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Queijos

Luz Divina

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QUEIJOS

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Conheça os mais tradicionais queijos portugueses, feitos, alguns artesanalmente, nas melhores "rouparias" do País.

Portugal é um País de bons pastos e a pastorícia sempre esteve presente, quer como modo de subsistência, quer como actividade tradicional importante. É claro que em terras de rebanho, o queijo é rei.

Dos vários tipos de queijo existentes, fabricados com leite de ovelha, vaca, cabra ou de mistura, a consistência da pasta, o paladar e o grau de gordura, variam de região para região.

Fazer queijo é uma arte, que surge à mesa como importante elemento da gastronomia da região e que revela a perícia das mãos que lhe dão forma.

Há quem continue a afirmar que "é o queijo que faz o queijeiro e não o contrário".
De uma forma ou de outra, o segredo vai passando de geração em geração e é assim que ainda hoje o queijo é feito: "à mão".

A candeia passou de moda mas o sabor permanece.

É no sentido de continuar a preservá-lo que foram criadas "Áreas Geográficas de Produção".

Actualmente são onze as "Denominações de Origem Protegida" (DOP) e uma "Indicação Geográfica" (IG), sendo:
Queijo de Azeitão, queijo da Beira Baixa, queijo de Cabra Transmontano, queijo Serra da Estrela, queijo de Évora, queijo de Nisa, queijo do Pico, queijo Rabaçal, queijo Serpa, queijo de S. Jorge e queijo Terrincho.



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Luz Divina

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Queijos de Portugal




Queijos de Portugal


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Portugal − na sua estreiteza continental − não se pode orgulhar de ter bons pastos, sobretudo para gado graúdo… Mas em terra de escassez de erva alta são rainhas as cabras e as ovelhas.

Os Açores são outra história. Ali, em São Miguel e nas outras Ilhas abençoadas, é imperatriz a «senhora dona vaca». A verdadeira vaca leiteira, entenda-se, e não o aspirador transvestido de «vaca marcolina» na tradução paradigmática de vacum cleaner feita por alguns, já tocados pelas grandezas americanas da emigração local…

Por isso, até pela pobreza do solo, a pastorícia sempre esteve presente nas lusas terras como modo de subsistência antiquíssimo, muitas vezes complementando de forma sustentável avant la lettre o amanho da terra, negociando-se entre lavradores e pastores a forma de pagar «o pasto» que alimenta o gado de pelo ou de lã, o qual por sua vez devolve à terra-mãe os adubos naturais.

É claro que em terras de rebanho o queijo é rei. O queijo pode ser o mais antigo alimento processado da Humanidade. Passados os tempos da caça, da pesca, da recolecção de frutos e legumes, depois de dominado o segredo do fogo, terá aparecido o Queijo. Documentos históricos situam a sua génese no vale dos dois rios e no Egipto, cerca de 3500 anos antes de Cristo. Em Portugal faz-se, seguramente, desde os tempos neolíticos.

Fazer queijo, qualquer queijo, é uma arte. Pelo menos o queijo feito à mão, intuitivamente trabalhado por mãos experientes, onde o conhecimento é passado de mãe para filha de pastor, atentas aos detalhes: à temperatura da mão, ao tempo do coalho, ao virar e à mudança das cintas, ao pasto de giesta ou de outras gramíneas de altitude que em muito influenciam o sabor do produto final.

QUEIJOS TRADICIONAIS - A imagem dos queijos tradicionais é ainda para muitos consumidores um conceito vago, mas a procura destes produtos baseia-se na convicção de que são alimentos diferentes, naturais, mais próximos da vida campestre, e de elevada qualidade organoléptica.

Estes queijos são considerados produtos de excelência, com «grande personalidade» e existem para serem aprecia dos pêlos conhecedores e descobertos pêlos curiosos. No entanto nem sempre o fabrico destes queijos corre bem, e daí a sua diversidade. O queijo «excelente» resulta da conjugação de vários factores imponderáveis e porisso o artífice (queijeiro ou queijeira] procura incessantemente em cada dia e em cada fabrico obter o melhor.

A necessidade de protecção do património gastronómico que os queijos tradicionais representam, exige, em todos os países e regiões onde ainda existem, um respeito pela sua ancestralidade e um conhecimento cada vez mais profundo dos factores que influenciam a sua especificidade e autenticidade.

Em nome das tradições lentamente transmitidas de geração em geração ao longo dos séculos e do esforço e entusiasmo diário de todos aqueles que labutam fazendo queijos como obras de arte para nos oferecer o prazer da descoberta de um sabor inebriante, homenageamos os artífices do Queijo, essa obra-prima mágica saída da penumbra dos tempos, da pureza do leite e da eterna paciência dos homens.



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Luz Divina

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História do Queijo





História do Queijo

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"És forte porque estás próximo da origem da criatura.

És nutritivo porque manténs o melhor do leite.

És quente, porque és gordo..."



Hipócrates - 450 a.C.



Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, Rei de Arcádia.

Se bem que se ignorem muitos pormenores sobre as origens exactas deste alimento, a História confirma a sua antiguidade.

Com efeito, admite-se que tenha sido inventado antes da manteiga. Os Assírios, os Caldeus e os Egípcios e, posteriormente, os Grecos e os Romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e cujas virtudes conheciam, pois utilizavam-no na alimentação dos soldados e atletas.
Em Planto, no comediógrafo Romano, pode ler-se a categoria que atingia o queijo (caseus) na antiga Roma.

Em Roma nasceu o comércio do queijo, Llegaban a capital de todas as províncias italianas, mas também outras mais distantes como Nimes, Saboya e regiões actualmente da Suíça, importava-se o "caseus alpino" para Roma.

A elaboração deste alimento tão apreciado por nós baseia-se em três descobertas fundamentais, que permaneceram para sempre.
A primeira é a obtenção do leite, há mais de 10.000 anos. Este é utilizado pelo homem como componente da sua alimentação, desde que surgiu a ideia de ordenhar os animais para beber o seu leite.

Não lhes passava despercebida a influência da temperatura. Nas caves, devido ao fogo e ao calor, o leite coalhava rapidamente. Foi assim que nasceu a segunda descoberta, o conhecimento técnico de queijaria, que rapidamente conduziu a outro: quando o leite coalhava e solidificava, escorria um líquido e a coalhada ficava mais consistente.

Mais tarde acelerou-se este processo, colocando o leite coalhado numa cesta de vime ou outro recipiente provido de furos, para deixar correr o "soro".
Deste modo se produz uma pasta branca e consistente (o requeijão, que ainda hoje é produzido pelo mesmo processo).

A terceira descoberta em matéria de queijos é o coalho, enzima digestiva que se extrai do estômago dos cabritos.

Do longo caminho do queijo e da queijaria através dos tempos, desde a Antiguidade, passando pela Idade Média, até aos nossos dias, havia muitas coisas interessantes para contar…

Foram numeradas cerca de 400 espécies de queijo em todo o Mundo e através dos séculos: cada variedade adquiriu, a pouco e pouco, reputação própria e completam agradavelmente qualquer refeição.

A autenticidade dos queijos reveste-se de grande importância, pois em muitos países existe um regulamento sobre o seu fabrico e os seus certificados de origem, caso de Portugal.

No fim da refeição, e antes dos doces ou frutos, deve servir-se um prato de queijo, composto de queijos variados, escolhidos conforme a época e acompanhados de nozinhas de manteiga, cominho, um moinho de pimenta e pratos com fatias de pão escuro, pão branco e de centeio.

Os queijos deverão ser apresentados sem invólucro ou qualquer embalagem e sobre uma camada de folhas de vinha.


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Luz Divina

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O Queijo à Mesa




O Queijo à Mesa


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Sem receio de errar, pode afirmar-se que o queijo, tal como o pão e o vinho, seus companheiros de eleição, é um alimento de todas as horas. Do pequeno-almoço do dia-a-dia ao mais requintado jantar, o queijo vem sempre a propósito. Ao mesmo tempo que sacia o apetite, proporciona uma experiência gastronómica única.

A facilidade com que se desdobra nas mais diversas texturas e sabores, faz com que seja bem-vindo, no princípio ou no fim da refeição. Citando Ducasse, o papa da Gastronomia francesa e cozinheiro de renome mundial, «de todos os alimentos preparados pela mão humana e de todos os que não são comestíveis tal como a natureza os propõe, o queijo é, sem dúvida, o que mais fielmente evoca a paisagem onde pastam vacas, ovelhas e cabras que fornecem o leite de que é feito. Atrás de cada queijo há forçosamente uma pastagem de um verde especial, uma colina, um vale, todo um imaginário precioso e insubstituível».

O queijo foi talvez a primeira fonte de proteína animal da alimentação humana e durante séculos considerado o melhor conduto do pão. Sem perda deste estatuto, foi há aproximadamente dois séculos que o queijo passou a fazer parte integrante ou a apresentar-se sozinho como sobremesa.

Parafraseando Brillat de Savarin «um jantar sem queijo é uma bela mulher a quem falta um olho». Acrescente-se que, nada como o queijo faz melhor a passagem do prato mais importante da refeição para a sobremesa.

Sem menosprezar a importância nutricional e organoléptica de uma fatia de queijo entre duas fatias de pão, a mesa é sem dúvida o melhor cenário para apreciar o queijo. Por mesa inclua-se o preâmbulo da refeição de que o queijo é geralmente o principal actor.

Não só entre nós, mas um pouco por todo o mundo, é hoje prática corrente preceder a refeição com um vinho fresco aperitivo, champanhe, espumante ou vinho branco seco, acompanhado dos tradicionais salgadinhos. Muitas destas pequenas iguarias, preferencialmente, dispostas numa pequena mesa à parte, têm por base o queijo.

No nosso País, é habitual a presença de um queijo, Serra da Estrela ou Azeitão, infelizmente servidos à colher, por uma abertura feita na casca superior do queijo, de tal modo a pasta se encontra líquida. Desta prática, errada, resulta o aparente apreço generalizado de uma deficiência tecnológica destes queijos em termos de consistência, textura e sabor, uma vez que sendo queijos DOP, devem manter as suas características tradicionalmente conhecidas, ou seja, ter a pasta mole ou semimole, amanteigada e não líquida. Acresce ainda a resultante perda de grande parte do queijo quando assim é servido. Um pequeno cesto, contendo fatias de pão, tostas finíssimas ou bolachas com pouco sabor, completa a apresentação.

Como começo de uma refeição informal, sobretudo ao almoço, aceita-se com prazer um queijo rigorosamente fresco, acompanhado de fatias de pão industrial ou rústico. Sal ou flor de sal e pimenta deverão estar disponíveis na mesa. O mesmo queijo será valorizado regado previamente com um fio de um bom azeite, salpicado com uns pingos de vinagre e aromatizado com cebolinho ou orégãos. Uma salada fresca, bem apresentada, será o complemento indicado.

Os chamados pratos ou tábuas de queijo são considerados hoje indispensáveis em grandes recepções, onde gozam o privilégio de um espaço especial. Um grande prato de queijos variados, decorado com frutos frescos e secos dignifica e embeleza o melhor bufê.

Os materiais mais adequados para um prato de queijos são o vidro, a porcelana, a faiança, a madeira e o vime. Isto é, materiais que proporcionem uma limpeza rigorosa entre cada utilização. Sem bordos ou bordos baixos e lisos para facilitar o corte. Nunca de prata ou qualquer metal, que iria interferir no sabor do queijo.

Não existem regras para a apresentação de um prato de queijos, e a sua importância depende das circunstâncias e ocasião. Pode ser temático - queijos de um só país, por exemplo queijos provenientes de um só leite - vaca, ovelha ou cabra, ou constituído por um conjunto variado de queijos de diversos países e diferentes pastas. Recomenda o bom senso incluir no mesmo prato, queijos fortes e outros de sabor suave.

Geralmente, para um bufe com uma certa importância, o prato de queijos tem de contar pelo menos 7 famílias diferentes. Este número dará a todos a possibilidade de encontrar um queijo a seu gosto; 5 queijos entremeados com fruta, para uma recepção média e 3 queijos de famílias diferentes, para rematar uma refeição. Um queijo nobre, com um volume importante, pode apresentar-se sozinho mesmo num jantar. São representativos deste exemplo os Queijos Serra da Estrela e Serpa.

Os queijos de pasta dura colocam-se perto dos bordos para facilitar o corte; os queijos friáveis, como o parmesão, em bocados ou em lascas, no centro do prato e os queijos de pasta mole ocuparão os espaços disponíveis. Estes espaços serão partilhados com frutos frescos - pêras, uvas, maçãs, figos e frutos secos, como nozes e pêras passas. Intercalar frutos entre os vários queijos, alem do aspecto decorativo, evita que os queijos se toquem, misturando sabores.

A título de lembrança: o prato de queijos deve ser preparado o mais próximo possível do serviço, tendo o cuidado de retirar os queijos do frigorífico com pelo menos uma hora de antecedência. Serão depois libertos da embalagem de origem, consentindo-se apenas a parte do rótulo que o identifica.

Todos os queijos devem estar cortados. No caso de por qualquer motivo haver um queijo inteiro, o anfitrião serve-se do primeiro bocado. À volta do prato serão colocadas várias facas para evitar misturas de sabores e dar a possibilidade de várias pessoas se servirem ao mesmo tempo. Há apreciadores de queijo que não dispensam a manteiga como complemento -recomenda-se este princípio sobretudo para queijos de sabor muito forte, como o Roquefort.


Lembram-se aqui as convivais refeições, fins de tarde ou jantares de queijos, extremamente práticos mas muito aparatosos. Várias tábuas de queijo incluem queijos de todas as famílias cuidadosamente apresentados: do fresco ao natural ou em pastas trabalhadas com ervas aromáticas, aos muito fortes. As saladas e as frutas têm também aqui papéis de relevo. Importância ainda maior cabe ao pão, apresentado em diversas versões de que destacamos os guarnecidos com nozes.

Não menos importantes, os vinhos, de que se servem pelo menos duas ou três variedades. Em tempo frio, ao jantar, uma sopa de cebola gratinada é recebida com júbilo; uma sobremesa tendo como base o queijo ou o requeijão, será a boa escolha para remate.

O queijo também aprecia o doce. Tradicionalmente, o Serra da Estrela nas terras de origem, é servido com marmelada ou goiabada, aceitando ainda a banana, perfazendo deste modo a sobremesa da refeição. Não será por isso desajustado colocar no prato de queijos uma boa compota caseira. Lembramos aqui a feliz união do doce de abóbora com os nossos queijos frescos e amanteigados, na sua melhor época, e a boa companhia que o mel, sobretudo de castanheiro, faz ao Rabaçal. Frutos e doces ácidos são de excluir.

Em Portugal, tal como nos países anglo-saxónicos, usa-se a faca e o garfo de sobremesa para comer o queijo; os franceses usam apenas a faca. Cortam para o prato um bocado de queijo de que retiram pequenas porções que comem pousado sobre um pedaço de pão.

O pão e o vinho, como já se disse, são os cúmplices indispensáveis do queijo. Curiosamente, em prova, a linguagem usada para definir as sensações que o queijo e o vinho provocam ao evoluir na boca, é frequentemente a mesma. Termos como firme, vegetal, floral, frutado, tostado, picante, doce, intenso, «fica na boca» e muitos outros, são usados com igual subjectividade para o queijo e para o vinho. Para apreciar melhor o seu sabor, o pão deve ser o mais neutro possível em termos de sabor.

Cortado em fatias, em cesto ou num prato, deverá ser servido simultaneamente com o queijo. As bolachas com pouco ou nenhum sal, crakers ou integrais, são usadas para o mesmo fim nos países de cultura anglo-saxónica.

Quanto ao vinho, as opiniões dividem-se: há quem não aceite outro que não um vinho tinto para acompanhar o queijo; outros admitem um vinho branco seco se o queijo for servido como aperitivo e o rose conta cada dia com mais admiradores como acompanhante do queijo.

Os queijos Serra da Estrela e Stilton têm no vinho do Porto o seu melhor parceiro.



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Luz Divina

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Como Degustar um Queijo





Como Degustar um Queijo


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Quando se tem o prazer de ter um queijo na nossa frente para avaliar e apreciar precisamos de todos os nossos cinco sentidos.

A vista permite-nos ver a forma, o aspecto e a cor da casca e da pasta. O ouvido permite avaliar o som do queijo à percussão, ou seja, ao batimento da mão. Se tem muitas ou poucas aberturas interiores, apercebemo-nos com este acto. O olfacto dá-nos os descritores do cheiro. O paladar permite-nos aperceber do gosto. O conjunto das sensações olfacto-gustativas, ou seja, o que durante muito tempo se designou pelo termo inglês «flavour» é dado pelo gosto e pelo olfacto mas usando a via retro-nasal. Finalmente, o tacto, quer das mãos quer da língua, dá-nos o toque do queijo: se a casca é lisa ou rugosa, se a pasta é macia ou áspera, seca ou quebradiça.

Os queijos têm uma forma geométrica mais ou menos regular: cilindro, alto, baixo ou longo, quadrado, cónico, redondo, esférico, tronco de pirâmide. Quanto à dimensão, podem ser pequenos, médios ou grandes.
A superfície lateral pode ser direita, côncava ou convexa. As superfícies superior e inferior são em geral planas. Os bordos podem ser bem definidos ou arredondados.

A parte exterior pode ser fina e pouco consistente: nesse caso chama-se «revestimento», como no Camembert ou Brie; pode ser mais dura e consistente, como nos queijos de casca lavada e escovada de cura mais ou menos prolongada: neste caso será a «casca» ou «crosta» que pode ser lisa e fina, mais ou menos espessa, ou rugosa.

A espessura da casca e da camada subjacente dá uma ideia do tempo de cura do queijo e da qualidade do seu envelhecimento.

As cores da casca variam muito. Pode ser branca, branco-creme, amarela, amarelo-palha, ocre, avermelhada, acastanhada, cinzenta e cinza com diferentes tonalidades que vão do pálido ao vivo e pronunciado.

Após o corte aparece-nos a pasta e começamos então a entrar na intimidade do queijo. A pasta pode apresentar-se de muitas maneiras: compacta, mole, dura, amanteigada, untuosa, granulosa... Pode ser fechada, sem aberturas, ou pode ter aberturas. Estas provêm das fermentações que se passam no interior do queijo e variam em função da fermentação específica de cada tipo de queijo. As aberturas podem ser redondas — nesse caso chamam-se olhos, normalmente espelhados por dentro — ou podem ser irregulares, distribuídas de uma maneira uniforme ou muito espaçada na pasta. Há ainda os «queijos azuis» que têm um tipo de pasta muito particular, percorrida interiormente por canais ou «veias» azul-esverdeadas ou acinzentadas devidas ao desenvolvimento dos bolores e que é denominada muito a propósito pêlos franceses por «patê persillée».

Quando cortamos a pasta devemos logo cheirar o queijo. O cheiro pode ser classificado quanto à intensidade: fraco, pouco intenso, intenso, penetrante, persistente... Quanto às suas características, pode dividir-se em 8 famílias: láctico, vegetal, floral, frutado, tostado, animal, a especiarias e outros.

Quanto ao sabor, depois de o queijo ser uniformemente distribuído pelo interior da boca, passa por quatro sensações primárias: doce, ácido, salgado e amargo. Estas sensações são completadas pelas sensações trigemi-nais, que dão as sensações de picante, adstrigente, ardente, refrescante, acre e metálico.

A análise sensorial é hoje uma ciência, cada vez com maior aplicação na área alimentar e que consiste em descrever o mais objectivamente possível e com palavras adequadas as percepções sensoriais provocadas pelo alimento, tendo por objectivo caracterizar os múltiplos aspectos do seu cheiro e sabor.

Afinal, pretende-se identificaras sensações que nos dão esse deslumbramento e infinito prazer de degustar um queijo.

QUE VINHO BEBER COM QUEIJO

Um bom princípio é acompanhar com vinho da mesma região, se possível.
Para queijo de paladar menos acentuado: vinho tinto suave, pouco graduado.
Para queijo picante ou paladar muito acentuado: vinho tinto, mais forte.




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Como se Classificam os Queijos






Como se Classificam os Queijos


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Com a enorme diversidade de queijos que existem no mundo sentiu-se a necessidade de criar um sistema de classificação dos queijos. No entanto nem sempre é fácil ordená-los segundo regras muito precisas. Podemos classificar os queijos de uma forma simples segundo o leite de que são feitos: queijos de leite de vaca, ovelha, cabra, búfala, etc.

Podemos ainda fazer a distinção em função da gordura no extracto seco do queijo: queijos magros (< 10%), meio-gordos (25%-45%), gordos (45%-60%) e extragordos > 60%). Podemos também agrupá-los segundo a quantidade de humidade que têm e o respectivo tipo de pasta: pastas frescas; pastas moles, de casca lavada ou com bolor branco; pastas semiduras; pastas prensadas, cozidas ou não; pastas duras; pastas extraduras; queijos azuis; queijos de pasta filante; queijos de fantasia e queijos fundidos. Esta é a forma mais utilizada internacionalmente e talvez a mais clara para o consumidor.

Pastas Fresca - Contêm ainda muita humidade e são em geral muito apreciadas para o pequeno-almoço ou para uma refeição ligeira. Com um pouco de sal complementam bem uma salada e acompanhadas de doce fazem um pequeno-almoço ou uma sobremesa ideal. Em geral são coalhadas lácticas, enzimáticas ou mistas, ligeiramente dessoradas, que têm um período de conservação relativamente pequeno.

Podem apresentar-se comercialmente de muitas maneiras, entre as quais com ervas aromáticas, pimentão, pimenta ou alho. Nesta categoria podem também incluir-se os queijos frescos de pasta filante, dos quais o mais representativo é o Mozzarella, originalmente produzido no Sul da Itália com leite de búfala, mas que hoje é industrialmente feito com leite de vaca o que o torna mais acessível para o consumidor.

Ainda neste grupo inclui-se o requeijão, também chamado em inglês «whey cheese» (queijo de soro) muito apreciado e utilizado em Portugal, Córsega e Sardenha, não só como produto fresco especial que pode ser servido como qualquer queijo fresco, acompanhando saladas ou servido com compotas como sobremesa, mas também como ingrediente culinário para bolos, tartes e pudins.

Pastas Moles
-São características de queijos com razoável grau de humidade e com uma textura plástica, cremosa ou amanteigada. Durante a cura, a casca dos queijos é lavada regularmente com água e sal.

Os sabores podem variar entre uma vasta gama de tipos e intensidades de acordo com a variedade de queijo. Estas pastas podem ser revestidas de bolor branco (Penicillium cândida! como o Brie, o Camembert ou o Bonchester, ou terem a casca lavada como o Munster, o Serra da Estrela, o Azeitão ou o Reblochon.

Pastas Semiduras
- São características dos queijos em que a pasta é em geral maleável, com menor grau de humidade e em que a maturação é lenta, desenvolvendo um sabor bem definido e amplo no final da cura.
Os sabores aqui podem lembrar as flores rústicas das montanhas da Europa (Édam, Fontina, Raclette] ou o «bouquet» aromático da manteiga com um ligeiro fundo a nozes e frutos.

Pastas Duras e Extraduras - Prensadas e cozidas ou não, são características de queijos como o Cantai, o Emmental, o Gruyère, o Parmesão, o Manchego, o Cheddar ou o São Jorge. A crosta é muitas vezes de cor intensa e a pasta parece não ter humidade, podendo variar na textura. A cura pode prolongar-se de vários meses a vários anos. Industrialmente estes queijos são muitas vezes revestidos de películas plásticas para evitar perda de humidade excessiva e prevenir o desenvolvimento de fungos durante a cura.

Os queijos de pasta semidura e dura, quando bons ou muito bons, podem sempre «envelhecer» como um vinho, refinando os seus aromas e sabores. Este «envelhecimento» provoca uma intensificação dos «bouquets» mas também uma maior secagem do queijo, e por isso mesmo muitos destes queijos são utilizados ralados para condimentar variadas especialidades culinárias.

Queijos azuis. São queijos como o Roquefort, o Stilton, o Gorgon-zola ou o Cabrales, de leite de ovelha ou vaca, não prensados, em que a cura é essencialmente realizada por bolores azuis do tipo Penicitlium roqueforti. Como estes bolores são aeróbios, e por isso precisam de ar para o seu desenvolvimento, são adicionados ao leite esporos do respectivo bolor e o queijo é perfurado para que se formem vários canais que deixem entrar o ar,para o bolor se poder desenvolver. Este bolor tem enzimas lipolíticas que desdobram a gordura do leite em vários compostos de sabor intenso e picante. ​

Estes queijos têm sempre um sabor muito forte, em geral muito apreciado pêlos gourmets e por isso acompanham muito bem com vinhos doces ou licorosos como o vinho do Porto.

Queijos de Fantasia - Podem ser queijos de pasta mole, semidura ou dura, adicionados de vários ingredientes tais como diversas sementes, nozes, avelãs, frutos secos, especiarias ou ervas aromáticas. O desejo de inovação da indústria, para captar a atenção do consumidor, multiplica as alternativas de apresentação do queijo com outros ingredientes cujo sabor se mistura harmoniosamente com o queijo mas que, em algumas situações, se tornam muitas vezes bizarras.

Queijo Fundido - Inventado em 1911 por Walter Gerber, o processo foi patenteado em 1916 por James Kraft. É resultante de um processo industrial que utiliza um ou vários tipos de queijo com menor qualidade comercial. Depois de triturados são-lhe adicionados agentes emulsionantes e estabilizantes (citratos, fosfates ou polifosfatos, lactatos ou tartaratos de cálcio, potássio ou sódio) e submetidos a uma temperatura elevada para os emulsionar e fundir.

A massa pastosa obtida pode ser enformada em moldes ou caixas de vários feitios: triangulares, quadrados, rectangulares, cilíndricos ou até mesmo em bisnagas. A pasta depois de arrefecida tem uma consistência firme, macia ou cremosa e uma textura compacta e fina.
Estes produtos podem ser adicionados de aromatizantes, corantes, especiarias ou condimentos. São um sinal da época industrial e da velocidade com que se vive na actualidade.

Têm também as suas vantagens, uma vez que podem ser facilmente transportados sem refrigeração. Para além da sua múltipla utilização no dia-a-dia prático (cheeseburger ou sanduíches), podem ser enviados em situações de emergência ou crise para países quentes e sem recursos, incorporando rações alimentares.

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Queijo Alcains





Queijo Alcains


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O sabor muito intenso e algo picante do Queijo da Cova da Beira não se deve, como muitos julgam, a algum tempero com piripiri mas apenas ao efeito da cura pelo sal em condições muito especiais.
Trata-se de um queijo de mistura, de leite de ovelha e cabra, que tem origem nos tempos em que a salmoura era a única forma de conservar os produtos da terra.

O Queijo Queimoso Lidador é dos poucos que utilizam ainda os processos tradicionais de fabrico deste queijo tão peculiar.
Assim a cura do queijo queimoso é feita em plena Serra, em pequenas casas de granito, sem janelas e com chão de terra batida, onde se criam as condições ideais de maturação.

Aí, os queijos são salgados e envoltos em palha, iniciando-se então um longo processo de cura, em que os queijos são periodicamente lavados, salgados e empalhados, colocados primeiro na horizontal e depois na vertical, em cima da palha estendida no chão.

Só quase dez meses depois de dar entrada nas casas de cura é que o verdadeiro queijo queimoso volta a ver a luz do dia, pronto para ocupar lugar de destaque na mesa dos apreciadores.



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Queijo de Azeitão





Queijo de Azeitão

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Se, durante o Inverno ou nos primeiros dias de Primavera, entrarmos em certas quintas da zona da Arrábida, deparamos com enormes potes de barro colocados junto à lareira.

Segundo a tradição local, é nestes recipientes que se coalha o leite cru de ovelha para obter queijo amanteigado característico da região.

Consta-se que no século passado, ao trazer a Azeitão um pastor das Beiras para que do leite dos seus rebanhos fizesse queijo do tipo "serra", Gaspar Henriques de Paiva pretendia apenas matar saudades da sua terra natal, mal supondo estar a dar origem a um dos mais apreciados queijos de ovelha nacionais.

O Queijo de Azeitão, como foi desde logo baptizado, é por diversas vezes premiado tornando-se conhecido em todo o País.
Nos nossos dias, algumas famílias continuam a produzi-lo em queijarias artesanais.

Hoje são três os concelhos que desfrutam das riquezas naturais da Serra da Arrábida, à qual se deve a singularidade do Queijo de Azeitão, Setúbal, Sesimbra e Palmela, os mesmos que integram a região demarcada deste queijo.

A abundância das pastagens e a bênção do clima ameno não explicam, só por si, o sabor verdadeiramente peculiar deste queijo que alguém já definiu como tendo "um gosto um pouco selvagem a ervas aromáticas". Só o saber e a experiência, património de várias gerações de queijeiros artesãos, garantem, campanha após campanha, a perpetuação das características do Queijo de Azeitão.

É um queijo curado de pasta semimole amanteigada, branca ou ligeiramente amarelada, com poucos ou nenhuns olhos e é obtido por esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru e estreme, por acção de uma infusão de cardo (Cynara cardunculus, L.) ". Mantém a forma tradicional de fabrico e revela características atribuíveis ao leite e, portanto, à forma tradicional de maneio das ovelhas.

O uso da Denominação de Origem obriga a que o queijo seja produzido de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, as condições de produção de leite, higiene da ordenha, conservação do leite e fabrico do produto. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a Denominação de Origem. O Queijo de Azeitão deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.

Comercialmente pode apresentar-se com um peso compreendido entre 100 g a 250 g.

A área geográfica de produção abrange os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal.



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Queijo de Cabra Serrano






Queijo de Cabra Serrano


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É um queijo curado extraduro, com o teor de humidade de 25% a 35% referida ao queijo isento de matéria gorda, e com um teor de gordura de 45% a 60%, referido ao resíduo seco e obtido após coagulação do leite de cabra com o coalho de origem animal". Mantém a forma tradicional de fabrico e revela características atribuíveis ao leite e, portanto, à forma tradicional de maneio das ovelhas.

O uso da Denominação de Origem obriga a que o queijo seja produzido de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, as condições de produção de leite, higiene da ordenha, conservação do leite e fabrico do produto. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a Denominação de Origem. O Queijo de Cabra Transmontano deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.

Comercialmente pode apresentar-se com um peso compreendido entre 0,6 kg a 0,9 kg.

A área geográfica de produção abrange os concelhos de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro do distrito de Bragança; os concelhos de Valpaços e Murça do distrito de Vila Real.


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Luz Divina

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Queijo de Castelo Branco





Queijo de Castelo Branco



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Queijo curado, de pasta semi dura ou semi mole, ligeiramente amarelada, com alguns olhos pequenos, obtido por esgotamento lento da coalhada, após a coagulação do leite cru de ovelha, estreme, por uma infusão do cardo "Cynara cardunculus" e proveniente da Região

Demarcada, algumas freguesias dos concelhos de Idanha-a-Nova, Castelo Branco e Fundão.

Pasta semi dura ou semi mole com um teor de humidade de 54% a 69% e um teor de gordura de 45% a 60%.

Forma de cilindro baixo (prato), regular, com abaulamento lateral e sem bordos definidos.

Crosta de cor amarelo palha a amarelo torrado uniforme, maleável, inteira, bem formada e lisa.

Pasta de textura fechada, com alguns olhos pequenos de cor branca a amarela uniforme, aroma e sabor acentuados, podendo o sabor ser ligeiramente picante no queijo com cura prolongada.

Diâmetro de 12 a 16 cm, altura de 5 a 8 cm e peso de 800 a 1300 g.
Tempo mínimo de cura 40 dias.



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Queijos de Évora






Queijos de Évora

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Estes "queijinhos" foram ganhando notoriedade pelo seu original sabor ligeiramente picante e algo acidulado, encontrando-se nas décadas mais recentes as suas características principais definidas e estabelecida a sua merecida fama.

De cor amarelada que vai escurecendo em contacto com o ar, o Queijo de Évora é curado e apresenta-se duro (de sabor mais acentuado) ou semiduro, de crosta lisa ou um pouco rugosa.

O corte revela uma pasta amarela macia, fechada e bem ligada.

Guardado nas "rouparias" em ambiente fresco e húmido, o queijo ali permanecerá entre um mês (pasta semidura) e três meses (pasta dura), até atingir o ponto certo de maturação.

Membro notável da família dos queijos tradicionais alentejanos, o Queijo de Évora - DOP, cuja produção está circunscrita a 17 concelhos do coração do Alentejo, faz já parte da tradição da região à volta de Évora, cidade de notabilíssimas tradições e feiras seculares.



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Queijo de Idanha-a-Nova






Queijo de Idanha-a-Nova


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É um dos preferidos pelos consumidores portugueses, sendo um produto bastante característico da região da Beira.

Nas zonas serranas, localizam-se a maior parte dos rebanhos e dos produtores deste tipo de queijo.

O cariz artesanal dificulta muitas vezes a divulgação desses excelentes queijos num mercado mais alargado.

É o caso do Queijo Idanha-a-Nova, um verdadeiro queijo de ovelha serrano.

A melhor forma de conservar este tipo de queijo é mantê-lo num ambiente fresco e húmido.

No Verão, envolva-o em papel de cozinha e coloque-o na prateleira dos legumes do frigorífico.

No Inverno, deve evitar-se o frigorífico, sendo preferível colocá-lo num armário arejado, coberto com um pano húmido e tendo o cuidado de o voltar com alguma regularidade.

Para conservar o queijo durante períodos prolongados, pode sempre recorrer à congelação, que pouco ou nada altera as suas características.



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Queijo de Niza



Queijo de Niza


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Queijo curado artesanal, de pasta semidura, de tonalidade branco-amarelada untuosa, com alguns olhos pequenos, obtidos por esgotamento lento da coalhada, após coagulação do leite de ovelha, por acção de uma infusão do cardo "Cynara Cardunculus".

A crosta maleável de início vai endurecendo com o passar do tempo.

Exala aroma pronunciado e possui paladar ligeiramente acidulado.





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Queijo de Ovelha Amanteigado



Queijo de Ovelha Amanteigado


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O queijo de ovelha amanteigado é um dos preferidos pelos consumidores portugueses, sendo um produto bastante característico da região beirã.
Nas zonas serranas, perto de Seia, localizam-se a maior parte dos rebanhos e os produtores deste tipo de queijo.

A pequena dimensão dessas queijarias, a escassa quantidade produzida e o seu cariz artesanal dificultam muitas vezes a divulgação desses excelentes queijos num mercado mais alargado, cabendo então aos chamados "ajuntadores" recolher as produções de duas ou três queijarias e comercializá-las.

É o caso do Queijo Ovelha Amanteigado Lidador, um verdadeiro queijo de ovelha serrano, produzido na zona de Seia.

A melhor forma de conservar este tipo de queijo é mantê-lo num ambiente fresco e húmido. No Verão, envolva-o em papel de cozinha e coloque-o na prateleira dos legumes do frigorífico. No Inverno, deve evitar-se o frigorífico, sendo preferível colocá-lo num armário arejado, coberto com um pano húmido e tendo o cuidado de o voltar com alguma regularidade.
Para conservar o queijo durante períodos prolongados, pode sempre recorrer à congelação, que pouco ou nada altera as suas características.




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Queijo do Pico





Queijo do Pico


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Caracterizando o Queijo do Pico (também conhecido como Queijo S. João do Pico), de um modo geral pode dizer-se que é um queijo artesanal produzido nas queijarias familiares da ilha do Pico com leite de vaca cru, coalho animal e sal. O seu aspecto exterior caracteriza-se por um formato cilíndrico baixo (tipo prato), boleado, regular com abaulamento lateral das faces; tem cerca de 16 a 17 cm de diâmetro, 650/800 g de peso, crosta amarela e 2 a 3 cm de altura.

A sua pasta é de textura irregular, com alguns olhos, pouco compacta e muito untuosa, é de consistência mole e pastosa, de cor branca amarelada.

O seu aroma é característico, intenso e agradável com um sabor activo e salgado.

É um queijo gordo (45 a 49% de gordura) e com alto teor de humidade (67 a 71%).

sua maturação é feita em locais de cura natural ou em instalações de ambiente controlado a uma temperatura de 10 a 15ºC, com uma humidade relativa de 80 a 85%.

A cura dura em média 28 dias.

Recebeu a Denominação de Origem em Outubro de 1996.



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Queijo Rabaçal





Queijo Rabaçal


Originário da região que vai da Serra de Ansião a Pombal, Soure, Penela e Condeixa-a-Nova, é produzido com leite de ovelha ou de cabra ou da sua mistura.

É consumido semifresco, meio curado ou completamente curado.

A textura da sua massa depende pois da circunstância.

Apresenta-se sob a forma de cilindro (prato), de crosta lisa e coloração amarelo-palha, pasta ligeiramente untuosa, com alguns olhos, e por vezes deformável.

O seu sabor é suave, limpo e muito característico.



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Queijo de Serpa






Queijo de Serpa


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O Queijo Serpa é possivelmente o queijo tradicional de maior fama no Alentejo, sendo o seu singular aroma forte e sabor picante parte fundamental do património cultural das gentes do Baixo Alentejo.

A sua origem perde-se na arte dos tempos, tratando-se de um queijo de ovelha curado, de pasta semimole amanteigada, com poucos ou nenhuns olhos.

O Serpa é obtido pelo esgotamento lento da coalhada após a coagulação do leite cru de ovelha por acção de uma infusão de cardo.

Uma capa maleável fina e ligeiramente rugosa, de cor amarelo-palha, cobre uma pasta unida e cremosa da mesma cor, macia e deformável no corte, podendo mesmo entornar.

Os queijos são guardados, pelo menos, durante um mês nas "rouparias" (queijarias) em ambiente fresco e húmido até atingirem o ponto certo de maturação.

Provenientes de uma região que abrange 12 concelhos do Baixo Alentejo, é também ao seu clima, solos e pastagens que o Serpa deve as características que o tornam num queijo único.




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Queijo Serra da Estrela





Queijo Serra da Estrela


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É um dos queijos mais afamados, não só em Portugal mas entre os apreciadores de todo o mundo.

A sua produção obedece hoje as normas rígidas e tem região demarcada nos concelhos de Nelas, Mangualde, Celorico da Beira, Tondela, Gouveia, Penalva, Fornos de Algordes, Carregal do Sal, etc.

É produzido com leite de ovelha, principalmente entre os meses de Novembro e Março.
O seu período de maturação tem normas específicas e é no mínimo de trinta dias.

Tem um aroma e paladar inconfundíveis; suave e requintado, é a delícia de todo o apreciador.
Consoante a sua maturação torna-se amanteigado (de entorna) ou mais denso. É porém sempre uma festa para os sentidos.

É um queijo curado de fabrico artesanal, de pasta semimole, amanteigada, branca ou ligeiramente amarelada, uniforme (sem ou com muito poucos olhos), obtido pelo esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru, com cardo "Cynara Cadunculus".

A forma é de cilindro baixo com abaulamento lateral e um pouco na face superior, sem bordos definidos.
Apresenta crosta maleável, bem formada, lisa e fina, de cor amarelo-palha uniforme.
Exala aroma intenso e o sabor revela um "bouquet" suave, limpo e ligeiramente acidulado.


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Queijo de São Jorge






Queijo de São Jorge


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É produzido a partir do leite de vaca na Ilha de São Jorge, nos Açores.

O processo de cura vai de um a três meses e a sua massa apresenta-se consistente, com pequeno "olhado" e com uma coloração amarelo-palha, lembrando o apreciado queijo inglês Cheddar.

Apresenta-se em cilindros de grande formato, pesando entre cinco e sete quilos.

É um queijo curado de consistência firme, de pasta amarelada, dura ou semidura, com olhos pequenos e irregulares disseminados pela massa, que apresenta uma estrutura quebradiça, obtido pelo dessoramento e prensagem após coagulação do leite de vaca inteiro e cru produzido na ilha.

A crosta é de consistência dura, lisa e bem formada, de cor amarelo-escuro, por vezes com manchas castanho-avermelhadas e revestida, ou não, de parafina.

O aroma e sabor apresentam um "bouquet" forte, limpo e ligeiramente picante.



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Queijo de Santo Isidro







Queijo de Santo Isidro


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Produzido nas terras de Lanhoso - Minho, com leite de cabras alpinas, coalho animal, culturas lácteas e sal, apesar de ser um produto artesanal, é de coagulação lenta, o que lhe confere um aspecto cremoso, sendo por isso um produto adequado para barrar, não se assemelhando no entanto ao queijo fundido.

Trata-se de um queijo fresco com um período de consumo igual ou superior a um mês, tornando-se o seu paladar progressivamente mais acentuado.

É ideal para consumir como aperitivo ou entrada em situações em que seja necessário dar um requinte especial à sua mesa.



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