Teoria da Terra Oca!
Desde tempos muitos remotos que as pessoas se fascinam com teorias acerca de um mundo ou cidade em outra dimensão, ou até mais que isto, um verdadeiro mundo existente no interior da Terra. E segundo uma destas teorias, a Terra seria oca. Não é de hoje que muitas pessoas se encantam com a ideia de um mundo em outra dimensão, ou indo mais além, de um mundo com muitas cidades, continentes, mares e oceanos no interior da Terra.
A teoria da Terra Oca afirma que a Terra não é uma esfera sólida, mas sim oca, com aberturas nos pólos. No seu interior viveria uma civilização tecnologicamente avançada, cujos habitantes, às vezes, vêm para a superfície em ovnis. Existem variantes desta teoria, inclusive uma em que nós vivemos no interior da Terra oca. Esta última é a teoria da Terra invertida, que se confunde com as diferentes versões da teoria da Terra oca.
Segundo esta teoria, a Terra não seria uma esfera substancial, preenchida apenas com lavas vulcânicas, mas sim um corpo oco, com fendas localizadas nos pólos. Na sua parte interna habitaria supostamente uma raça muito evoluída em termos de tecnologia, que eventualmente visitaria a superfície terrestre a bordo de ovnis, sendo assim os responsáveis pela maior parte dos avistamentos pelos seres humanos nos últimos tempos.
Vários cientistas criaram teorias referentes a um provável mundo interior, habitado tanto quanto a superfície.
Edmund Halley, astrónomo da corte real britânica, ao longo de 18 anos, que teve seu nome dado ao cometa de 1682, o qual, como ele previu, retornou em Dezembro de 1758, foi o primeiro a alegar a existência desse universo interno. Ele criou uma teoria das quatro esferas que partilham o mesmo centro, deixando escapar para o exterior uma atmosfera de luz, a mesma que provocaria a aurora boreal, para tentar compreender as irregularidades constantes do campo magnético terreno, as quais imiscuíam-se no funcionamento das bússolas. Homem muito religioso, ele imaginou que, se havia uma morada subterrânea, ela deveria também ser povoada por seres criados por Deus.
No século XVIII, outros cientistas introduziram mudanças nesta teoria, mas nunca a rejeitaram.
Leonard Euler concebia um Sol no centro da Terra, fornecendo luz e calor aos moradores desta esfera, enquanto Sir John Leslie tinha como verdadeira a existência de dois sóis, Plutão e Proserpina. Hoje, os estudiosos já descobriram o que causa realmente as perturbações na esfera electromagnética da Terra, mas ainda assim Halley conquistou adeptos ao longo da história, e actualmente não se acredita menos nestas versões.
Um destes discípulos, John Symmes, abraçou tão ardentemente esta causa, que a provável porta para o universo interno foi baptizada com seu nome – Buraco de Symmes.
Vários escritores de ficção científica adoptaram também este tema, tais como Júlio Verne, que o retratou no seu célebre livro "Viagem ao Centro da Terra", e Egar Rice Burroughs, pai do famoso Tarzan, que o retratou numa das suas obras que tinha como tema a Terra Oca.
Em princípios de 1970, novo alento atingiu esta tese, graças a um incidental testemunho fotográfico realizado pela Administração do Serviço de Ciência e Meio Ambiente (ESSA), órgão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que revelou uma imagem do Pólo Norte sem as nuvens que geralmente o encobrem, expondo um buraco onde deveria estar localizado o Pólo. Esta polémica foto causou sensação nos meios ufológicos. Ray Palmer, editor e ufólogo, utilizou esta representação produzida pelo satélite ESSA-7 e produziu um texto no qual defendia a veracidade desta fenda no extremo do Planeta.
Estas fotos reforçaram a crença de Palmer e outros pesquisadores na Terra Oca, supostamente habitada por uma civilização superior desconhecida. Agora eles acreditavam ter realmente encontrado a porta de entrada para este universo. Estas especulações provocaram o renascimento do antigo debate sobre as viagens do famoso vice-almirante Richard E. Byrd aos pólos Norte e Sul. Segundo o investigador Amadeo Giannini, este aventureiro não teria sobrevoado os Pólos, em 1926 e em 1929, e sim viajado pelo interior destes imensos buracos que conduziriam ao centro da Terra. Palmer, fundamentando-se nestas pesquisas, afirma que Byrd teria transmitido pelo rádio do avião em que se encontrava, a mensagem de que estava vislumbrando não a neve usual, mas sim trechos de terra com montanhas, bosques, vegetais, lagos e rios, entre outros elementos. Pouco antes de morrer, ele teria dito que o planeta, na região do Pólo, era um universo encantado e celestial, repleto de mistérios. De acordo com algumas teses, ele estaria se referindo à mitológica Cidade do Arco-Íris, centro de uma fantástica civilização.
Estes debates em torno das impressões de Byrd garantem a munição necessária à sobrevivência das teorias de Giannini e Palmer, que acreditam haver nos Pólos uma redução de nível, a qual constitui uma imensa fenda que atravessa o eixo da Terra, de um pólo a outro. De uma forma ou de outra, este enigma tem fascinado a mente do Homem desde tempos imemoriais, dos criadores do herói babilónico Gilgamesh, passando pelo mito de Orfeu, na mitologia grega, pelos faraós egípcios, até a crença budista no reino de Agharta, civilização remanescente da antiga Atlântida, submersa no Oceano após uma suposta erupção vulcânica. Mitos, teorias e clássicos da literatura mantêm vivo até hoje o interesse por este tema sedutor.