Notícias Polícia britânica esperava manifestantes extremistas, mas não apareceram

Lordelo

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A polícia tinha-se preparado para outra noite de violência em 100 pontos do Reino Unido, depois de uma semana de violência e desordem alimentada por mentiras relativas a um esfaqueamento de de três crianças (uma delas portuguesa) assassinadas à facada por um jovem britânico filho de migrantes em Southport (noroeste de Inglaterra).






Muitos estabelecimentos comerciais com montras para a rua protegeram-nas e encerraram as portas, com medo do que poderia acontecer.


Entretanto, vários grupos antirracistas planearam contra-manifestações em resposta, mas em muitos dos locais ficaram sozinhos nas ruas.


Em Londres, Bristol, Oxford, Liverpool e Birmingham, grandes e pacíficas multidões juntaram-se em torno de agências e escritórios de advocacia especialistas em migrações que tinham sido colocados em listas de possíveis ataques por grupos de extrema-direita.


De forma avassaladora, questionavam "De quem são as ruas?" para responderem de imediato "São as nossas ruas!".


Uma significativa mudança face ao caos que irrompeu nas ruas da Inglaterra e Irlanda do Norte, desde 30 de julho.


Cidades e vilas foram abaladas por motins e assaltos na semana passada, com multidões em fúria, encorajadas por extremistas de direita, a confrontarem-se com a polícia e contra-manifestantes.


Os distúrbios começaram depois de se espalharem mentiras nas redes sociais sobre o esfaqueamento que causou a morte a três meninas na comunidade costeira de Southport, cuja autoria foi atribuída falsamente a um suspeito identificado como imigrante e muçulmano.


Manifestantes a gritarem slogans anti-imigrantes atacaram mesquitas e hotéis que acolhiam candidatos a asilo, criando medo nas comunidades muçulmanas e de imigrantes.


Nos últimos dias, surgiram relatos de contra-ataques violentos em alguns locais.


Ao início da noite, de forma geral, não houve notícias de violência.


Um grupo de apoiantes de imigrantes, que rapidamente atingiu as centenas, no bairro londrino de North Finchley, constatou que estava apenas com a companhia de várias dezenas de agentes da polícia.


A multidão gritava "refugiados bem-vindos" e "Londres contra o racismo". Alguns tinham cartazes com frases como "Parar a extrema-direita", "Migração com é crime" e "Finchley contra o fascismo".


No exterior de um centro de imigração, na área de Walthamstow, no leste de Londres, um animador da manifestação gritava "Escumalha fascista", a que os manifestantes respondiam "Fora das nossas ruas".


O primeiro-ministro, Keir Starmer, descreveu os motins ocorridos como "bandidagem da extrema-direita" e rejeitou qualquer leitura que indicasse a política governamental sobre imigração como a causa dos motins.


A polícia já fez mais de 400 detenções e está a considerar usar leis antiterroristas para acusar alguns dos detidos.


Entre os primeiros sentenciados está Derek Drummond, de 58 anos, condenado a três anos de prisão, por desordem violenta e agressão a um polícia, em 30 de julho, em Southport.

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