Lavalar
GF Ouro
- Entrou
- Out 5, 2006
- Mensagens
- 887
- Gostos Recebidos
- 0
Timidez infantil
A timidez pode ser definida como a tendência para evitar interacções sociais, devido ao receio de ser avaliado negativamente por parte dos outros. Em termos somáticos, as manifestações de timidez caracterizam-se, sobretudo, por rubor, tensão muscular, palpitações, tremuras e sudação intensa.
"Gostaria de ver abordado o tema da timidez infantil. Como ajudar a criança a superar a timidez?"
Carmen Berndsen
Se o seu filho rói as unhas, tem as mãos sempre bastante suadas, é retraído, é muito passivo e tem dificuldade em relacionar-se com colegas da mesma idade, então provavelmente é uma criança tímida.
A timidez pode ser definida como a tendência para evitar interacções sociais, devido ao receio de ser avaliado negativamente por parte dos outros. Em termos somáticos, as manifestações de timidez caracterizam-se, sobretudo, por rubor, tensão muscular, palpitações, tremuras e sudação intensa.
Apesar de não existir muito consenso sobre a origem da timidez, muitos investigadores consideram que, embora esta tenha uma origem genética, ela pode ser exacerbada ou modificada a partir das interacções que a criança estabelece com os outros. A falta de vivências sociais é uma das causas mais relevantes para a timidez. Tudo indica que o isolamento social durante a infância perturba bastante o normal desenvolvimento da expressão emocional. Para além disto, Rosenbaum constatou, através de um estudo, a existência de uma forte correlação entre o elevado nível de ansiedade interpessoal dos pais e as condutas de timidez dos filhos.
Existe uma série de consequências negativas associadas à timidez. As crianças tímidas têm geralmente mais dificuldade em fazer e em manter amizades porque carecem de habilidades sociais, o que contribui para se tornarem mais solitárias. As dificuldades de se defenderem são outra consequência negativa, na medida em que os outros por vezes abusam delas. A timidez é também frequentemente interpretada pelas outras crianças como sinal de indiferença e desinteresse, o que contribui para que estas crianças sejam ignoradas ou excluídas. Como elas têm dificuldade em expressar as suas emoções, por vezes procuram escondê-las, com tudo o que de negativo daí advém.
O facto de a timidez implicar um elevado desgaste emocional para a criança, deve levar-nos a procurar formas de a minimizarmos. Uma das estratégias que poderão ajudar a criança a vencer a timidez é tentar criar, no contexto familiar, espaços onde ela possa falar relaxadamente, aproveitando todas as oportunidades para se reforçar positivamente o seu comportamento.
É fundamental também que no contexto escolar os educadores ou professores ajudem neste processo, estimulando a criança a participar sempre que esta seja capaz de o fazer.
Para além do que foi referido, é importante ter presente que numerosos comportamentos se podem adquirir através da aprendizagem social, nomeadamente mediante a observação de modelos. Se os pais apresentarem comportamentos extrovertidos, as crianças mais facilmente poderão interiorizar este tipo de comportamento. O contrário também acontece, ou seja, pais tímidos e pouco sociáveis poderão potenciar o desenvolvimento de condutas tímidas nos filhos.
O que daqui se pode concluir é que, apesar de a genética ter o seu contributo para o aparecimento da timidez, os pais podem contrariá-la se exibirem perante os seus filhos comportamentos marcadamente extrovertidos e se criarem oportunidades que permitam à criança ter uma grande variedade de experiências sociais.
Adriana Campos
Adriana Campos é licenciada em Psicologia, pela Universidade do Porto, na área de Consulta Psicológica de Jovens e Adultos, e mestre em Psicologia Escolar. Concluiu vários cursos de especialização na área da Psicologia, entre os quais um curso de pós-graduação em Psicopatologia do Desenvolvimento, na UCAE.
A timidez pode ser definida como a tendência para evitar interacções sociais, devido ao receio de ser avaliado negativamente por parte dos outros. Em termos somáticos, as manifestações de timidez caracterizam-se, sobretudo, por rubor, tensão muscular, palpitações, tremuras e sudação intensa.
"Gostaria de ver abordado o tema da timidez infantil. Como ajudar a criança a superar a timidez?"
Carmen Berndsen
Se o seu filho rói as unhas, tem as mãos sempre bastante suadas, é retraído, é muito passivo e tem dificuldade em relacionar-se com colegas da mesma idade, então provavelmente é uma criança tímida.
A timidez pode ser definida como a tendência para evitar interacções sociais, devido ao receio de ser avaliado negativamente por parte dos outros. Em termos somáticos, as manifestações de timidez caracterizam-se, sobretudo, por rubor, tensão muscular, palpitações, tremuras e sudação intensa.
Apesar de não existir muito consenso sobre a origem da timidez, muitos investigadores consideram que, embora esta tenha uma origem genética, ela pode ser exacerbada ou modificada a partir das interacções que a criança estabelece com os outros. A falta de vivências sociais é uma das causas mais relevantes para a timidez. Tudo indica que o isolamento social durante a infância perturba bastante o normal desenvolvimento da expressão emocional. Para além disto, Rosenbaum constatou, através de um estudo, a existência de uma forte correlação entre o elevado nível de ansiedade interpessoal dos pais e as condutas de timidez dos filhos.
Existe uma série de consequências negativas associadas à timidez. As crianças tímidas têm geralmente mais dificuldade em fazer e em manter amizades porque carecem de habilidades sociais, o que contribui para se tornarem mais solitárias. As dificuldades de se defenderem são outra consequência negativa, na medida em que os outros por vezes abusam delas. A timidez é também frequentemente interpretada pelas outras crianças como sinal de indiferença e desinteresse, o que contribui para que estas crianças sejam ignoradas ou excluídas. Como elas têm dificuldade em expressar as suas emoções, por vezes procuram escondê-las, com tudo o que de negativo daí advém.
O facto de a timidez implicar um elevado desgaste emocional para a criança, deve levar-nos a procurar formas de a minimizarmos. Uma das estratégias que poderão ajudar a criança a vencer a timidez é tentar criar, no contexto familiar, espaços onde ela possa falar relaxadamente, aproveitando todas as oportunidades para se reforçar positivamente o seu comportamento.
É fundamental também que no contexto escolar os educadores ou professores ajudem neste processo, estimulando a criança a participar sempre que esta seja capaz de o fazer.
Para além do que foi referido, é importante ter presente que numerosos comportamentos se podem adquirir através da aprendizagem social, nomeadamente mediante a observação de modelos. Se os pais apresentarem comportamentos extrovertidos, as crianças mais facilmente poderão interiorizar este tipo de comportamento. O contrário também acontece, ou seja, pais tímidos e pouco sociáveis poderão potenciar o desenvolvimento de condutas tímidas nos filhos.
O que daqui se pode concluir é que, apesar de a genética ter o seu contributo para o aparecimento da timidez, os pais podem contrariá-la se exibirem perante os seus filhos comportamentos marcadamente extrovertidos e se criarem oportunidades que permitam à criança ter uma grande variedade de experiências sociais.
Adriana Campos
Adriana Campos é licenciada em Psicologia, pela Universidade do Porto, na área de Consulta Psicológica de Jovens e Adultos, e mestre em Psicologia Escolar. Concluiu vários cursos de especialização na área da Psicologia, entre os quais um curso de pós-graduação em Psicopatologia do Desenvolvimento, na UCAE.