Terceirização de malware

jairobel

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Pesquisadores da Trend Micro, correndo atrás da origem de um programa do tipo cavalo de troia que tentava roubar informações de bancos, descobriram um site onde o hacker anunciava seus "produtos" de malware.
O criminoso permitia o download gratuito do código do progrma, garantindo assim a "terceirização" de suas operações criminosas, mediante uma parte das informações obtidas de usuários de sites financeiros.
A propaganda alardeava as "vantagens" do malware, afirmando que ele servia para Windows XP e 7, vendo tudo o que as vítimas acessavam em seus PCs. Também capturava telas de site onde o usuário navegava. O site dava uma lista de bancos e navegadores passíveis de serem enganados pelo cavalo de troia.
E o aperfeiçoamento da programação é rápido: cerca de uma semana depois de encontrado o site, já era anunciada uma versão 2.0 do malware, e em 15 dias surgiu a versão Ultimate. Todas atacam os recursos de segurança de bancos para proteger as contas dos correntistas, e também tentam fazer com que os antivírus do PC não se atualizem automaticamente.
Este exemplo ilustra como os cibercriminosos trabalham de maneira muito diferente dos hackers d'antanho. Um informe recente da própira Trend afirma que os criminosos digitais hoje se organizam como grandes empresas cooperativas, que vendem programas ilegais e divulgam "serviços" de distribuição de spam e formação de redes de máquinas infectadas (botnets) para realizarem ataques a terceiros.
Os programadores do mal podem vender seus códigos por preços que variam entre 365 euros e 2,4 mil euros. Mas criadores de malwares célebres como o Zeus, especializado em roubo de internet banking, podem auferir mais de 610 mil euros anualmente. Um cenário aterrador.

O Globo
 
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