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Biodiversidade
ONU fracassou na protecção das espécies ameaçadas, diz ministro da Alemanha
O ministro do Ambiente alemão acusou hoje a ONU de «16 anos de fracasso» na salvaguarda da biodiversidade e apelou à comunidade internacional para evitar o fiasco da próxima conferência sobre Diversidade Biológica daquela organização, que será na Alemanha
«Trata-se de garantir a sobrevivência de milhares de milhões de pessoas no Planeta», afirmou o ministro social-democrata (SPD) Sigmar Gabriel num debate parlamentar sobre a 9ª Conferência das partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica, que decorrerá entre 19 e 30 de Maio em Bona, Alemanha.
O ministro alemão lamentou que a convenção - adoptada em 1992 no Rio de Janeiro, Brasil - tenha «fracassado depois de 16 anos», lembrando que, todos os anos, o número de espécies que desaparece é entre cem e mil vezes maior do que antes do início da Era Industrial.
Sigmar Gabriel lembrou que a comunidade internacional ainda está «longe» de cumprir o objectivo anunciado de parar a extinção das espécies antes de 2010 e exprimiu a vontade da Alemanha de reverter «essa espiral de fracasso», levando mais em conta «os interesses dos países em desenvolvimento».
O ministro alemão afirmou que a Alemanha «tudo fará» para que a conferência seja «um sucesso», apesar de «não poder excluir um novo fracasso da cimeira»
Defendeu também que do encontro deverão sair «avanços substanciais na luta contra a bio-pirataria», ou seja, a exploração das florestas tropicais por parte da indústria farmacêutica sem compensação económica.
Sigmar Gabriel pediu um tratamento «mais justo» dos países emergentes e defendeu o pedido do Brasil e de outros países emergentes ou em desenvolvimento para uma partilha equilibrada da exploração dos recursos naturais.
Deverá ser concluído um acordo nesse sentido até 2010, afirmou, salientando que para proteger as regiões tropicais também «devemos estar dispostos a pôr dinheiro na mesa»
Nesse sentido, o governante alemão pediu às nações industrializadas, como os Estados Unidos e o Japão, para autorizar compromissos suplementares.
O ministro lembrou que se o ritmo actual de desaparecimento das espécies se mantiver, as consequências económicas serão «profundas»
Um em cada quatro mamíferos, uma ave em oito, um terço dos anfíbios e 70 por cento das plantas estão ameaçados de extinção, segundo a União Mundial para a Natureza.
Organizações ambientalistas, como a Greenpeace, manifestaram-se hoje em frente ao Parlamento alemão, em Berlim, com a reprodução de uma nota de dinheiro de grandes dimensões, para exigir ao Governo da Alemanha que destine dois mil milhões de euros para a protecção das florestas.
Os activistas salientaram que esse financiamento podia ser compensado com cortes nos subsídios ao tráfico aéreo e tráfico automóvel e lembraram que a «protecção das florestas é também protecção do clima».
Lusa/SOL
ONU fracassou na protecção das espécies ameaçadas, diz ministro da Alemanha
O ministro do Ambiente alemão acusou hoje a ONU de «16 anos de fracasso» na salvaguarda da biodiversidade e apelou à comunidade internacional para evitar o fiasco da próxima conferência sobre Diversidade Biológica daquela organização, que será na Alemanha
«Trata-se de garantir a sobrevivência de milhares de milhões de pessoas no Planeta», afirmou o ministro social-democrata (SPD) Sigmar Gabriel num debate parlamentar sobre a 9ª Conferência das partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica, que decorrerá entre 19 e 30 de Maio em Bona, Alemanha.
O ministro alemão lamentou que a convenção - adoptada em 1992 no Rio de Janeiro, Brasil - tenha «fracassado depois de 16 anos», lembrando que, todos os anos, o número de espécies que desaparece é entre cem e mil vezes maior do que antes do início da Era Industrial.
Sigmar Gabriel lembrou que a comunidade internacional ainda está «longe» de cumprir o objectivo anunciado de parar a extinção das espécies antes de 2010 e exprimiu a vontade da Alemanha de reverter «essa espiral de fracasso», levando mais em conta «os interesses dos países em desenvolvimento».
O ministro alemão afirmou que a Alemanha «tudo fará» para que a conferência seja «um sucesso», apesar de «não poder excluir um novo fracasso da cimeira»
Defendeu também que do encontro deverão sair «avanços substanciais na luta contra a bio-pirataria», ou seja, a exploração das florestas tropicais por parte da indústria farmacêutica sem compensação económica.
Sigmar Gabriel pediu um tratamento «mais justo» dos países emergentes e defendeu o pedido do Brasil e de outros países emergentes ou em desenvolvimento para uma partilha equilibrada da exploração dos recursos naturais.
Deverá ser concluído um acordo nesse sentido até 2010, afirmou, salientando que para proteger as regiões tropicais também «devemos estar dispostos a pôr dinheiro na mesa»
Nesse sentido, o governante alemão pediu às nações industrializadas, como os Estados Unidos e o Japão, para autorizar compromissos suplementares.
O ministro lembrou que se o ritmo actual de desaparecimento das espécies se mantiver, as consequências económicas serão «profundas»
Um em cada quatro mamíferos, uma ave em oito, um terço dos anfíbios e 70 por cento das plantas estão ameaçados de extinção, segundo a União Mundial para a Natureza.
Organizações ambientalistas, como a Greenpeace, manifestaram-se hoje em frente ao Parlamento alemão, em Berlim, com a reprodução de uma nota de dinheiro de grandes dimensões, para exigir ao Governo da Alemanha que destine dois mil milhões de euros para a protecção das florestas.
Os activistas salientaram que esse financiamento podia ser compensado com cortes nos subsídios ao tráfico aéreo e tráfico automóvel e lembraram que a «protecção das florestas é também protecção do clima».
Lusa/SOL