Psoríase infantil pode colocar em risco o coração

Luana

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A PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase alerta para a necessidade de monitorizar mais de perto as crianças que sofrem de psoríase, pois estas apresentam índices de colesterol elevados, um dos principais factores de risco para doenças cardiovasculares.

«A psoríase pode levar a criança a desenvolver doenças metabólicas, tal como acontece nos adultos, por isso é fundamental que estes doentes tenham um acompanhamento médico constante de modo a evitar possíveis doenças cardíacas, sobretudo se tiverem excesso de peso», refere o dermatologista Paulo Ferreira.
Segundo Vítor Baião, presidente da direcção da PSOPortugal, «esta relação entre psoríase e hipertensão vem mostrar, uma vez mais, que a psoríase não é apenas uma doença da pele, mas que afecta os doentes a muitos níveis.»

Um estudo recente realizado em Portugal revelou que mais de um quarto dos doentes com psoríase tem outras doenças associadas, entre as quais a hipertensão.
As manifestações clínicas da psoríase na infância são geralmente semelhantes às dos adultos, aparecendo normalmente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. No entanto, as lesões faciais são muito comuns nas crianças, assim como o fenómeno de Koebner que caracteriza-se pelo aparecimento de lesões em áreas como as cicatrizes de vacinação, e a psoríase das fraldas, que consiste em lesões nas nádegas devido à irritação da pele.

A psoríase nas crianças pode causar problemas graves pois, para além de terem que aprender a gerir a sua condição, a doença causa frequentemente um grande desconforto e embaraço, originando um profundo impacto psicológico devido à discriminação social de que ainda são alvo.

A psoríase é uma doença auto-imune que se manifesta no nosso maior órgão – a pele, não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em Portugal esta doença afecta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.
 
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