G@ngster
GForum VIP
- Entrou
- Nov 18, 2007
- Mensagens
- 45,515
- Gostos Recebidos
- 1
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto foi ontem assolado por verdadeiros momentos de pânico, com um funcionário judicial que ali trabalha a ser agredido pela PSP. Foi confundido com um jornalista quando tirava fotografias no átrio da entrada. O Comando da PSP garante desconhecer o assunto.
A situação ocorreu num debate instrutório com 55 arguidos, a maioria dos quais do Gang da Lapa, acusados de dezenas de assaltos por carjacking. Com 14 arguidos em preventiva, o tribunal foi cercado por dezenas de polícias e guardas prisionais.
A juíza decidiu realizar a audiência no átrio por falta de condições de espaço e segurança e proibiu a entrada de jornalistas. O caos instalou-se com uma troca de galhardetes entre PSP e alguns arguidos. Este momento de tensão terá sido captado pelo funcionário que acabou por ser agredido. Os mais de 30 advogados presentes deram também conta da sua indignação à juíza por insistir realizar o debate à entrada. "É indigno realizar uma audiência no hall", sublinhou à saída a advogada Noémia Pires. Os advogados pediram o despacho de não pronúncia e arquivamento do processo por falta de provas, que assentam essencialmente em escutas telefónicas. O MP insistiu em levar a julgamento o grupo detido em 2007 na ‘Operação Pegasus’. Na altura, a PSP apreendeu 37 carros, armas e droga.
No debate, Cláudio e Emanuel viram os roubos de que são acusados reduzidos para 19 e 17, respectivamente. O tribunal decretou prisão preventiva para um dos arguidos, que continuou a roubar com pulseira electrónica. Outro jovem foi detido à saída quando insultou um agente.
Pedro Sales Dias