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Quer conhecer os seus genes pelo preço de um carro?

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Conhecer todos os seus genes por 50 mil dólares, ou pouco mais que 35 mil euros? O preço seria equivalente a comprar um bom carro, bem menos do que comprar uma casa. O feito parece estar ao alcance da mão, relata uma equipa da Universidade de Stanford (Califórnia, EUA), na revista "Nature Biotechnology".

O mais barato que até agora se conseguia fazer para sequenciar o genoma completo de uma pessoa — a sua composição genética, ou a receita individual de ingredientes que tornam cada pessoa única — era ainda 250 mil a 500 mil dólares, escreve a equipa coordenada por Stephen Quake, que sequenciou o seu próprio genoma.

Mas agora os cientistas conseguiram fazer algo cuja escala lembra a passagem dos computadores que ocupavam toda uma sala para um simples computador de secretária.

A nova técnica da equipa de Quake permite utilizar uma única molécula de ADN, em vez de muitas cópias da molécula com que se escreve o código de toda a vida na Terra. Isto permite passar de um grande laboratório, com muitas máquinas a trabalhar para o mesmo fim, para um simples laboratório. O que antes custava tanto com um Boeing 747 inteiro e exigia uma equipa tão grande que esgotaria pelo menos a lotação desse avião, passou a ter um preço mais ou menos acessível a qualquer pessoa.

“Estamos mesmo a democratizar os frutos da revolução genómica, a mostrar que todos podem usufruir dela”, diz Quake, citado num comunicado de imprensa da sua universidade.

Pode assim estar mais perto a possibilidade, muito badalada mas pouco alcançada ainda, de usar rotineiramente a leitura da sequência genética de cada pessoa para lhe receitar um tratamento tão à medida quanto possível.

Por exemplo, se alguém tiver um cancro, poderá tomar medicamentos que ataquem proteínas produzidas pelo seu tumor, acertando mais rapidamente com o tratamento. Ou tomar analgésicos que funcionem mesmo, em vez de outros aos quais é insensível.

As possibilidades da chamada medicina personalizada são imensas. Mas, apesar de muito se ter falado sobre isso, pelo menos entre 1999 e 2001, quando se estava a terminar a sequenciação completa do genoma humano, a realidade tem ficado bastante aquém da promessa. Será desta que as coisas vão mudar?


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