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Navegar pelo Jacuí, entre os municípios de Butiá e General Câmara, é mergulhar num túnel do tempo. O visitante depara, de uma hora para a outra, com uma graciosa vila com casarões seculares e igreja bicentenária incrustada num bosque. É Santo Amaro, fundada em 1º de maio de 1752 pelo general português Gomes Freire de Andrade. Na realidade, era um forte, para defender o império contra as investidas dos castelhanos. Poucos anos depois começaram a chegar ali colonos açorianos, que ergueram a vila.
Açoriana Santo Amaro era, açoriana continua. Prova disso é a igreja, que leva o mesmo nome da vila e foi inaugurada em 1787. Está como se fosse nova, com seus altares dourados, seus castiçais e anjinhos da época colonial, tudo preservado graças a um projeto de restauração apoiado pelo governo federal.
Dentro da igreja, em tumbas que podem ser abertas por alçapões, estão enterrados os 14 casais pioneiros que povoaram a cidade - supõe-se que sejam eles, já que as ossadas foram descobertas há poucos anos e são objeto de estudo arqueológico pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A igreja é considerada a terceira mais antiga do Rio Grande do Sul. Outros mortos estão enterrados num cemitério cujas tumbas mais antigas também remontam ao século XVIII.
Santo Amaro chegou a ser uma vila emancipada, em 1881. Essa autonomia não durou muito. Em 1930 foi construída perto dali uma vila militar que se tornou sede do Arsenal de Guerra do Exército. Surgia General Câmara, que em 1938 se tornou município e passou a controlar Santo Amaro, que virou distrito, situado a 80 quilômetros de Porto Alegre. A perda da condição de município para General Câmara até hoje magoa os habitantes de Santo Amaro.
É também em Santo Amaro que funciona uma das mais importantes barragens do Jacuí, . Ela possui comportas que enchem de água e se transformam em elevadores hidráulicos, para que os barcos possam navegar sem se chocar com pedras. É um local de muita pesca predatória, justamente porque milhares de peixes buscam a represa para fazer a piracema.
Fonte: Zero Hora
Açoriana Santo Amaro era, açoriana continua. Prova disso é a igreja, que leva o mesmo nome da vila e foi inaugurada em 1787. Está como se fosse nova, com seus altares dourados, seus castiçais e anjinhos da época colonial, tudo preservado graças a um projeto de restauração apoiado pelo governo federal.
Dentro da igreja, em tumbas que podem ser abertas por alçapões, estão enterrados os 14 casais pioneiros que povoaram a cidade - supõe-se que sejam eles, já que as ossadas foram descobertas há poucos anos e são objeto de estudo arqueológico pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A igreja é considerada a terceira mais antiga do Rio Grande do Sul. Outros mortos estão enterrados num cemitério cujas tumbas mais antigas também remontam ao século XVIII.
Santo Amaro chegou a ser uma vila emancipada, em 1881. Essa autonomia não durou muito. Em 1930 foi construída perto dali uma vila militar que se tornou sede do Arsenal de Guerra do Exército. Surgia General Câmara, que em 1938 se tornou município e passou a controlar Santo Amaro, que virou distrito, situado a 80 quilômetros de Porto Alegre. A perda da condição de município para General Câmara até hoje magoa os habitantes de Santo Amaro.
É também em Santo Amaro que funciona uma das mais importantes barragens do Jacuí, . Ela possui comportas que enchem de água e se transformam em elevadores hidráulicos, para que os barcos possam navegar sem se chocar com pedras. É um local de muita pesca predatória, justamente porque milhares de peixes buscam a represa para fazer a piracema.
Fonte: Zero Hora