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Polícia Federal do Brasil faz operação contra acusados de espionagem ilegal durante governo de Jair Bolsonaro

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Entre os alvos da ação desta quinta-feira estão ex-assessores da presidência da República suspeitos de participarem no chamado "Gabinete do Ódio"

A Polícia Federal (PF) brasileira desencadeou esta quinta-feira uma operação em cinco estados do país contra acusados de terem feito espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, para o favorecer ou para denegrir opositores, autoridades e jornalistas. Estão a ser cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, autorizados pelo juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os alvos da ação desta quinta-feira estão ex-assessores da presidência da República suspeitos de participarem no chamado "Gabinete do Ódio", uma estrutura clandestina criada por um dos filhos de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, dentro do próprio palácio do governo, em Brasília, para produzir e disseminar nas redes sociais notícias falsas contra políticos que se opunham ao executivo de então. Outros alvos são agentes da ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, a "secreta" do Brasil, acusados de usarem a estrutura do órgão para espiar milhares de pessoas de forma ilegal enquanto Bolsonaro foi presidente, com o auxílio de equipamentos de alta tecnologia adquiridos em segredo em Israel.

De acordo com a PF, esses agentes conseguiram invadir telemóveis, computadores e outros equipamentos de parlamentares que faziam oposição a Bolsonaro, de juízes de várias instâncias e de muitos jornalistas, além de outras dezenas de milhar de pessoas, que tinham a sua localização monitorizada e os seus arquivos informáticos devassados. Ainda de acordo com a Polícia Federal, no palácio presidencial, os assessores comandados por Carlos Bolsonaro, que em Janeiro passado foi alvo de uma outra fase da investigação e teve telemóveis e notebooks apreendidos, produziam sem parar ataques a quem se opunha ao governo do pai dele, fazendo ataques até de cunho pessoal e disseminando falsas denúncias através da internet, como fizeram, aponta a PF, contra os senadores que participaram na Comissão de Inquérito que investigou omissões e crimes praticados por Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19 que no Brasil matou largas centenas de milhar de pessoas.

Correio da Manhã
 
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