Sálvia

Luz Divina

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Nome popular
SÁLVIA


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Nome científico Salvia officinalis L.

Família Labiácea

Sinonímia popular Salva, chá-da-Grécia

Parte usada Sumidades floridas

Propriedades terapêuticas Antiespasmódica, antioxidante

Princípios ativos Flavonóide, triterpenos, ácido oleânico, diterpenos, óleo essencial, limoneno, pineno, humuleno, linanol livre e esterificado, bornil

Indicações terapêuticas Higine bucal e vaginal, distúrbios estomacais, astenia, diminui a transpiração, regula a menstruação,

Informações complementares

Descrição

É um subarbusto com as hastes quadradas e muito ramificadas, com folhas verdes, oblongas, lanceoladas, sendo as de baixo pecioladas e as superiores menores e sésseis.


As flores são quas sempre violetas (há algumas brancas) agrupadas de três em três em cada verticilo. Possui frutos (4) indeiscentes, secos, uniloculares, monospermos (aquênios) e que resulta de um só carpelo. Planta mediterrânea, é bastante cultivada no mundo em jardins por seu uso na culinária.


Na França os produtos comerciais com sálvia usam indistintamente a sálvia de Espanha (S. lavandulifolia Vahl), a sálvia esclarada (S. sclarea L) e a s. officinale, oficial (esta que descrevemos e que é conhecida também como chá-da-Grécia), por terem as três quase os mesmos princípios ativos.


Princípios ativos

É rica em flavonóide (3%) que nas Labiáceas como ela é um derivado luteolol por substituição de hidróxi e metóxi no carbono 6; tem triterpenos derivados do ursano (ácido ursólico quase sempre); tem ácido oleânico, diterpenos (carnosol, manool, rosmanol, lactona do éter metílico, ácido carnósico e ácidos fenóis: rosmarínico), óleo essencial caracterizado por ter cânfora, cineol e cetonas monoterpênicas bicíclicas como as tuionas (são quase 60% do óleo); limoneno, pineno, humuleno, linanol livre e esterificado, bornil.


A sálvia de Espanha não tem tuionas e o cineol e a cânfora são os mais comuns, e a outra sálvia citada é rica em linalol (de 10 a 30- %) e esclareol, um diterpeno usado na indústria de perfumes.


Validada pela presença de tuiona que dá cor vermelha em presença de hidróxido de sódio.


Uso medicinal

Usa-se a planta toda mas principalmente as sumidades floridas e as folhas, colhidas quando as hastes começam a florir.


Tem a fama de ser panacéia (curar tudo, de salva, salvar, curar), mas a experimentação não confirma tudo o que dizem dela. A ação antiespasmódica do extracto hidro-alcóolico é comprovada por estudo em íleo de cobaia sob estimulação elétrica.


Também é antioxidante (pelos diterpenos e ácido rosmariníco que possui).


É usada localmente para higine bucal e vaginal (há creme dentifrício que a contém) e oralmente para distúrbios estomacais, como estimulante geral, em astenia, e para diminuir a transpiração.


Usa-se também para regular a menstruação.


Os livros citam ainda a S. triloba L / S. fruticosa Mill, com muito cineol, cânfora, borneol, terpinol e só sete por cento de tuona. As folhas são pouco diferentes e a S. pratensis, L.



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Dosagem indicada

Sob a forma de infusão recomendam-se folhas de salva (pode-se juntar teutrica), cinco gramos (de cada, se for o caso), 50g de água fervente.


Se preferir fazer um vinho: 80g de salvia em um litro de vinho. Macera-se oito dias e tomam-se três colheradas de sopa após as refeições.


Também pode-se tomar 100g de folhas de sálvia, sumidades floridas de tasneirinha e vinho branco (falamos da tasneirinha quando comentamos sobre plantas emenagogas).


Para regrar os ciclos menstruais exemplificamos duas fórmulas de supositórios: extrato hidroalcóolico de salva, 0,25 g em 5 g de manteiga de cacau, ou segundo a fórmula universal de Garnier:



  • extracto fluido de salva (2g),
  • 0,10g de extrato fluido de Solano (erva moura, comentada no livro),
  • ungüento popúleo 1g,
  • 3g de manteiga de cacau,
  • cera branca em QSP,
duas vezes ao dia.

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Toxicidade

Embora o extrato hidro-alcóolico seja pouco tóxico, o óleo é neurotóxico pela presença das Alfa e beta-tuionas: pode dar crises convulsivas pós hipersalivação. Vômitos foram relatados. Há quem diga que o campferol também pode ser responsabilizado por estas ações indesejáveis.


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