Siemens Portugal ganha contrato no valor de 600 milhões de euros

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Energia: Siemens Portugal ganha contrato no valor de 600 milhões de euros para nova central eléctrica no Pego, em Abrantes

A Siemens Portugal anunciou hoje que o contrato em regime de "chave-na-mão" para fornecimento e manutenção de duas unidades de ciclo combinado para a nova central eléctrica no Pego é da ordem dos 600 milhões de euros.

O presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, disse terça-feira aos jornalistas, numa Conferência Internacional de Energias Renováveis em Washington, que a Endesa Portugal "fechou um contrato" para o fornecimento de dois grupos para a central de ciclo combinado do Pego, em Abrantes, avançando com um valor na ordem dos 500 milhões de euros.

Este é o valor do investimento para a Endesa, enquanto que para a Siemens os 600 milhões de euros têm em conta contratos com outros investidores.

Em declarações à agência Lusa, o director para a área de Produção de Energia Eléctrica da Siemens precisou que se tratam de dois contratos de fornecimento.

"Um `chave-na-mão`, em que assumimos a responsabilidade integral pela construção e, outro, que visa a manutenção de componentes das turbinas e alternadores, ou seja, o seu verdadeiro coração, num valor global da ordem dos 600 milhões de euros", acrescentou.

Mário Carvalho referiu ainda que a nova central eléctrica de ciclo combinado que será construída no Pego, em Abrantes, vai criar na fase de "pico máximo" da sua construção mil postos de trabalho directos e indirectos.

A Siemens Portugal, através da sua divisão Power Generation (GN) assinou este contrato de "chave-na-mão" para fornecimento e manutenção "em paragem", por um período de 25 anos, da nova central de ciclo combinado, integrada na Central Termo Eléctrica do Pego, que é propriedade da Tejo Energia.

"Esta nova infra-estrutura é detida pela ElecGas, uma "joint-venture" entre a International Power e a Endesa", adiantou.

Composta por duas unidades de ciclo combinado "de eixo único", cujas turbinas a gás serão alimentadas a gás natural, a nova central terá uma capacidade instalada de cerca de 830 megawatts (MW), adjacente aos grupos a carvão da Tejo Energia.

A entrada em funcionamento da nova unidade está prevista para 2011.

O fornecimento global "chave-na-mão" inclui, nomeadamente, duas turbinas a gás "da mais recente geração, duas turbinas a vapor e dois geradores arrefecidos a hidrogénio.

Mário Carvalho referiu também à Lusa que, "em conjunto, a futura unidade do Pego e as centrais de ciclo combinado da Tapada do Outeiro, no Porto, e do Ribatejo (Carregado), que entre 1995 e 2006 foram construídas pela Siemens, terão capacidade combinada de 3.000 MW".

"Esta produção satisfará cerca de 40 por cento da procura energética portuguesa", adiantou.

Com esta nova encomenda, a Siemens reforça assim a sua "posição de líder" do mercado energético português, disse Mário de Carvalho, sublinhando que um dos aspectos mais relevantes da futura central tem a ver com o cumprimento dos requisitos ambientais "mais exigentes", realçando que a nova central terá uma eficiência energética superior a 58 por cento após a conclusão das obras.

"Esta posição coloca-a como uma das mais eficientes centrais de ciclo combinado do mundo", sublinhou.

Para a Siemens, estas três centrais de ciclo combinado representam um volume de negócios de 1,74 mil milhões de euros.

Além disso, este tipo de centrais "são uma boa solução" para satisfazer os requisitos do mercado português e da restante Península Ibérica, salientou à Lusa o responsável.

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