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Um copo de vinho tinto por dia para evitar doenças cardíacas e retardar o envelhecimento? Esqueça. Agora os dados são outros.
Em moderação, o álcool pode ser benéfico se aliado a uma rotina alimentar completa, variada e equilibrada. Esta foi a ideia defendida por muitos e há também estudos que a comprovam (e em que muitos se agarram enquanto argumento válido). Mas como em qualquer área, existem dois lados cuja opinião contrasta, e se há estudos que dizem que o álcool faz bem, outros alegam que não há dose destas bebidas que seja benéfica.
O estudo em questão foi publicado pelo Lancet na semana passada e já tem dado que falar. Vem confirmar esta mesma ideia, que já havia sido apontada previamente e que agora é comprovada graças a uma extensa análise aos dados de indivíduos entre os 15 e os 95 anos de idade, de 195 países entre 1990 e 2016.
Segundo as conclusões do estudo, entre 100.000 não consumidores de álcool, 914 estavam propícios a desenvolver uma doença relacionada com a bebida como cancro, por exemplo. Já quem toma uma dose diária, a probabilidade de contrair tais doenças aumenta quatro vezes mais e se a dose são duas doses diárias, verifica-se um aumento de 63% de probabilidade de vir a ter uma das doenças em questão.
Embora o estudo não refute a ideia de que um copo de álcool por dia ajuda a prevenir certas doenças, o risco de outras supera o argumento da prevenção. Além disso, e como refere Sonia Saxena, uma das autoras do estudo, na maioria dos casos o consumo não se limita a uma dose diária, pelo menos esta é a realidade no Reino Unido, de onde o estudo partiu, logo, vale a pena a chamada de atenção.
“O presente estudo vai mais além de outros se se considerarmos todos os aspetos aqui estudados como venda de álcool, quantidade consumida, casos de embriaguez, abstinência, consumo por turistas entre muitos outros”, refere Saxena.
Também a apresentação do caso em concreto de cada país, cujas realidades são comparadas, é relevante. A divisão feita por país e sexo revela que são as ucranianas as mulheres que mais bebem, numa média superior a quatro doses diárias, seguem-se as de Andorra e de Luxemburgo com igual média de 3,4 doses diárias. Na análise ao sexo feminino, Portugal não consta do top 10.
Já no caso dos homens, os que mais bebem são os romenos, que apresentam uma média superior a oito doses diárias e em segundo lugar estão os portugueses, com média superior a sete doses diárias, idêntica à de Luxemburgo.
Tais números ultrapassam a dose diária recomendada limitada pelo Governo em 2016 a uma média máxima de 14 doses por semana, o que equivale a dois copos por dia.

Em moderação, o álcool pode ser benéfico se aliado a uma rotina alimentar completa, variada e equilibrada. Esta foi a ideia defendida por muitos e há também estudos que a comprovam (e em que muitos se agarram enquanto argumento válido). Mas como em qualquer área, existem dois lados cuja opinião contrasta, e se há estudos que dizem que o álcool faz bem, outros alegam que não há dose destas bebidas que seja benéfica.
O estudo em questão foi publicado pelo Lancet na semana passada e já tem dado que falar. Vem confirmar esta mesma ideia, que já havia sido apontada previamente e que agora é comprovada graças a uma extensa análise aos dados de indivíduos entre os 15 e os 95 anos de idade, de 195 países entre 1990 e 2016.
Segundo as conclusões do estudo, entre 100.000 não consumidores de álcool, 914 estavam propícios a desenvolver uma doença relacionada com a bebida como cancro, por exemplo. Já quem toma uma dose diária, a probabilidade de contrair tais doenças aumenta quatro vezes mais e se a dose são duas doses diárias, verifica-se um aumento de 63% de probabilidade de vir a ter uma das doenças em questão.
Embora o estudo não refute a ideia de que um copo de álcool por dia ajuda a prevenir certas doenças, o risco de outras supera o argumento da prevenção. Além disso, e como refere Sonia Saxena, uma das autoras do estudo, na maioria dos casos o consumo não se limita a uma dose diária, pelo menos esta é a realidade no Reino Unido, de onde o estudo partiu, logo, vale a pena a chamada de atenção.
“O presente estudo vai mais além de outros se se considerarmos todos os aspetos aqui estudados como venda de álcool, quantidade consumida, casos de embriaguez, abstinência, consumo por turistas entre muitos outros”, refere Saxena.
Também a apresentação do caso em concreto de cada país, cujas realidades são comparadas, é relevante. A divisão feita por país e sexo revela que são as ucranianas as mulheres que mais bebem, numa média superior a quatro doses diárias, seguem-se as de Andorra e de Luxemburgo com igual média de 3,4 doses diárias. Na análise ao sexo feminino, Portugal não consta do top 10.
Já no caso dos homens, os que mais bebem são os romenos, que apresentam uma média superior a oito doses diárias e em segundo lugar estão os portugueses, com média superior a sete doses diárias, idêntica à de Luxemburgo.
Tais números ultrapassam a dose diária recomendada limitada pelo Governo em 2016 a uma média máxima de 14 doses por semana, o que equivale a dois copos por dia.
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