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Pioneiros da Lua defendem que o Homem deve pensar em rumar a Marte

ecks1978

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O mais famoso pequeno passo de sempre celebrou ontem 40 anos. A 20 de Julho de 1969, o americano Neil Armstrong desceu do módulo lunar Eagle e pisou a Lua. Ontem, Armstrong não estava entre os astronautas que a NASA reuniu numa conferência comemorativa (costuma evitar aparecer em público). Mas Buzz Aldrin, o segundo homem a pôr um pé em solo lunar, foi um dos sete antigos astronautas que falaram na sede da agência espacial, em Washington, sobre o futuro da exploração do espaço extraterrestre. E Marte foi a meta apontada.

"Abrimos a porta à exploração espacial ao chegar à Lua", lembrou Aldrin, sublinhando que o espaço deve ser uma prioridade e mostrando-se surpreso (juntamente com alguns dos outros veteranos) pelo facto de o Homem ainda não ter chegado a Marte neste final da primeira década do século XXI.

Aldrin é há muito um defensor de uma viagem tripulada ao planeta vizinho da Terra. E argumenta que, se os custos e dificuldades técnicas forem demasiado para uma viagem de ida e volta, a solução pode mesmo passar por uma expedição sem regresso. A partida para Marte seria feita por colonos espaciais, dispostos a não voltar à Terra.

Todos os astronautas na conferência de ontem viveram o auge da corrida ao espaço e, alimentada pela Guerra Fria, a grande pressão para se conseguir a ida à Lua. E todos passaram também pelo desinteresse a que a Lua foi votada a partir de meados da década de 70.

Críticas à falta de estratégia

Alguns elementos do grupo foram críticos em relação ao pouco investimento financeiro que os EUA têm dedicado à exploração espacial nos últimos anos. Mas David Scott, que fez parte da tripulação da Apolo 15 e que foi o primeiro astronauta a conduzir um carro lunar, apresentou um argumento simples: "É muito caro. Temos de encontrar uma boa razão para ir a Marte e que justifique o financiamento." Na discussão sobre a exploração espacial, é frequente a questão: o pequeno passo de Armstrong na Lua foi um grande passo para a Humanidade ou apenas um grande desperdício de dinheiro?

O antigo astronauta Charles Duke, que esteve na Lua em 1972 (o último ano em que os humanos lá puseram pé), argumentou que investir no espaço ajuda a fomentar tanto a economia como o avanço tecnológico: "Não houve um cêntimo que fosse gasto na Lua. Foi gasto na América. Criou a tecnologia que hoje usamos. Como nação, devemos continuar a investir alguns recursos no futuro, tal como faz qualquer empresa."

O piloto da malograda Apolo 13, Jim Lovell, foi outro dos que criticaram a actual estratégia espacial. Lovell classificou a Estação Espacial Internacional, um esforço conjunto de vários países, como "quase um elefante branco". E, referindo-se aos planos para a desactivar já em 2016 (a estação foi lançada há 11 anos), atirou: "Digam-me quem planeou isso."

Após a conferência na NASA, Armstrong, Aldrin e Michael Collins (o piloto que acompanhou os outros dois na missão Apollo 11, mas que não desceu à Lua) foram recebidos por Barack Obama.

No seu discurso, o Presidente americano elogiou os três astronautas e agradeceu o contributo que deram para o avanço espacial: "Acho que é justo dizer que o marco para a excelência da exploração e da descoberta será sempre representado pelos homens da Apollo 11." Mas esteve longe de mostrar um grande entusiasmo com a exploração do espaço.

Bem diferente do frenesim espacial da década de 1960, a Administração Bush estabeleceu como meta voltar à Lua em 2020. Criada uma base lunar, a viagem a Marte poderá ficar mais próxima - mas não há qualquer data definida para rumar ao planeta vermelho.
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