Notícias Sánchez recusa testemunhar em caso de corrupção contra a mulher

Lordelo

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Ago 4, 2007
Mensagens
39,605
Gostos Recebidos
867
naom_66a8bdefbdb66.jpg


O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, recusou testemunhar perante o juiz Juan Carlos Peinado, esta terça-feira, num caso de corrupção e tráfico de influências que envolve a mulher, avança o La Vanguardia.






De acordo com este jornal espanhol, o Chefe de Governo invocou o direito ao silêncio e não testemunhou.


Sánchez foi convocado por um juiz para prestar declarações hoje e tinha afirmado estar disponível para testemunhar, mas por escrito, dizendo que é isso que estabelece a lei do processo penal de Espanha para os líderes do Governo quando estão em causa processos relacionados com o exercício do cargo.


O juiz respondeu, porém, que Sánchez foi convocado para testemunhar por ser marido de Begoña Gómez e não por ser primeiro-ministro e manteve a decisão de recolher o testemunho de forma presencial, numa declaração oral que teria de ser gravada e que decorreria dentro do Palácio da Moncloa, a sede da Presidência do Governo, em Madrid.


O magistrado, assim como representantes do Ministério Público e advogados das defesas e das acusações, deslocaram-se à Moncloa hoje para recolher o testemunho de Sánchez.


No entanto, o primeiro-ministro invocou a lei do processo penal, que prevê o direito ao silêncio de testemunhas quando estão em causa investigações relativas aos seus cônjuges, explicou aos jornalistas a advogada Marta Castro, do partido de extrema-direita Vox, que esteve presente na Moncloa como representante das "acusações populares" que se constituíram neste processo.


A investigação de que é alvo Begoña Gómez tem como base queixas de associações ligadas à extrema-direita e centra-se, em particular, na sua relação profissional com um empresário cujas empresas negociaram ajudas públicas ou participaram em concursos públicos num período em que Pedro Sánchez já era primeiro-ministro.


Em linha com as conclusões de dois relatórios da investigação policial, o Ministério Público considerou não haver indícios de irregularidades e fundamento para o caso e pediu o arquivamento, não havendo ainda resposta a este recurso.


Já o juiz de instrução considera haver indícios suficientes para continuar com a investigação e tem chamado diversas pessoas para prestar declarações.


Pedro Sánchez e o Partido Socialista espanhol (PSOE), que lidera, têm reiterado não haver nada que fundamente esta investigação judicial e que está em causa uma perseguição política e pessoal ao chefe do Governo e à sua família.


Juntamente com a lei de amnistia para os independentistas catalães, este caso é há várias semanas o principal alvo de ataque ao primeiro-ministro por parte da oposição.


Este caso foi também o motivo que levou Sánchez a ponderar demitir-se no final de abril, afirmando-se vítima, com a família, de uma "máquina de lodo" que difunde mentiras e desinformação na Internet que são depois levadas para o debate político pela direita e pela extrema-direita e judicializadas com queixas de associações extremistas.

IN:NM
 
Topo