Os técnicos e investigadores do departamento de doenças infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) denunciam que alguns laboratórios do edifício, inaugurado nos anos 70, não oferecem condições de trabalho, acrescentando que a situação pode pôr em causa a qualidade e fiabilidade das análises.
De acordo com a edição deste domingo do Público, este Verão houve mesmo quem ameaçasse parar com a actividade, queixando-se que, quando o calor aperta na cidade de Lisboa, algumas salas do Ricardo Jorge ultrapassam os 35 graus, com arcas frigoríficas a descongelar e equipamentos de diagnóstico a darem erro, devido ao excesso de temperatura.
Esta não é a primeira vez que os funcionários do Insa, que pediram o anonimato por temerem retaliações, denunciam o problema, uma vez que o têm feito internamente, reclamando, por exemplo, a colocação de vulgares aparelhos de ar condicionado nos laboratórios, mas, até ao momento, sem sucesso. O Conselho Directivo do Ricardo Jorge prometeu, entretanto, uma solução para o próximo ano.
O Conselho Directivo já desdramatizou a situação, garantindo que a qualidade dos resultados das análises não está em risco. Ocorreu «um episódio isolado, num dos poucos dias de pico de calor em Lisboa, que apenas levou à repetição dos resultados que estavam a ser efectuados», argumenta, justificando que «os equipamentos estão preparados para não emitir resultados se não estiverem reunidas as condições que garantam a sua fiabilidade».
Contudo, os técnicos garantem que os problemas são sistemáticos, «muitas vezes diários», com algumas máquinas a serem levadas ao colapso, devido ao efeito de estufa que se faz sentir dentro do edifício. As despesas acumuladas de milhares de euros por se ter de mandar para o lixo os kits de diagnóstico e repetir uma série de testes já teriam compensado a compra de aparelhos de ar condicionado, argumentam, referindo que grande parte dos mais de 20 laboratórios não se encontra climatizado, ao contrário do que acontece nos serviços administrativos.
O Conselho Directivo do Insa decidiu privilegiar a manutenção do sistema central de climatização em detrimento da instalação de unidade de ar condicionado, devido «às implicações ambientais, arquitectónicas e de ineficiência energética que provocam», prevendo-se que, no próximo Verão, esta «manutenção», cujo investimento ronda os 200 mil euros, esteja finalizada.
Entretanto, o presidente do Instituto Ricardo Jorge, Pereira Miguel, reconheceu o problema de refrigeração de alguns laboratórios, mas «não há dinheiro» para fazer nada, lembrando que o orçamento obriga a «fazer opções». O responsável esclareceu, no entanto, que o problema se limita à sede, uma vez que as unidades construídas de raiz «têm todas as condições».
D/D
De acordo com a edição deste domingo do Público, este Verão houve mesmo quem ameaçasse parar com a actividade, queixando-se que, quando o calor aperta na cidade de Lisboa, algumas salas do Ricardo Jorge ultrapassam os 35 graus, com arcas frigoríficas a descongelar e equipamentos de diagnóstico a darem erro, devido ao excesso de temperatura.
Esta não é a primeira vez que os funcionários do Insa, que pediram o anonimato por temerem retaliações, denunciam o problema, uma vez que o têm feito internamente, reclamando, por exemplo, a colocação de vulgares aparelhos de ar condicionado nos laboratórios, mas, até ao momento, sem sucesso. O Conselho Directivo do Ricardo Jorge prometeu, entretanto, uma solução para o próximo ano.
O Conselho Directivo já desdramatizou a situação, garantindo que a qualidade dos resultados das análises não está em risco. Ocorreu «um episódio isolado, num dos poucos dias de pico de calor em Lisboa, que apenas levou à repetição dos resultados que estavam a ser efectuados», argumenta, justificando que «os equipamentos estão preparados para não emitir resultados se não estiverem reunidas as condições que garantam a sua fiabilidade».
Contudo, os técnicos garantem que os problemas são sistemáticos, «muitas vezes diários», com algumas máquinas a serem levadas ao colapso, devido ao efeito de estufa que se faz sentir dentro do edifício. As despesas acumuladas de milhares de euros por se ter de mandar para o lixo os kits de diagnóstico e repetir uma série de testes já teriam compensado a compra de aparelhos de ar condicionado, argumentam, referindo que grande parte dos mais de 20 laboratórios não se encontra climatizado, ao contrário do que acontece nos serviços administrativos.
O Conselho Directivo do Insa decidiu privilegiar a manutenção do sistema central de climatização em detrimento da instalação de unidade de ar condicionado, devido «às implicações ambientais, arquitectónicas e de ineficiência energética que provocam», prevendo-se que, no próximo Verão, esta «manutenção», cujo investimento ronda os 200 mil euros, esteja finalizada.
Entretanto, o presidente do Instituto Ricardo Jorge, Pereira Miguel, reconheceu o problema de refrigeração de alguns laboratórios, mas «não há dinheiro» para fazer nada, lembrando que o orçamento obriga a «fazer opções». O responsável esclareceu, no entanto, que o problema se limita à sede, uma vez que as unidades construídas de raiz «têm todas as condições».
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