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ONU afirma que alastramento da guerra no Médio Oriente ao Líbano é "potencialmente apocalíptico"

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"Vejo isto como a faísca que vai acender o rastilho", alertou Martin Griffiths.

A propagação ao Líbano da guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza seria "potencialmente apocalíptica", alertou esta quarta-feira o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths.

"Vejo isto como a faísca que vai acender o rastilho. É potencialmente apocalíptico", alertou Martin Griffiths, cujo mandato termina no final do mês, aos jornalistas em Genebra.

O Hezbollah abriu a frente de guerra com Israel em apoio ao Hamas no dia seguinte ao ataque perpetrado pelo movimento palestiniano, a 07 de outubro, no sul de Israel, que causou a morte de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e levou ao sequestro de cerca de 250 civis -- 116 continuam reféns em Gaza, 42 das quais morreram, segundo o exército israelita.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, que já causou 37.718 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo liderado pelo Hamas.

Anunciando que a fase "intensa" dos combates, nomeadamente em Rafah, "está prestes a terminar", o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou que a guerra vai continuar para destruir o Hamas, no poder em Gaza desde 2007 e considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.

O objetivo", segundo Netanyahu, é "recuperar os reféns" detidos em Gaza e "desenraizar o regime do Hamas".

Aliás, o exército israelita bombardeou esta quarta-feira a Faixa de Gaza, onde os combates opuseram soldados ao Hamas em Rafah, depois de os Estados Unidos terem alertado mais uma vez Israel para o risco de um conflito regional no caso de uma guerra contra o Hezbollah libanês.

No norte do território palestiniano, devastado por quase nove meses de guerra, a Defesa Civil declarou que três crianças e uma mulher tinham sido mortas na madrugada desta quarta-feira num ataque israelita a uma casa em Beit Lahia. Foram registados disparos de tanques na cidade de Gaza.

Embora a troca de tiros tenha diminuído de intensidade nos últimos dias, a escalada de ataques em ambos os lados da fronteira na semana passada e as ameaças trocadas entre Israel e o Hezbollah suscitaram o receio de uma nova guerra.

"Uma guerra entre Israel e o Hezbollah poderia facilmente tornar-se uma guerra regional, com consequências desastrosas para o Médio Oriente", advertiu terça-feira o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ao encontrar-se com o homólogo israelita, Yoav Gallant, em Washington.

"Estamos a trabalhar em estreita colaboração para chegar a um acordo, mas temos também de nos preparar para todos os cenários possíveis", afirmou Gallant.

A 19 deste mês, Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, um movimento islamista com uma influência dominante no Líbano, avisou que "nenhum lugar" em Israel seria poupado aos mísseis do seu movimento, um dia depois de o exército israelita ter anunciado que os "planos operacionais para uma ofensiva no Líbano" tinham sido "validados".

Correio da Manhã
 
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