José Saramago considerou domingo, em Penafiel, que o filme «Cegueira» (2008), do realizador brasileiro Fernando Meirelles, «é um grande filme que talvez não tenha sido compreendido por algumas pessoas», refere, citado pela agência Lusa.
O escritor contou que já viu a versão cinematográfica do seu livro «Ensaio sobre a Cegueira» (1995) duas vezes, mas em más condições, uma no S. Jorge, em Lisboa, outra no Freeport, em Alcochete.
Fernando Meirelles desvenda segredos de «Cegueira»
Voltou agora a vê-lo, este sábado, em Penafiel, integrado na programação do festival literário Escritaria 2009, que homenageia o autor de «Memorial do Convento».
«Tenho consciência de ter visto pela primeira vez o filme ontem», disse José Saramago à Lusa, sublinhando que agora já está em condições de ter uma opinião firme sobre a película.
Fernando Meirelles interessado em filmar mais um livro de Saramago
«É um filme duro, mas nada que se compare com os filmes de terror que têm cenas que obrigam as pessoas a desviar os olhos, é um filme que prende a atenção das pessoas do princípio ao fim», considera o escritor, que se recusa a fazer comparações entre o filme e o livro.
«Não se pode comparar um filme e um livro. Essa é a mais inútil das discussões, porque se trata de duas obras completamente diferentes», defende.
O Prémio Nobel da Literatura de 1998 considerou que, «mesmo que estejam a contar a mesma história, um filme e um livro são sempre objectos diferentes, linguagens diferentes, narrativas diferentes e meios de comunicação completamente diferentes».
«O que há que ver é se cada uma das obras é, ou não, um bom filme ou um bom livro», afirmou, admitindo embora que «haverá sempre, sem dúvida, preferências pessoais».
iol
O escritor contou que já viu a versão cinematográfica do seu livro «Ensaio sobre a Cegueira» (1995) duas vezes, mas em más condições, uma no S. Jorge, em Lisboa, outra no Freeport, em Alcochete.
Fernando Meirelles desvenda segredos de «Cegueira»
Voltou agora a vê-lo, este sábado, em Penafiel, integrado na programação do festival literário Escritaria 2009, que homenageia o autor de «Memorial do Convento».
«Tenho consciência de ter visto pela primeira vez o filme ontem», disse José Saramago à Lusa, sublinhando que agora já está em condições de ter uma opinião firme sobre a película.
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«É um filme duro, mas nada que se compare com os filmes de terror que têm cenas que obrigam as pessoas a desviar os olhos, é um filme que prende a atenção das pessoas do princípio ao fim», considera o escritor, que se recusa a fazer comparações entre o filme e o livro.
«Não se pode comparar um filme e um livro. Essa é a mais inútil das discussões, porque se trata de duas obras completamente diferentes», defende.
O Prémio Nobel da Literatura de 1998 considerou que, «mesmo que estejam a contar a mesma história, um filme e um livro são sempre objectos diferentes, linguagens diferentes, narrativas diferentes e meios de comunicação completamente diferentes».
«O que há que ver é se cada uma das obras é, ou não, um bom filme ou um bom livro», afirmou, admitindo embora que «haverá sempre, sem dúvida, preferências pessoais».
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