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Seis toneladas de Carpas mortas no Alentejo

Satpa

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Alentejo: Seis toneladas de Carpas mortas retiradas da barragem do Lucefecit

Lisboa, 03 Jun (Lusa) - Cerca de "seis toneladas de peixe morto já foram retiradas das margens da Barragem de Lucefecit", no concelho do Alandroal, no distrito de Évora, disse hoje à Lusa fonte da câmara municipal.

A única espécie de "peixe morto é a Carpa e começou a aparecer na tarde de terça-feira passada", tendo a Câmara Municipal do Alandroal enviado para o local "máquinas para a sua remoção", disse à Lusa o vereador do Ambiente da autarquia, Joaquim Galhardas.

As brigadas do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR estão no local a recolher os peixes e já efectuaram análises, quer aos animais mortos quer às águas, que não registaram "presença de químicos ou intoxicação", afirmou o comandante da GNR.

A Câmara Municipal do Alandroal também recolheu carpas mortas e amostras de água, já enviadas para laboratório na quinta-feira passada, aguardando a qualquer momento os resultados, explicou o vereador.

As autoridades estão inclinadas a atribuir a elevada mortandade das carpas, que estão em altura de desova, à "baixa temperatura que a água regista", facto este que é anómalo para esta altura do ano, explicou fonte do SEPNA.

O vereador afirmou que os "animais mortos estão a ser enterrados nos terrenos limítrofes", com a autorização dos proprietários, para evitar "o apodrecimento do peixe nas águas".

O responsável pelo Ambiente do concelho do Alandroal tem no local duas retro-escavadoras, e prevê que quarta-feira entre em operações mais uma máquina pesada.

A infra-estrutura é utilizada para retenção de águas para rega e a entidade responsável é a Associação de Beneficiários do Lucefecit, que a Lusa tentou contactar mas sem qualquer resposta da organização até ao momento.

Na barragem são permitidas a pesca, fonte importante de receitas em termos turísticos para o concelho conforme disse o responsável do Ambiente da autarquia, e actividades de lazer como a vela, o windsurf e o ski.

MPC.

Lusa/fim
 

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Alandroal reforça meios para recolher carpas mortas

Alandroal reforça meios para recolher carpas mortas

O município de Alandroal reforçou hoje os meios no terreno para recolher as carpas que estão a aparecer mortas na Barragem de Lucefecit, que totalizam já as sete toneladas, disse à Lusa o vereador do Ambiente.

«No total, desde a semana passada, já devemos ter recolhido umas sete toneladas de carpas mortas, mas não sei quando é que o trabalho irá terminar porque continua a aparecer nas margens mais peixe morto da mesma espécie», disse Joaquim Galhardas.

Na terça-feira, a Câmara Municipal tinha no terreno duas retroescavadoras, juntamente com vários funcionários, tendo reforçado hoje estes meios.

«Temos mais uma retroescavadora a trabalhar e uma equipa de quatro homens», adiantou, precisando que, no global, a operação de remoção do peixe morto concentra «cerca de uma dezena de funcionários» camarários.

Além disso, estão também no terreno brigadas do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR a recolher os peixes, tendo já efectuado análises aos animais mortos e à água, sem que tenham sido detectados «químicos ou intoxicação».

O município está a enterrar o pescado recolhido em terrenos limítrofes à albufeira, com autorização dos proprietários, para evitar o «mau cheiro e o apodrecimento das carpas na água».

Peixes mortos e amostras de água foram enviadas para um laboratório veterinário em Lisboa, por iniciativa da câmara, que aguarda os resultados e enviou hoje novas carpas para análise.

«Estamos a aguardar resposta do laboratório e vamos reforçar as amostras que enviámos com mais peixe, para ver se é apurada a causa da mortandade», disse o vereador do Ambiente.

Joaquim Galhardas garantiu ainda à Lusa que, do seu conhecimento e das conversas mantidas com habitantes da zona, «ninguém se lembra de, antes, algo semelhante na Barragem do Lucefecit».

As autoridades estão inclinadas a atribuir a elevada mortandade das carpas, que estão em época de desova, à «baixa temperatura» da água, facto este que é anómalo para esta altura do ano, explicou terça-feira à Lusa fonte do SEPNA.

As carpas começaram a aparecer mortas, segundo o vereador, na terça-feira da semana passada, altura em que a Associação de Beneficiários do Lucefecit, entidade responsável pela rega a jusante da infra-estrutura, confirma ter informado as autoridades, acrescentou à Lusa o presidente da estrutura, Gonçalo Morais Tristão.

Fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo) afirmou à Lusa que, «com base na observação e nos resultados preliminares da qualidade da água, considera-se que a causa da mortalidade de peixes não estará associada a uma degradação da qualidade da água da albufeira».

A CCDR adianta que «possa existir uma doença que afecte especificamente as carpas», não sendo, no entanto, da sua competência técnica a identificação da patologia que está a matar aquela espécie.

A mesma entidade admite ainda a existência de uma «elevada carga piscícola» no Lucefecit, o que pode provocar a deslocação de «determinada população piscícola para níveis mais profundos, onde a concentração de oxigénio dissolvido é bastante baixa, com a consequente mortandade por asfixia».

A barragem não é utilizada para abastecimento público, mas sim para rega, sendo ainda permitidas actividades de lazer como a pesca, a vela, o windsurf e o ski.


Diário Digital / Lusa
 
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