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Syrah retomou produção de grafite em Moçambique ao fim de seis meses

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Material destina-se a baterias de carros elétricos.

A mineradora australiana Syrah anunciou esta quinta-feira que retomou a produção de grafite natural na mina de Balama, norte de Moçambique, que se destina a baterias de carros elétricos, após seis meses de paragem provocada pela agitação social.

Numa informação enviada aos mercados, consultada pela Lusa, a Syrah explica que o "reinício da produção" aconteceu depois de "restaurado", em 05 de maio, o acesso ao local em maio último e na sequência das "atividades de remobilização, inspeção, manutenção e preparação".

"A Syrah aumentará progressivamente a utilização da fábrica e os volumes de produção numa campanha operacional para reabastecer o 'stock' de produtos acabados em preparação para envios de grande volumes. Sujeito à procura do mercado, a Syrah espera continuar a operar Balama em modo de campanha", lê-se na informação.

Acrescenta que "existe uma procura latente significativa e crescente pelos produtos de grafite natural" que aquela mineradora fornece, "particularmente no mercado fora da China, devido a interrupções no fornecimento global, incluindo as da Balama", pelo que prevê "acelerar" as entregas no terceiro trimestre deste ano.

Contudo, na informação desta quinta-feira, a mineradora sublinha que declaração de "força maior" -- que levou à suspensão da atividade -, nos termos do Acordo de Mineração de Balama, "mantém-se em vigor, aguardando a retoma dos envios de produtos e uma revisão mais aprofundada do ambiente operacional".

A mineradora anunciou em 12 de dezembro, igualmente numa informação aos mercados, que invocou "força maior" pelo agravamento das manifestações e contestação aos resultados das eleições gerais de 09 de outubro de 2024 - que já provocaram cerca de 400 mortos, além de destruição de equipamentos públicos e privados, essencialmente até março -, que condicionavam a atividade na mina de grafite em Balama.

O termo "força maior" é um conceito jurídico que se refere a eventos externos, imprevisíveis e inevitáveis, que impedem o cumprimento de obrigações contratuais.

Na origem da suspensão da atividade, explicou a empresa anteriormente, estavam os protestos junto à mina, que condicionaram até então a atividade, e que "foram terminados, e o acesso ao local recuperado", após a intervenção das autoridades moçambicanas, que retiraram os últimos "manifestantes ilegais".

"Após um acordo formal firmado entre agricultores, autoridades do Governo de Moçambique e a empresa, a maioria dos manifestantes interrompeu os protestos em Balama em abril de 2025. Um pequeno grupo de pessoas continuou a bloquear o acesso ao local sem motivo legítimo, nem reclamação contra a Syrah", relatou anteriormente.

Segundo a Syrah, a contestação inicial envolveu um "pequeno grupo" de agricultores locais, com "queixas históricas de reassentamento de terras agrícolas" por resolver.

"A Syrah continua a trabalhar proativamente com o Governo de Moçambique, as autoridades provinciais de Cabo Delgado e os líderes distritais e comunitários para dar seguimento aos processos de reassentamento decorrentes dos agricultores realojados e garantir o apoio contínuo à operação e à livre circulação de bens e pessoas de e para o local de Balama, conforme exigido pelo Acordo de Mineração de Balama", lê-se ainda na informação desta quinta-feira.

A firma australiana está a construir a Vidalia, nos Estados Unidos da América, uma fábrica de material para baterias de carros elétricos, que será alimentada com minério moçambicano.

Globalmente, a produção de grafite em Moçambique, para baterias de carros elétricos, recuou 64% em 2024, para 34.899 toneladas, um dos registos mais baixos dos últimos anos, segundo dados do Governo noticiados pela Lusa em fevereiro.

Correio da Manhã
 
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