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Refinaria em Badajoz "é inevitável"

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Refinaria em Badajoz «é inevitável»


Empresário José Roquette revelou que vai exigir em Bruxelas que o projecto espanhol cumpra «requisitos ambientais elevados»


O empresário José Roquette, do empreendimento turístico Parque Alqueva (Alentejo), considerou esta sexta-feira «quase inevitável» a construção da refinaria projectada para Badajoz (Espanha), mas revelou que Portugal vai exigir em Bruxelas que o projecto cumpra «requisitos ambientais elevados», escreve a Lusa.

A Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações (SAIP), promotora do projecto turístico, que está quase a iniciar as obras e prevê um investimento de mil milhões de euros na zona de Reguengos de Monsaraz (Évora), já está a preparar um «caderno reivindicativo», disse.

«Estamos a preparar os estudos prévios para, depois, em Bruxelas, provavelmente com o Governo, apresentarmos um caderno reivindicativo para assegurar a qualidade e o respectivo controlo, a médio e longo prazo, do que ali [zona de Badajoz] vai ser construído», revelou.

José Roquette, que lidera a SAIP, falava à agência Lusa no final de um seminário que decorreu esta sexta-feira em Reguengos de Monsaraz, dedicado aos projectos turísticos para o concelho ligados com a albufeira de Alqueva.

Segundo o empresário, esse caderno reivindicativo, exigindo «padrões ecológicos e ambientais elevados» por parte da refinaria de petróleo Balboa, que o grupo industrial espanhol Alfonso Gallardo quer instalar a cerca de cem quilómetros da fronteira, também pode vir a «reduzir o nível de rentabilidade» do próprio projecto.

«Se tiverem que cumprir requisitos mínimos elevados, o investimento é mais alto. Pode acontecer que seja suficientemente alto para que não se venha a realizar», disse.


Uma ameaça para o Alqueva


Contudo, José Roquette manifestou já poucas esperanças de que o projecto espanhol, que considera «uma ameaça», devido a possíveis impactos no rio Guadiana e em Alqueva, em termos da qualidade da água, fique na gaveta.

«Vejo a refinaria quase como inevitável, por Portugal não ter capacidade nem peso político, ao nível da União Europeia (UE) para poder travar o projecto», afirmou.

Daí que, sustentou, a «única alternativa que resta» passa por «forçar os seus promotores e o governo da Extremadura a colocar a fasquia ambiental e ecológica onde tem que ser colocada».


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