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Pablo Picasso, O GÊnio Da Arte Moderna

aguda

GF Ouro
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A mulher do leque

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aguda

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Pensamentos de Picasso


1.
Sou categórico ao afirmar que jamais considerei a pintura como simples arte do agradável, da distração; eu quis, pelo desenho e pela cor, uma vez que eram estas as minhas armas, penetrar sempre mais no conhecimento do mundo e dos homens, a fim de que esse conhecimento nos libere a todos cada dia mais... Agora compreendo que isso só não é suficiente; esses anos terríveis de opressão me demonstraram que devo combater não somente através da minha arma, mas de todo o meu ser.


2.
Não me surpreendo com o abuso que tem sofrido a palavra "evolução". Eu não evoluo, eu sou. Em arte, não existe nem passado nem futuro. A arte que não é do presente não é de tempo algum. Não é arte.


3.
O que vocês pensam que seja um artista? Um imbecil feito só de olhos, se é pintor; ou só de ouvidos, se é músico; ou de coração em forma de lira, se é poeta; ou mesmo feito só de músculos, se se trata de um pugilista. É exatamente o contrário. Ele é ao mesmo tempo um ser político, sempre alerta aos acontecimentos tristes, alegres, violentos, aos quais reage de todas as maneiras. Não, a pintura não é feita para decorar apartamentos. É um instrumento de guerra para operação de defesa e ataque contra o inimigo.

4.
Pinto as coisas como as imagino, não como as vejo.

5.
Para mim, um domingo perfeito é aquele do ditado espanhol: "De manhã - missa; de tarde - touros; à noite - bordel".

6. Eu não procuro, eu encontro.


7. Sempre que tenho uma idéia e começo a retratá-la, ela acaba se transformando em uma outra coisa pouco tempo depois. É por isso que algumas pess\oas dizem que jamais pude fazer um quadro por inteiro.

8. Alguns pintores passam quase um ano avançando, crescendo centímetro por centímetro, o trabalho na tela. Eu passo um ano pensando num quadro e depois, em alguns minutos de desenho, executo-o.


9.
Nada que não possua um objetivo a atingir, um resultado a conquistar, um enigma a resolver, um mistério a penetrar, me interessa.

10. Um artista não é tão livre quanto parece. Foi o que senti quanto fiz os retratos de Dora Maar. Não podia fazer um desenho sequer em que ela aparecesse com um sorriso. Para mim, ela representava a mulher em pranto. Durante vários anos, pintei-a sempre sob formas torturadas., sem que fosse por sadismo ou prazer. O que eu fazia era sempre obedecer a uma visão que se me impunha. Era a relidade profunda, não a superficial que eu retratava... O pintor tem os seus limites, que nem sempre são aqueles que se imaginam.


11.
A Guerra da Espanha é a batalha da reação do povo e contra a liberdade. Toda a minha vida de artista não foi senão uma luta contínua contra o reacionarismo e a morte da arte. No quadro Guernica e em grande parte de minha obra, procurei exprimir claramente o meu horror à casta militar que mergulhou a Espanha num mar de pranto de de morte.

12. A realidade deve sempre ser ultrapassada. O que as pessoas esquecem é que tudo é único. A natureza nunca faz duas vezes a mesma coisa. É por isso que sempre procuro estabelecer relações inesperadas entre os objetos, o que chamo de "relações de grande distância " : uma cabeça pequena num corpo grande, ou uma cabeça grande num corpo pequeno. Tento assim despertar o espírito, atraí-lo numa direcão que ele não está acostumado. Quero revelar ao espectador alguma coisa que sem mim não poderia descobrir. É por isso que insito na dessemelhança entre o olho esquer e o olho direito. Um pintor não deveria pintá-los iguais porque eles não são iguais. O meu objetivo é por as coisas em movimento, provocar o movimento através de tensões contraditórias. Espero assim captar o melhor momento.

13. Numa exposição, o general alemão Otto Abetz, governador da cidade de Paris durante a ocupação nazista, dirigindo-se a Picasso, lhe perguntou: "Foi o senhor quem fez este horror?" Ao que, com toda a fleugma, ele teria respondido: "Não, senhor embaixador. Esse horror foi feito pelos senhores!"
 
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