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OVNI e ET – Realidade ou Mito?

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GF Platina
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Desde as mais longínquas épocas da História, o medo por algo de superior ao homem tem sido constante. Frequentemente, todos os fenómenos a que o ser humano não conseguia dar resposta eram considerados obra dos deuses. Nos nossos dias, o ateísmo e o agnosticismo criaram os seus próprios seres superiores. Daqui se conclui que o medo é inerente ao homem, porque resiste a todos os tipos de desenvolvimento. Nada o tem conseguido destruir. Mas sempre foi, igualmente, desejo e esforço humano procurar respostas. Fenómenos que actualmente, tem explicação natural tinham, em épocas anteriores, explicações que fazem sorrir o homem contemporâneo. É certo que ainda não se encontrou resposta para tudo, nem é de esperar que algum dia se encontre. Se tal acontecesse, a Ciência perderia a sua razão de ser.

Até ao momento presente, não consta que, alguma vez, se tenham encontrado restos de seres extraterrestres ou de naves espaciais vindas de outros planetas. Tudo o que se possa ter afirmado em contrário é pura fraude, como se constata com o chamado caso de Roswell.

Não sabemos se existem seres vivos noutros planetas. Mas só a existência de vida inteligente extraterrestre nos pode suscitar problemas existenciais. Para que seres extraterrestres materiais possam existir, é necessário que os planetas onde possam viver tenham certas características muito especiais: temperatura não muito variável, nem muito elevada, nem muito baixa; água no estado líquido; atmosfera com oxigénio; alimentos; etc. (Isto é, pelo menos, o que nós pensamos, cá na Terra!). Os planetas mais próximos de nós, Vénus e Marte, segundo julgamos saber, não têm estas características. Vénus não tem água e Marte tem água só no estado sólido. Ambos têm atmosferas irrespiráveis, sem oxigénio. Vénus tem temperaturas que rondam os 480º C e tem uma enorme pressão atmosférica com nuvens formadas principalmente de ácido sulfúrico! A temperatura de Marte pode ir desde um pouco acima do ponto de congelação, até cerca de -80º C. Os restantes planetas do nosso sistema solar têm características ainda mais adversas à existência de vida. Por isso, é de excluir que os supostos seres extraterrestres possam vir do nosso sistema solar. Pensamos que se o nosso planeta estivesse mais próximo ou mais afastado do Sol não poderia ter vida! Todavia, existir vida não é o mesmo que existir vida inteligente. É impressionante constatar que, dos milhões de espécies que existem no nosso planeta, só uma é a espécie inteligente!

Excluída a possibilidade de existir vida (inteligente) no nosso sistema solar, resta procurá-la em planetas que possam girar em torno de outras estrelas. Sabemos que o nosso Sol não é mais do que uma entre as biliões de estrelas que existem no Universo. Calcula-se, por exemplo, que a nossa galáxia, a Via Láctea, tem cerca de 500.000 milhões de estrelas, sendo o Sol uma delas. Note-se que é normal haver estrelas muito maiores do que o Sol. Porém, até ao momento, não consta que se tenha descoberto a existência de vida fora da Terra, quer com os melhores telescópios, quer com os radiotelescópios (aparelhos que se destinam a captar, através de ondas de rádio, qualquer indício de vida inteligente extraterrestre). A seguir ao Sol, as estrelas mais próximas de nós são as da constelação Alfa de Centauro (Alpha Centauri), a qual se encontra a 4,3 anos-luz de distância. Será de algum dos planetas que, eventualmente, girem em torno delas que vêm os extraterrestres? Alfa, da constelação de Centauro, (Alpha Centauri), é um sistema triplo, constituído por duas estrelas que giram em torno uma da outra e por uma terceira, Proxima Centauri, mais afastada destas duas. É difícil imaginar planetas em torno de estrelas duplas ou triplas, e mais difícil é estes terem condições propícias à vida inteligente. É muito difícil verificar a existência de planetas fora do sistema solar, porque estes são demasiadamente pequenos, comparados com as estrelas, e além disso, não têm luz própria. Veja-se, por exemplo, que o Sol é 1.300.000 vezes maior que a Terra. De qualquer modo, a distância astronómica que existe entre Alfa e a Terra exclui, por si mesma, a possibilidade de haver contactos directos. É de notar que a luz de Alpha Centauri, deslocando-se à velocidade inimaginável de 300.000 km por segundo, demora 4,3 anos a chegar ao nosso planeta! A esta velocidade, a luz do Sol demora 8 minutos a chegar até nós. Ao olharmos para ele, vemo-lo como ele era 8 minutos antes! À velocidade da luz, os «homens verdes» demorariam cerca de 4,3 anos a chegar cá, e, outros tantos anos de regresso! Será isto possível? Sabemos que a matéria não pode viajar à velocidade da luz. O que Albert Einstein defende, na sua teoria da relatividade, a respeito do que aconteceria, se nos aproximássemos da velocidade da luz, é muito estranho: veríamos as imagens retardadas e por fim, comprimidas à nossa frente. Tão estranho se tornaria o mundo para nós, que sentiríamos o tempo a retardar-se (a dilatação do tempo). Mesmo assim, não significa que os nossos observadores tivessem as mesmas sensações que nós. Por outro lado, há que ter em conta os biliões de quilómetros, todas as dificuldades resultantes da atracção dos corpos celestes, as abissais quantidades de energia e de alimentos que seriam necessárias, a aceleração de arranque, a desaceleração de aterragem, etc. Mesmo viajando a um décimo da velocidade da luz, à incrível velocidade de 30.000 quilómetros por segundo, os «homens verdes» demorariam mais de 40 anos a chegar até nós. Justificam-se todas estas dificuldades, apenas para que venham infligir torturas aos seres do nosso planeta? A própria Terra, para contrabalançar a atracção do Sol, desloca-se, em torno dele, apenas à velocidade de 30 km por segundo, demorando um ano e seis horas na sua trajectória completa em torno dele. Se são tantas as dificuldades de deslocação desde um possível planeta girando em torno de uma estrela situada a 4,3 anos-luz de nós (4 anos e 4 meses), que dizer de estrelas que se situam a distâncias maiores? A nossa galáxia tem um diâmetro de 100.000 anos-luz. O seu centro situa-se a 30.000 anos-luz do nosso sistema solar! Não é, por isso, sensato dizer que vêm até nós seres de outras galáxias!

As características atribuídas aos supostos seres extraterrestres não se conciliam com as de seres materiais. Já vimos que, por mais evoluídos que estes possam ser, não podem igualar a velocidade da luz. Mas o que deles dizem os seus supostos «videntes» vai mais além. Segundo estes, os referidos seres percorrem velocidades vertiginosas, nas suas naves espaciais arredondadas (forma pouco aerodinâmica!), deslocando-se à velocidade do pensamento; têm luminosidade superior a tudo o que se pode encontrar na Terra; sabem tudo: conhecem detalhadamente os seres a quem devem aparecer e analisar, sabem o presente e o futuro do nosso planeta e têm tecnologias que ultrapassam a nossa imaginação; conseguem comunicar com os seus «videntes» mentalmente, sem transmitir palavras ou outro código de comunicação; entram com as portas fechadas; só «aparecem» a pessoas previamente escolhidas; não deixam provas das suas visitas; etc. Quem tem alguma formação religiosa vê, imediatamente, nas características que enunciamos, qualidades de Deus (ou dos demónios!) e dos «corpos gloriosos»: como Deus, os extraterrestres sabem tudo (são omniscientes); não têm dificuldades que resultem do espaço ou do tempo; aparecem cercados de luz, e só a pessoas escolhidas, como nas aparições de Jesus, da Virgem Maria, de Anjos ou de Santos; não deixam provas das suas visitas, para que a «fé» neles seja um acto da livre vontade de cada um; etc. O que acabamos de referir remete as «aparições» das naves espaciais tripuladas para o domínio mental dos seus supostos «videntes». Estamos assim, perante casos de «estados alterados ou modificados de consciência» de pessoas que narram, normalmente sob hipnose, os seus «sequestros» por extraterrestres, ou estamos perante puras invenções.

Quanto aos objectos voadores não identificados (OVNI) que são vistos por muitas pessoas normais, convém salientar o seguinte: existem relatos de fenómenos destes vistos em muitas épocas, e não apenas desde 1947. Sabe-se com efeito, que a atmosfera tem por vezes, fenómenos estranhos, nem sempre compreendidos, como as «formações de plasma», que sugerem bolas de fogo que emitem enormes ruídos e que reflectem as ondas de rádio, impedindo a comunicação por meio delas. Outros fenómenos a salientar são, por exemplo, o da queda de meteoros, que se incendeiam em contacto com a atmosfera, a velocidades que chegam aos 72 km por segundo; ou o de formações nebulosas, chamadas «cúmulos lenticulares», que parecem discos voadores. Nem todos os fenómenos, porém, estão explicados até ao momento; por isso é que a Ciência continua.

São indiscutíveis os lucros obtidos pelas empresas cinematográficas, pela imprensa, pela televisão ou pela rádio, à custa da exploração do «Fenómeno OVNI». Também não são despiciendos os interesses turísticos gerados em torno dos lugares das supostas «aparições». Cidades, como Roswell, vivem do turismo que daqui resulta. Não é ingenuamente que este fenómeno tem as repercussões que se conhecem! Mas pelo menos, tem o mérito de fazer evoluir a Ciência, desafiando-a a encontrar explicações para fenómenos meramente terrestres, e sobretudo, muito terrenos.

Está pois, cientificamente posta de parte a possibilidade de haver contactos físicos com seres vivos de outros planetas, quando a distância é de anos-luz. Pelo menos, é assunto arrumado para os investigadores sérios. Tais «contactos» estão reservados a pessoas com sérios problemas ou com esperteza monetária. Os extraterrestres não vêm de outros mundos: vêm de outro «mundo», aquele que dita o sentido da existência de quem ainda não foi capaz de descobrir outro melhor. Há mesmo, quem afirme que os extraterrestres são demónios que tomam «posse» de certas pessoas. Não pretendemos explicar este fenómeno como sendo «possessão diabólica» no sentido tradicional, mas não deixamos de considerar «diabólicos» os extraterrestres!

Dizer que os extraterrestres são diabólicos é o mesmo que dizer que é uma ideia diabólica procurá-los. De facto, nunca fizeram nenhum bem aos seres deste mundo. Pelo contrário!

Vejamos alguns motivos:

Gastam-se somas astronómicas a investigar se há vida inteligente noutros planetas, a anos-luz de distância, em vez de se resolverem os problemas de tantos milhões de seres humanos que existem mesmo e vivem na mais deprimente miséria. Até há quem deixe transparecer um pouco de sinceridade pessoal, afirmando que é muito mais bem aplicado o dinheiro gasto na evolução da Ciência do que aquele que se gasta a matar a fome de quem precisa!!!...

Os supostos «videntes» de extraterrestres são pessoas doentes, não tirando nenhum proveito salutar dos seus supostos encontros imediatos, nem dando nenhum proveito salutar dos mesmos às outras pessoas. O proveito material, pelo contrário, sabe muito bem explorar estas situações!

Se se provasse a existência noutros planetas, de seres pelo menos tão inteligentes como nós, deixaríamos de ser o penúltimo sentido da Criação e passaríamos a ser apenas mais uma espécie de animais, entre tantas outras talvez mais perfeitas que nós, vinda do nada primordial e que para o nada voltaria, destinada a governar-se pela lei do mais afortunado na vida. A busca do saber conduzir-nos-ia à ausência do que de mais profundo desejamos saber: o sentido da existência. Bem se poderia afirmar: «Os extremos tocam-se»!

A busca de vida inteligente extraterrestre é uma busca de soluções para os problemas de alguns seres vivos deste planeta. É por isso, uma tentativa de consultar seres superiores, fazendo deles uma espécie de deuses não espirituais. Paradoxalmente, é costume atribuir-lhes características nada materiais!

A crença nos ovnis e nos extraterrestres é própria de seitas ocultistas, como a Nova Era, que influenciam muitos dos artistas dos gostos dos jovens e de muitos adultos. Não é por mero acaso que a violência é quase inerente às manifestações artísticas que estão na moda, conduzindo, muitas vezes, ao suicídio! Estas seitas têm a crença de que a Bíblia está cheia de contactos com ovnis, de que Jesus era um extraterrestre, e de que outros extraterrestres hão-de vir salvar a humanidade.

A Bíblia e a tradição cristã perderiam completamente o sentido, ao descobrir-se que o Universo se rege por uma razão de causa e efeito inerente a ele próprio e que a evolução explica tudo, já que, mesmo agora, não faltam os que explicam passagens bíblicas como sendo actividades de extraterrestres mais evoluídos.

Toda a Bíblia e a tradição cristã assentam no pressuposto de que a Terra é que é a morada dos seres vivos materiais, que estão todos subordinados ao homem e que todo o restante Universo é paisagem. A própria criação é narrada numa perspectiva estritamente terrestre. Não é porque a teoria geocêntrica já passou, que a Terra deixou de ser o «centro do Universo»!

Não tendo nós qualquer possibilidade de entrar em contacto directo com os extraterrestres, a salvação que Jesus veio trazer à Terra não se destina a eles, porque nós não podemos sair desta Terra habitada, para ir pelo mundo todo, além deste planeta, para evangelizar todos os outros povos, e só podemos ir até ao fim da terra. Por isso, os extraterrestres não são seres humanos: ou estão num nível inferior, o dos animais ou o das plantas; ou estão num nível superior, o dos deuses ou o dos anjos!

O princípio e o fim do mundo e da vida não são obra do acaso, mas da preexistência de algo não material, anterior à explosão do nada que deu origem à existência da matéria. Nada se forma a partir do nada e a vida não é mero resultado da acção da matéria. Pelo contrário, a interligação entre a vida e a matéria que a suporta é um mistério que ultrapassa por completo a actual concepção de Ciência.

Conclusão:

A consciência de estarmos sós entre as milhões de espécies de seres vivos deste planeta, situado numa parcela ínfima de espaço e de tempo num Universo de dimensões fantasmagóricas que nunca poderemos medir, reforça astronomicamente a importância da nossa responsabilidade. As infinitas dimensões espaciais e todos os milhões de anos do Universo têm como causa penúltima cada um de nós, que desperdiçamos a nossa vida com a nossa rotineira mesquinhez! Este é pois, o único lugar onde há vida inteligente com suporte material. O mundo é a Terra; o resto é paisagem. Não há nenhum desperdício de espaço, tendo em conta a infinita grandeza da responsabilidade de cada um de nós! O que são alguns mil milhões de anos de duração do Universo, em comparação com a Eternidade? O que é a limitada matéria do Universo, em comparação com o espírito?
 
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