PEV diz que «nuclear representa um perigo para a Humanidade»

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PEV diz que «nuclear representa um perigo para a Humanidade»

O Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) afirmou hoje que «o nuclear representa um perigo para a Humanidade» e criticou «a pressão exercida por alguns meios para forçar esta opção em Portugal».

«O nuclear representa um perigo para a Humanidade e o PEV reafirma a sua total rejeição ao nuclear, seja ele 'civil' ou militar, e considera de uma total falta de oportunidade e responsabilidade a pressão exercida por alguns meios para forçar esta opção em Portugal», afirma o PEV, num comunicado divulgado hoje à imprensa, que assinala o 63º aniversário do rebentamento da primeira bomba nuclear em Hiroxima e Nagasaki.

No comunicado, o PEV evoca os «milhares de pessoas perderam a vida» e aqueles que ficaram com «sequelas dramáticas para o resto da vida» e relembra que, «seis décadas depois, os riscos inerentes ao nuclear não diminuíram no planeta».

«Os Verdes» relembram ainda os acidentes nucleares de Three Miles Island, em 1979, e de Chernobil, em 1986, para dizer que estes «não foram dramas menores e vieram demonstrar que o nuclear não constitui apenas uma ameaça quando é usado para fins militares».

«[O nuclear] representa sempre um potencial perigo de destruição de todo o tipo de formas de vida, cujas consequências que perduram por milhares ou milhões de anos são, ainda hoje, difíceis de avaliar na sua totalidade», lê-se ainda no documento.

Como tal, os ecologistas acreditam que a data «deve ainda lembrar que são precisos esforços para promover a paz no mundo e empenho no desarmamento nuclear, aprofundando o cumprimento do tratado do desarmamento e não proliferação de armas nucleares».

Amanhã, dia 6 de Agosto de 2008, assinala-se o 63º aniversário do rebentamento da primeira bomba nuclear em Hiroxima. O aniversário da explosão em Nagasaki acontece três dias mais tarde, a 9 de Agosto.

Há algumas semanas, as associações Industrial Portuguesa (AIP), Empresarial de Portugal (AEP) e Confederação da Industria Portuguesa (CIP) tinham enviado um documento conjunto a José Sócrates, Cavaco Silva e ao ministro da Economia, Manuel Pinho, que considerava ser «urgente equacionar a opção nuclear, promover um debate sério, e estudá-la com rigor num quadro global de expansão, diversificação e eficiência energéticas».

A proposta entregue abordava ainda a coordenação entre Portugal e Espanha na produção de energia nuclear, referindo que essa seria «uma opção interessante» para ser «analisada e avaliada».

Diário Digital / Lusa
 
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