• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Sócrates acusa Ministério Público de querer impedir vitória do PS

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3

ng4574796.JPG

Ex-primeiro ministro, preso em Évora, considera que a investigação da "Operação Marquês" tem avançado por "fezada".


"Ao fim destes longos nove meses, creio que é tempo de todos tirarem uma conclusão: fui preso sem que existissem quaisquer provas contra mim. A interpretação mais benigna, embora ainda assim intolerável, é a de que me prenderam "para investigar". Mas há outra. À medida que o tempo passa cresce a legítima suspeita de que este processo tem como verdadeira motivação condicionar as próximas eleições e impedir a vitória do PS. Acontece que isso não compete à justiça, mas à política". É esta a acusação que José Sócrates, preso preventivamente no processo "Operação Marquês, lança numa nova declaração pública sobre o processo em que está envolvido.
No texto, cuja versão integral será publicada quinta-feira pelo Jornal de Notícias, o ex-primeiro ministro, suspeito dos crimes de corrupção passiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais, afirma ainda que tem perdido vários recursos devido à "tolerância" que os tribunais superiores têm dado ao procurador Rosário Teixeira e ao juiz de instrução Carlos Alexandre. "É como se o princípio in dubio pro reu [em caso de dúvida absolva-se o réu] se tivesse invertido", diz Sócrates, considerando que "magistrados dos tribunais superiores" que validaram a sua prisão preventiva, "face ao que está em jogo", tendem "a conceder à investigação uma tolerância inadmissível num processo justo".
Em concreto, critica ser suspeito de corrupção praticada alternativamente em Portugal, Angola, Venezuela, "talvez na Argélia" e "de novo em Portugal mas no Algarve (oscilando aqui entre o PROTAL, umas operações urbanísticas nunca identificadas do Empreendimento de Vale de Lobo e um empréstimo concedido pela Caixa Geral de Depósitos, a que sou totalmente alheio) e, ao que parece, está agora em trânsito para o Brasil".
"Já 'acreditaram' também que ela aconteceu nas PPP rodoviárias, na Parque Escolar, no T.G.V. e até no Aeroporto que nunca foi feito, embora sem nunca esclarecer com que intervenção minha nem indicar em concreto o acto que consideram ilícito. Finalmente e sempre segundo a 'fezada' da investigação, o 'agente corruptor' começou por ser o conjunto das empresas do Engº Carlos Santos Silva, a seguir foi o Grupo Lena, mas evoluiu depois, sem pestanejar, para promotores turísticos e imobiliários com interesses no Algarve, explorando agora novas oportunidades no filão do mercado brasileiro", enumera Sócrates, concluindo que "este enorme desnorte da investigação revela é que todo este processo foi, desde o início, uma enorme precipitação e uma incrível leviandade".


dn



 
Topo