Luisao27
GF Ouro
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Roubo de caixas de multibanco é algo que acontece até com alguma frequência em Portugal. Em 2013 o Governo publicou um regulamento com um conjunto de medidas preventivas mas as mesmas ficaram e ainda estão na “na gaveta”.
Só este ano já foram destruídas, por explosão, 175 destas caixas e roubados cerca de dois milhões de euros.
Só depois da onda de assaltos ter atingido este ano números alarmantes é que o governo publicou regulamento previsto em 2013, que foi desenvolvido por uma equipa especial de prevenção criminal constituída pela GNR, PSP e PJ, no âmbito do Sistema de Segurança Interna (SSI), revela o DN. Segundo os dados, o número de ATMs roubados este ano é o terceiro mais alto de sempre, ex aequo com o total do ano de 2010, a seguir aos 218 assaltos em 2009 e aos 196 em 2011.
Como medida de prevenção, as polícias querem que os bancos instalem sistemas de tintagem das notas em todas as caixas. Os bancos resistem ao investimento que, no seu entender, será pesado. Considerando que o custo para a tintagem seja de cerca de 2000 euros por ATM, o investimento seria de cerca de 22 milhões de euros, tendo em conta as cerca 11000 caixas operacionais. Para as polícias este método reduziria, se não mesmo acabaria, com os assaltos, conforme já tinham concluído em 2012.
Na informação que remeteu ao DN, sem responder às perguntas em concreto, a SIBS destaca que no primeiro semestre de 2017, em 86 ataques, “apenas 29 foram concretizados” e que isso já “demonstra o sucesso” dos sistemas de segurança instalados. Os assaltos “concretizados” diminuíram mesmo 2% no primeiro semestre deste ano (29 de um total de 86, os restantes 57 foram tentativas, mas destruíram na mesma aos ATM). Segundo o relatório anual de segurança interna, em 2016 houve um total de 116 roubos a ATMs, um aumento de 64,8% em relação a 2015 (70).
De acordo com a SIBS, os bancos “têm vindo a fazer um crescente investimento em mecanismos de prevenção e segurança dos equipamentos, nomeadamente na implementação dos sistemas de tintagem de notas e de fixação ao solo. Este investimento visa prevenir os ataques e minimizar o impacto na sociedade em geral”.
