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Ordem abre 12 processos por ano por causa de plásticas

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Set 24, 2006
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Cirurgiões dizem que o que aconteceu a Manuel Machado não é uma complicação comum, mas um erro raríssimo. Médico que operou treinador é conceituado e experiente

Todos os anos entram na Ordem dos Médicos uma média de 12 processo relativos a cirurgias plásticas que correm mal. Os números são revelados por Victor Fernandes, presidente do Colégio da Especialidade de Cirurgia Plástica da Ordem. No entanto, os processos referem-se geralmente a incidentes menos graves do que aquele que aconteceu com Manuel Machado, que está em risco de vida devido a uma lipoaspiração.
Aliás, desde que esta cirurgia é realizada em Portugal - início dos anos 80 -Victor Fernandes só se lembra de um caso semelhante: ou seja, em que houve uma perfuração do intestino, seguida de infecção (ver texto em baixo).
E todos os anos são realizadas milhares de lipoaspirações, já que esta é a operação estética mais popular em Portugal. O cirurgião plástico Biscaia Fraga, por exemplo, revelou ao DN que realiza mais de mil por ano. "Não estamos a falar de uma complicação mas de um acidente cirúrgico infeliz, raríssimo", disse Victor Fernandes ao DN. E se houver queixa será investigado pelo Ordem, garantiu.
No entanto, alerta que " a ideia peregrina de que uma cirurgia plástica é uma coisa simples é errada". Há riscos, como há em todas as intervenções. Se há poucas complicações é porque as pessoas que recorrem a este tipo de cirurgias são saudáveis .
Apesar da pequena taxa de complicações, também há casos graves, que resultaram na morte dos doentes. Biscaia Fraga re- corda o caso de uma jovem algarvia que acabou por morrer (ver caixa).
O cirurgião Ibérico Nogueira considera que nos últimos anos, "desde que a especialidade começou a ser invadida por pessoas que confundem negócio com medicina, as complicações subiram em flecha". Também Victor Fernandes não duvida que o mercado está cheio de pessoas que não são cirurgiões plásticos a operar.
Biscaia Fraga diz que no seu consultório e no hospital onde é chefe de serviço, o Egas Moniz em Lisboa, recebe duas a três pessoas por mês com complicações devido a erros em cirurgias plásticas.
No entanto, ao que o DN apurou junto de outros cirurgiões, o médico que operou Manuel Machado não só tem as qualificações exigidas como muita experiência na área.
O presidente do Colégio da especialidade da Ordem dos Médicos reconhece que a área da cirurgia estética e plástica tem um grau de conflitualidade "relativamente elevado". No entanto, segundo Freire Andrade, presidente do conselho disciplinar, a maioria das queixas relacionam-se com o facto de os resultados das cirurgias não terem correspondidos às expectativas dos pacientes.
Já a Deco, recebeu este ano 12 queixas sobre estética, mas relativas a tratamentos de secagem de varizes e de depilação definitiva. "Em 2004 e 2005 tivemos entre 15 e 20 queixas em casos de reduções de peito e implantes de silicone nos lábios, mas desde então não tivemos mais", explicou ao DN Graça Cabral, da Deco.

Fonte: Diário de Notícias
 
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