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GF Ouro
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As revelações sobre alegada espionagem norte-americana às instituições da União Europeia entraram na agenda da sessão plenária do Parlamento Europeu, França, devendo ser debatidas no hemiciclo na quarta-feira à tarde. No início dos trabalhos, que decorrem entre esta segunda-feira e quinta-feira em Estrasburgo, o presidente do Parlamento Europeu, que já reagira no fim-de-semana às notícias de escutas, reafirmou o seu "choque" caso se confirme a sua veracidade e perante as graves consequências que poderão ter nas relações entre Estados Unidos e União Europeia .
Dirigindo-se aos eurodeputados, Martin Schulz revelou que falou esta segunda-feira mesmo ao telefone com o embaixador norte-americano junto da União Europeia, pedindo-lhe que clarifique o assunto tão rapidamente quanto possível e dando conta da sua incredulidade com as notícias de escutas nas instalações da UE, que quer saber se são verídicas ou não.
"Disse que percebo medidas preventivas contra o terrorismo, mas não me parece que as instituições da União Europeia planeiem ataques terroristas, pelo que seria inaceitável" que as mesmas fossem alvo de espionagem, disse.
O assunto deverá ser debatido na quarta-feira à tarde, pois já estava agendado um debate para 3 de julho sobre as implicações do programa de vigilância norte-americano "PRISM" para a privacidade dos cidadãos europeus, que agora será certamente dominado pelas revelações de espionagem à UE alegadamente levada a cabo há anos.
O líder parlamentar dos Liberais - a terceira maior família política da assembleia -, Guy Verhofstadt, já pediu mesmo que, face à gravidade da questão, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, esteja presente no debate, e não apenas a comissária da Justiça, Viviane Reding.
jn