- Entrou
- Ago 4, 2007
- Mensagens
- 42,683
- Gostos Recebidos
- 948
Um técnico funerário obcecado por jogo online, e que ficou sem dinheiro, resolveu ir subtraindo, às escondidas, as poupanças do filho da sua companheira, para satisfazer o vício.
Para encobrir o furto, fabricou notas falsas e colocou-as na gaveta do menino, de oito anos. O logro foi descoberto quando a mãe e a criança foram ao banco para abrir uma conta. O Ministério Público acusa-o agora por crime de contrafação de moeda, punível com prisão até 12 anos.
A criança gostava de contar e tinha orgulho em exibir o dinheiro que ia recebendo em ocasiões festivas como o Natal e a Páscoa. A viver com a mãe desde 2011, na mesma casa, o indivíduo tinha conhecimento do local onde o menor guardava o seu pecúlio: uma gaveta num camiseiro do seu quarto.
O funerário, hoje com 30 anos, dedicou-se a partir de 2012 a apostas a dinheiro em sítios na Internet. Inicialmente, teve sorte ao jogo e até conseguiu lucros. Só que, posteriormente, começou a ter prejuízos. Não lhe chegava o ordenado, nem as suas economias. Depois, pediu dinheiro aos pais, a amigos e chegou ao ponto de contrair empréstimos bancários.
Foi neste contexto de desespero que, segundo a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público de Coimbra, o indivíduo começou, em outubro de 2014, a tirar dinheiro ao filho da sua companheira.
Quando já tinha subtraído 300 euros, o menino começou a queixar-se que lhe faltava dinheiro. Perante esta atitude do enteado, o homem resolveu encobrir os ilícitos através do fabrico de notas falsas. Segundo a investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra, o funerário pesquisou através do seu computador e imprimiu notas de 20, 50 e 100 euros, aparentemente fiáveis.
O dinheiro - 830 euros - foi colocado no "mealheiro" improvisado do menino. Mas, no Natal de 2014, o menor recebeu mais 140 euros de prenda. Mais uma vez, o companheiro da mãe trocou as notas verdadeiras por notas falsas.
Só que, no final do ano, a progenitora resolveu abrir uma conta bancária com os 970 euros de poupança do filho. E foi o funcionário da Caixa Geral de Depósitos de Condeixa-a-Nova que deu conta da fraude. A PJ esclareceu o resto.
IN:JN