Padre não quer venda de castanhas à porta da Basílica dos Mártires

Lordelo

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O padre da Basílica dos Mártires, na Rua Garret, em Lisboa, quer proibir a venda de castanhas à porta da igreja por considerar que o fumo da assadura coloca em causa as pinturas do século XVIII de Pedro Alexandrino de Carvalho. "A venda de castanhas assadas no adro de uma basílica põe em risco o espólio artístico nela contido, que não é meu, nem da senhora [vendedora] Filipa Gaspar, mas de Portugal", disse o padre Armando Duarte em declarações ao jornal O Corvo.

A vendedora de castanhas Filipa Gaspar diz que as reclamações do páraco só começaram "no início no mês de Outubro deste ano". "Não tenho tido descanso. Todos os dias, o padre implica comigo e diz-me que vou ter de sair daqui", contou à mesma fonte. Uma versão diferente da apresentada por Armando Duarte que garante ter começado a reclamar em Dezembro de 2016 -e ter parado em Março deste ano quando as castanhas foram substituídas pela fruta.

A Junta de Santa Maria Maior já se deslocou ao local, a pedido do padre, mas terão concluído que o fumo descia a rua e não entra no monumento histórico, segundo Filipa Gaspar. Ao O Corvo, o presidente, Miguel Coelho, disse tratar-se " de um assunto que está a ser analisado pelos serviços competentes da Junta", não havendo "informação adicional".

Armando Duarte garante que não vai desistir. "Nada me move contra a senhora Filipa Gaspar, mas é meu dever defender este 'tesouro de arte' que me foi confiado. Foi isso que fiz junto do presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior e farei, caso o assunto não se resolva, junto da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais", anunciou.
 
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