Renováveis já pesam mais de 25% da avaliação da EDP

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É cada vez maior o impacto do negócio de energias renováveis no valor das acções da EDP. Depois da recente concretização da compra da norte-americana Horizon Wind Energy, o Citigroup acaba de rever em alta a sua avaliação da empresa liderada por António Mexia, com o preço-alvo estimado para as acções a subir 6% para os 4,50 euros.
É cada vez maior o impacto do negócio de energias renováveis no valor das acções da EDP. Depois da recente concretização da compra da norte-americana Horizon Wind Energy, o Citigroup acaba de rever em alta a sua avaliação da empresa liderada por António Mexia, com o preço-alvo estimado para as acções a subir 6% para os 4,50 euros. Só o negócio de energias renováveis representa mais de um quarto da avaliação do banco de investimento.
Num estudo sobre o sector das "utilites" ibéricas, datado de 20 Julho, o Citigroup sobe a recomendação das acções da EDP de 4,25 para 4,50 euros. Valor que confere um potencial de subida de 5,88% em relação à cotação do fecho de ontem (4,25 euros), dia que fixou marcado por uma valorização de 0,71% dos títulos da empresa.
Porque o "upside" não é muito significativo, a instituição reitera a recomendação de "manter".
A melhoria das previsões do banco de investimento procura incorporar o valor acrescido que a aquisição da Horizon traz aos títulos da empresa portuguesa. Toda a actividade de energias renováveis representa hoje 26,3% da avaliação do Citigroup para a eléctrica nacional. O banco avalia este negócio em 8,097 mil milhões de euros, mais 8,2% que a anterior estimativa (7,484 mil milhões). O que equivale a 2,21 euros por acção.
Mas o peso do negócio de energias renováveis na avaliação das acções da EDP poderá ser ainda maior. Isto porque, na opinião do Citigroup, a dispersão em bolsa da Iberenova, a "sub-holding" de energias renováveis da Iberdrola, deverá ter um impacto positivo no valor dos activos renováveis da eléctrica portuguesa, ao definir um preço de referência para uma possível dispersão em bolsa desta área de negócio da EDP. O analista Alejandro Vigil admite voltar a rever a sua avaliação, afirmando que o preço-alvo das acções poderá atingir os 5 euros. O que é mais de 11% superior ao "target" actual.
Só uma área tem, neste momento, maior peso na EDP que as energias renováveis: o negócio de geração de energia, que representa 37,2% da avaliação do Citigroup. Ou seja, 11,464 mil milhões de euros.
Mercado aguarda dispersão em bolsa do negócio de renováveis
É público que a EDP está a analisar a possibilidade de dispersar em bolsa a sua participada no negócio das energias renováveis, a Neo Energia. Facto que o mercado aguarda com expectativa. Ainda ontem, o analista Pedro Mendes, do Millennium bcp, afirmou numa nota de antevisão dos resultados do primeiro semestre que "um dos pontos mais importantes a esclarecer na 'conferece call'" de divulgação das contas semestrais é, precisamente, a possibilidade de dispersão em bolsa dos activos renováveis.
Sem data ainda definida, os responsáveis da EDP adiantam apenas que a entrada em bolsa da NEO Energia não deverá ocorrer antes de 2008. O presidente da empresas, António Mexia, considera que, antes de avançar para uma operação, é necessário ter liquidez e atrair pequenos promotores com capacidade de investimento para este negócio, de forma a melhorar a estrutura financeira da empresa.
A par do potencial da área de energias renováveis, as acções da EDP têm, segundo o banco norte-americano, como principais "drivers" a esperada melhoria operacional e o potencial de consolidação (M&A), embora o Citigroup admita que este não é muito elevado. Entre os maiores riscos identificados, encontram-se o incumprimento do plano de investimento e ainda o risco regulatório que o banco reconhece ser baixo.
 
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