direitos do agente secreto, Eon Productions, foi fundada pelo falecido produtor Albert R. “Cubby” Brocoli, cujo nome tem figurado em todas as películas desde o primeiro “Doutor No” em 1962, sendo agora a sua família que gere o franchising.
Nascido nos Estados Unidos, filho de italianos, Brocoli sempre foi um homem sem medo de correr riscos e entre os seus primeiros empreendimentos conta-se a produção de bróculos, inspirado com certeza no seu nome italiano.
A famíli Broccoli detêm 50% dos direitos do filme do agente 007 com o estúdio Metro-Goldwyn-Mayer a deter a outra metade. Os números dos últimos 50 anos são impressionantes: A série é uma das mais longas da história, tendo rendido 4,9 mil milhões de dólares em vendas de bilhetes em 22 filmes.
“O Cubby costuma dizer: “Este é o ganso que pôs o ovo de ouro, mantêm o seguro”, contou ao Huffington Post a filha mais nova de Brocolli, Barbara, que é co-produtora dos filmes.
“Uma das coisas que ele disse é que somos pessoas temporárias que tomamos decisões permanentes. Quando temos um franchise, e investimos tanto emocionalmente como nós, tomámos as decisões tendo por base a preocupação em que o franchise avance”, explica.
A actualização constante de actores principais, com Daniel Craig a ser o sexto, tem sido uma preocupação da família Brocolli desde sempre a par com a sua fórmula mágica de muita acção, sexo e intriga. Sean Connery e Roger Moore foram os agentes com mais sucesso tendo participado em sete filmes cada, já o filme com George Lazenby, “Ao serviço de sua Majestade”, foi um rotundo fracasso com o actor a durar somente um episódio.
Para “Skyfall” a família vai fazer uma nova alteração, Q, o guru dos gadgets, volta ao grande ecrã após a sua ausência durante dois filmes. O Q anterior, Desmond Llewelyn interpretou a personagem nuns impressionantes 16 filmes.

A família enfrenta os seus vilões na vida real
Nos anos 70, Harry Saltzman, co-produtor canadiano dos filmes, esbanjou a sua fortuna em vários investimentos. Num momento de desespero, Saltzman podia ter recorrido a Broccoli para ter ajuda mas preferiu dar como colateral a sua produtora Danjaq para obter 20 milhões de dólares em empréstimos pessoais contraídos junto do banco suíço UBS.
Alarmado com a situação, Broccoli contratou um advogado para evitar que a produtora fosse fechada pelo banco, tendo este argumentado que Saltzman não podiam entregar 100% da Danjaq sem a autorização do seu sócio. A parceria acabou por desmoronar-se e Saltzman vendeu a sua parte à United Artists, actualmente uma subsidiária da MGM, com o co-produtor a acabar totalmente falido.
Noutra ocasião, a família enfrentou outro vilão na vida real, Kevin McClory, um irlandês que trabalhou com Ian Fleming no guião de “Thunderball”, mas que não teve os devidos créditos. Após uma longa disputa judicial, McClory ficou com os direitos de "Never Say Never Again," de 1983, o único 007 que não foi produzido pela Eon produtctions.
Este filme marcou o regresso de Sean Connery ao papel de 007 após 12 anos ausente e foi uma forma do escocês “vingar-se” da família Broccoli por sentir que estes não lhe tinham devidamente recompensado financeiramente.
Estas histórias fazem parte do documentário “Everything Or Nothing” que vai estrear esta semana nos Estados Unidos.
Uma das estórias que envolvem a saga de 007, foi porque é que primeiro livro de Ian Fleming “Casino Royale” passou duas vezes para o grande ecrã. O autor britânico vendeu os direitos do livro à Columbia Pictures, detida pela Sony, por apenas 6 mil dólares, e a primeira versão estreou em 1967, numa paródia com vários actores – como David Niven, Peter Seller e Woody Allen – a interpretarem o agente secreto.
Mais tarde, em 1999, a Sony Pictures chegou a acordo com os Broccolis depois de uma disputa legal. Depois das pazes feitas, a empresa nipónica tornou-se na distribuidora dos últimos dois filmes e do novo “Skyfall”. Essa é a razão para que James Bond tenha agora como portátil um Sony Vaio. Falando em novidades, o agente secreto deixou de beber o seu famoso Martini para começa a beber cerveja. Mas só da Heineken.










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