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- Jun 9, 2008
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O calor está chegando e, para curtir à vontade, é preciso cuidar da depilação. Descubra aqui quais são os métodos seguros - e os contra-indicados - para se livrar dos pêlos na gestação
Por Carol Salles
Cera, lâmina, cremes, laser... O cardápio é variado, mas, afinal, qual é o melhor (e o mais seguro) procedimento de remoção de pêlos para adotar durante a gravidez? O dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, explica que nenhum método, nem mesmo os químicos, como cremes depilatórios, consegue penetrar na pele e causar algum mal ao bebê – exceção feita ao laser na região abdominal.
No entanto, com as várias alterações hormonais durante os nove meses, a predisposição às alergias, manchas e foliculite (inflamação no folículo piloso) aumenta – e é este o risco que deve ser avaliado na hora de escolher como se livrar dos fios. Caso um desses quadros surja, será preciso tomar medicamentos que podem ser prejudiciais ao feto.
A alteração hormonal, no entanto, acaba sendo vantagem para algumas mulheres: “Os hormônios masculinos vão embora e ficam só os femininos. Isso faz com que os pêlos afinem naturalmente e algumas vezes é possível até abrir mão da depilação”, afirma Valcinir Bedin.
Se este não é o seu caso, a dermatologista Carla Sallet (SP), autora do livro Grávida e bela (ed. Senac), acredita que a melhor opção é avaliar, com a ajuda do seu médico, se o procedimento ao qual você está acostumada continuará a ser o melhor durante a gravidez. Confira aqui quais são os métodos liberados e quais os proibidos.
SINAL VERDE PARA:
LÂMINA
Fácil de usar, prática e barata, é a campeã da preferência por grande parte das gestantes. O procedimento é indolor e remove apenas a parte superficial dos fios que voltam a crescer 1 ou 2 dias depois.
Mas, apesar de parecer inocente, a lâmina pode desencadear foliculite, principalmente na região da virilha. “Com o aumento do peso e do abdominal, a pele dessa região sofre mais atrito com os tecidos das roupas, favorecendo o aparecimento das bolinhas”, explica Carla Sallet.
Outra desvantagem deste método é que ele resseca bastante a pele. “A lâmina raspa levemente a epiderme, levando junto o manto hidrolipídico, uma camada muito fina de água e óleo que a protege”, diz a dermatologista Luciane Scattone (SP). Para amenizar a desidratação, evite passar a lâmina sobre a pele seca – sempre lubrifique a região com sabonete ou cremes específicos para isso.
APARELHOS ELÉTRICOS
Estas maquininhas são uma excelente opção, pois além de seguras (não agridem nem cortam a pele), são práticas – é possível se depilar a qualquer hora, no conforto de casa, e até levá-los na bagagem.
Existem dois tipos: as que apenas cortam o pêlo e as que os arrancam pela raiz. As primeiras oferecem resultados similares à raspagem com lâmina. A diferença é que o corpo precisa estar seco.
Já as do segundo tipo garantem resultados duradouros, pois os fios só voltam a crescer depois de 20 a 30 dias. A grande desvantagem? A dor. Os aparelhos modernos, no entanto, contam com uma série de mecanismos para aliviar esse desconforto – desde placas de gelo que deixam a epiderme adormecida a sistemas massageadores vibratórios que evitam o repuxamento da pele. Outro ponto negativo: como os pêlos são arrancados da raiz, a probabilidade de encravarem é maior.
SINAL AMARELO PARA:
CERA
A versão à quente do método divide a opinião dos especialistas. O dermatologista Valcinir Bedin acredita ser a melhor opção para gestantes: além da rapidez e dos resultados duradouros (só é preciso enfrentar nova sessão depois de 20 a 30 dias), “o calor funciona como um antiinflamatório,” explica.
Para o dermatologista Jardis Volpe, a dor é o maior problema na depilação com cera durante a gravidez: “A pele da mulher está mais sensível e, por isso, o procedimento fica mais dolorido que o normal”.
Já a dermatologista Carla Sallet tem outra visão sobre cera quente na gestação. Para ela, não deve ser usada: “Com a alteração hormonal, é comum surgir pigmentação escura na virilha e na axila. A cera quente pode aumentar essa pigmentação, além de desencadear o aparecimento de vasinhos vermelhos na perna.”
Mas ela salienta que é importante observar a genética de cada mulher, pois as morenas costumam ser alvo mais fácil de manchas escuras do que aquelas com pele clara. Alguns cuidados devem ser tomados por quem elege este tipo de depilação: só confie em locais que zelam pela limpeza e não reutilizam a cera; não faça uso frequente deste método e hidrate muito bem a pele depois.
Já a cera fria, apesar de ser um método mais dolorido do que a quente, também pode ser feita em casa, com folhas prontas de depilação a frio, ou em salões especializados.
SINAL VERMELHO PARA:
CREMES DEPILATÓRIOS
Apesar de práticos – basta espalhar o creme na área a ser depilada e retirar com uma espátula minutos depois – são contra-indicados durante a gravidez, pois podem causar alergia. “As substâncias usadas para derreter a haste dos pêlos são agressivas nesta fase”, explica Carla Sallet.
LASER
É contra-indicado durante a gravidez, pois são grandes as chances de deixar a pele manchada por conta da bagunça hormonal. A dermatologista Bruna Bravo, no entanto, acredita que esta é uma excelente opção para mulheres que ainda estão planeando a gravidez.
“Eliminar os fios com laser meses antes de engravidar é acabar com um problema que pode afetar esta fase tão especial da vida de qualquer mulher.” Mas tenha em mente que são necessárias entre 6 e 8 sessões, com intervalos de 30 dias entre cada uma, para a eliminação de cerca de 80% dos pêlos.
ENCRAVADOS NUNCA MAIS!
Quando os pêlos estão em fase de crescimento, os folículos pilosos podem não conseguir romper a camada mais exterior da pele. Eles acabam se desenvolvendo por baixo dela, dando origem aos famosos pêlos encravados. Confira as dicas do dermatologista Jardis Volpe para evitar esse incomodo:
Antes da depilação, faça uma esfoliação leve, com produtos à base de sementes de abricó, esfoliantes manipulados ou ainda com uma mistura de açúcar e óleo de amêndoas.
Cultive um ritual diário de hidratação com cremes emolientes no corpo todo, depois do banho.
Evite roupas apertadas (elas dificultam a saída do fio), tomar banhos muito quentes e esfregar esponjas na pele com muita força, pois são factores que causam irritação.
Não tente retirar sozinha os fios encravados. Procure um dermatologista ou uma esteticista de confiança.
Fonte: Revista Meu Nenê/Ed. 117
Por Carol Salles
Cera, lâmina, cremes, laser... O cardápio é variado, mas, afinal, qual é o melhor (e o mais seguro) procedimento de remoção de pêlos para adotar durante a gravidez? O dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, explica que nenhum método, nem mesmo os químicos, como cremes depilatórios, consegue penetrar na pele e causar algum mal ao bebê – exceção feita ao laser na região abdominal.
No entanto, com as várias alterações hormonais durante os nove meses, a predisposição às alergias, manchas e foliculite (inflamação no folículo piloso) aumenta – e é este o risco que deve ser avaliado na hora de escolher como se livrar dos fios. Caso um desses quadros surja, será preciso tomar medicamentos que podem ser prejudiciais ao feto.
A alteração hormonal, no entanto, acaba sendo vantagem para algumas mulheres: “Os hormônios masculinos vão embora e ficam só os femininos. Isso faz com que os pêlos afinem naturalmente e algumas vezes é possível até abrir mão da depilação”, afirma Valcinir Bedin.
Se este não é o seu caso, a dermatologista Carla Sallet (SP), autora do livro Grávida e bela (ed. Senac), acredita que a melhor opção é avaliar, com a ajuda do seu médico, se o procedimento ao qual você está acostumada continuará a ser o melhor durante a gravidez. Confira aqui quais são os métodos liberados e quais os proibidos.
SINAL VERDE PARA:
LÂMINA
Fácil de usar, prática e barata, é a campeã da preferência por grande parte das gestantes. O procedimento é indolor e remove apenas a parte superficial dos fios que voltam a crescer 1 ou 2 dias depois.
Mas, apesar de parecer inocente, a lâmina pode desencadear foliculite, principalmente na região da virilha. “Com o aumento do peso e do abdominal, a pele dessa região sofre mais atrito com os tecidos das roupas, favorecendo o aparecimento das bolinhas”, explica Carla Sallet.
Outra desvantagem deste método é que ele resseca bastante a pele. “A lâmina raspa levemente a epiderme, levando junto o manto hidrolipídico, uma camada muito fina de água e óleo que a protege”, diz a dermatologista Luciane Scattone (SP). Para amenizar a desidratação, evite passar a lâmina sobre a pele seca – sempre lubrifique a região com sabonete ou cremes específicos para isso.
APARELHOS ELÉTRICOS
Estas maquininhas são uma excelente opção, pois além de seguras (não agridem nem cortam a pele), são práticas – é possível se depilar a qualquer hora, no conforto de casa, e até levá-los na bagagem.
Existem dois tipos: as que apenas cortam o pêlo e as que os arrancam pela raiz. As primeiras oferecem resultados similares à raspagem com lâmina. A diferença é que o corpo precisa estar seco.
Já as do segundo tipo garantem resultados duradouros, pois os fios só voltam a crescer depois de 20 a 30 dias. A grande desvantagem? A dor. Os aparelhos modernos, no entanto, contam com uma série de mecanismos para aliviar esse desconforto – desde placas de gelo que deixam a epiderme adormecida a sistemas massageadores vibratórios que evitam o repuxamento da pele. Outro ponto negativo: como os pêlos são arrancados da raiz, a probabilidade de encravarem é maior.
SINAL AMARELO PARA:
CERA
A versão à quente do método divide a opinião dos especialistas. O dermatologista Valcinir Bedin acredita ser a melhor opção para gestantes: além da rapidez e dos resultados duradouros (só é preciso enfrentar nova sessão depois de 20 a 30 dias), “o calor funciona como um antiinflamatório,” explica.
Para o dermatologista Jardis Volpe, a dor é o maior problema na depilação com cera durante a gravidez: “A pele da mulher está mais sensível e, por isso, o procedimento fica mais dolorido que o normal”.
Já a dermatologista Carla Sallet tem outra visão sobre cera quente na gestação. Para ela, não deve ser usada: “Com a alteração hormonal, é comum surgir pigmentação escura na virilha e na axila. A cera quente pode aumentar essa pigmentação, além de desencadear o aparecimento de vasinhos vermelhos na perna.”
Mas ela salienta que é importante observar a genética de cada mulher, pois as morenas costumam ser alvo mais fácil de manchas escuras do que aquelas com pele clara. Alguns cuidados devem ser tomados por quem elege este tipo de depilação: só confie em locais que zelam pela limpeza e não reutilizam a cera; não faça uso frequente deste método e hidrate muito bem a pele depois.
Já a cera fria, apesar de ser um método mais dolorido do que a quente, também pode ser feita em casa, com folhas prontas de depilação a frio, ou em salões especializados.
SINAL VERMELHO PARA:
CREMES DEPILATÓRIOS
Apesar de práticos – basta espalhar o creme na área a ser depilada e retirar com uma espátula minutos depois – são contra-indicados durante a gravidez, pois podem causar alergia. “As substâncias usadas para derreter a haste dos pêlos são agressivas nesta fase”, explica Carla Sallet.
LASER
É contra-indicado durante a gravidez, pois são grandes as chances de deixar a pele manchada por conta da bagunça hormonal. A dermatologista Bruna Bravo, no entanto, acredita que esta é uma excelente opção para mulheres que ainda estão planeando a gravidez.
“Eliminar os fios com laser meses antes de engravidar é acabar com um problema que pode afetar esta fase tão especial da vida de qualquer mulher.” Mas tenha em mente que são necessárias entre 6 e 8 sessões, com intervalos de 30 dias entre cada uma, para a eliminação de cerca de 80% dos pêlos.
ENCRAVADOS NUNCA MAIS!
Quando os pêlos estão em fase de crescimento, os folículos pilosos podem não conseguir romper a camada mais exterior da pele. Eles acabam se desenvolvendo por baixo dela, dando origem aos famosos pêlos encravados. Confira as dicas do dermatologista Jardis Volpe para evitar esse incomodo:
Antes da depilação, faça uma esfoliação leve, com produtos à base de sementes de abricó, esfoliantes manipulados ou ainda com uma mistura de açúcar e óleo de amêndoas.
Cultive um ritual diário de hidratação com cremes emolientes no corpo todo, depois do banho.
Evite roupas apertadas (elas dificultam a saída do fio), tomar banhos muito quentes e esfregar esponjas na pele com muita força, pois são factores que causam irritação.
Não tente retirar sozinha os fios encravados. Procure um dermatologista ou uma esteticista de confiança.
Fonte: Revista Meu Nenê/Ed. 117