Tirar as fraldas de vez

estela

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O bebé deve estar pronto

Há condições, inerentes à própria criança, que devem estar preenchidas antes de os pais tentarem tirar-lhe as fraldas.
No plano fisiológico, o sistema nervoso, que comanda o controlo dos esfíncteres, deve estar maduro. Só então a criança toma consciência da sua capacidade para contrair ou relaxar os esfíncteres. E antes dos 15/18 meses isso não acontece. Serão precisos ainda mais alguns meses para que esse controlo seja verdadeiramente eficaz.

No plano psicológico, a criança deve ter vontade de ser crescida. E deve possuir no seu vocabulário a palavra bacio, para poder pedi-lo. É por isso que aos 10/12 meses não há crianças sem fraldas, a não ser que os pais façam marcação cerrada.

O que não fazer?

Precipitar a aprendizagem da criança pode implicar alguns erros. Erros que podem bloquear o processo e, a prazo, podem ter consequências mais graves, como a obstipação (prisão de ventre) ou enurese (incontinência).

Assim, saiba que não deve obrigar a criança a ficar sentada no bacio. Se ao fim de alguns minutos, nada aconteceu, é porque a criança não tem vontade ou ainda não percebeu o que é esperado dela. Tenha paciência e tente mais tarde.

Do mesmo modo, não deve fazer um drama em caso de acidente. Não aja como se fosse grave, mas sim com naturalidade.

E nos primeiros tempos não deite a "produção" da criança logo na sanita, à sua frente. Ao fazer no bacio, é como se fosse um presente, pelo que a criança não perceberá porque está a deitá-lo fora.

Pais apressados, filhos pressionados

Até aos três anos as crianças aprendem naturalmente a fazer as suas necessidades no bacio. Mas a maioria das mães não quer esperar tanto tempo.
Como diz a tradição às vezes a pressa não é boa conselheira. E o feitiço pode virar-se contra o feiticeiro. Os pais ficam, geralmente, muito ansiosos com o momento de retirar as fraldas, o que pode ser visto pela criança como uma pressão e, em última instância, pode implicar um retrocesso.

Não pressionar a criança é essencial sob pena de ela não conseguir fazer a transição da fralda para o bacio. Paciência é o melhor remédio. Os pais devem tentar obter a colaboração da criança. Uma conversa ajuda, não em jeito de sermão, mas como mais uma brincadeira em que se explicam as vantagens de usar o bacio.

A criança deve ser estimulada, de modo a perceber que usar o bacio é um passo importante. Nesta idade - falamos dos 18 aos 30 meses - o que os pequenos querem é... sentir-se grandes. Não é por acaso que nos jogos imitam os adultos.

Também no momento de deixar a fralda o efeito imitação resulta: assim, quando sentar o seu filho no bacio, sente-se também na sanita, mostrando-lhe que é um gesto natural.

É claro que, nas primeiras vezes, ele não vai aguentar-se sentado muito tempo. Então, distraia-o, conte-lhe uma pequena história. Mas não o obrigue a ficar sentado. O importante é que se vá habituando. E muito provavelmente no início não fará nada, mas com o tempo o xixi virá. E quando isso acontecer, elogie-o, faça-o sentir-se crescido.

Pelo contrário, não ralhe quando ele deixar escapar a urina. Às vezes, não dá mesmo tempo para chegar ao bacio ou para baixar a roupa. Acontece a todas as crianças, mas não deixe que isso seja sinónimo de repressão. Até porque nestas idades é difícil às crianças lidarem com os limites que os pais impõem e com o próprio amor que sentem pelos pais.

Acidentes, acontecem. Por isso, o Verão é a altura ideal para tirar as fraldas ao seu bebé. De férias, os pais estão naturalmente mais descontraídos, libertos da rotina do dia-a-dia profissional. Por isso, muna-se de paciência, de muitas mudas de roupa, e leve o seu filho à conquista...do bacio!
 
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