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Porto Cartoon: Augusto Cid vence décima edição

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Porto Cartoon: Augusto Cid vence décima edição

Augusto Cid tornou-se hoje o primeiro cartoonista português a vencer o Porto Cartoon World Festival, na sua décima edição subordinada ao tema Direitos Humanos, prémio atribuído pelo Museu Nacional de Imprensa (MNI).

«A chama olímpica», título do trabalho de Augusto Cid hoje premiado, apresenta um atleta chinês com a tocha olímpica em que as chamas são monges tibetanos.

«Este é um desenho de uma actualidade e impertinência extraordinária, com uma dimensão estética e gráfica, capaz de ser lida em qualquer parte do mundo, que é a maior particularidade da linguagem do cartoon», afirmou Luís Humberto Marcos, director do Porto Cartoon e do Museu Nacional da Imprensa.

O responsável frisou ser «a primeira vez que o primeiro prémio é atribuído a um português, justamente num ano em que há um maior número de portugueses a participar».

O segundo prémio foi atribuído ao turco, Muhittin Koroglu, e o terceiro a dois artistas - Dalcio Machado, do Brasil e Taeyong Kang, da Coreia do Sul.

O festival deste ano contou com a participação de 508 cartoonista de 70 países, o que resultou em dois mil desenhos, em que os principais temas foram os jogos olímpicos e os problemas ambientais.

O Brasil foi o país que apresentou o maior número de participantes, seguido por Portugal, Irão e Turquia.

«Os trabalhos deste ano apresentam a qualidade mais alta de sempre e uma forte polémica, relacionada com os jogos olímpicos», frisou o director do festival.

Luís Humberto Marcos referiu também que «foi muito significativo para o Museu Nacional da Imprensa contar com a participação de países de zonas onde há falta de liberdade, em que três biliões de habitantes estão fora da geografia da liberdade».

Referiu ainda que o tema do X Porto Cartoon deste ano «é de grande preocupação mundial».

«É preciso levantar a bandeira dos direitos dos homens», sustentou.

Para além de Luís Humberto Marcos, fizeram parte do júri Marlene Pohle, presidente da FECO (Alemanha), Xaquin Marin, director do Museo de Humor de Fene, da Espanha e Júlio Dolbeth, representante da Faculdade de Belas Artes do Porto.

Marlene Pohle explicou que o trabalho de um cartoonista requer «reflexão e união entre o artista, os media e o público»

«O cartoon »era catalogado como uma arte menor e hoje é já considerado uma arma poderosíssima para criticar a política«, disse.

Os vencedores do festival vão receber um prémio monetário, garrafas de vinho do Porto, troféus e diplomas.


Diário Digital / Lusa
 
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