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A meta de 10% de uso de energias renováveis no sector europeu dos transportes em 2020 foi debatida numa comissão do Parlamento Europeu. Ficou agora estipulado que o uso de biocombustíveis nos transportes rodoviários não poderá ultrapassar os 6%, uma medida que vem ao encontro das preocupações com os efeitos do combustível feito a partir de produtos agrícolas.
Os impactos negativos dos biocombustíveis estão na base da decisão tomada pela comissão presidida por Claude Turmes, que justificou a fixação do limite para "fortalecer as salvaguardas contra os impactos negativos dos biocombstíveis".
A decisão vem ao encontro das preocupações de ambientalistas e do Banco Mundial, que apontam o aumento do uso de biocombustíveis como sendo o responsável pela subida em flecha do preço dos alimentos e contribuirem para a deflorestação.
A comissão aprovou igualmente uma meta de médio prazo, definindo que em 2015 o transporte rodoviário deve usar 5% de combustíveis com origem em fontes renováveis. E um quinto (1%) deverão ser combustíveis de outras fontes que não os produtos agrícolas.
As fontes alternativas aos biocombustíveis são o hidrogénio, electricidade vinda de fontes renováveis e os biocombustíveis de segunda geração, fabricados a partir do lixo.
A comissão prevê ainda uma revisão deste plano em 2014, tendo em conta os avanços tecnológicos que se tenham desenvolvido até essa altura e a exequibilidade da meta proposta para 2020.
Esquerda.Net
