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Torrão recorda Bernardim Ribeiro com recriação histórica
O escritor e poeta palaciano Bernardim Ribeiro (1482?-1552?) vai ser recordado este fim-de-semana no Torrão, em Alcácer do Sal, sua terra natal, durante uma recriação histórica que fará a vila recuar até à época quinhentista.
Demonstrações de dança e música, declamação de poesia e teatro, tiro com arco, falcoaria e mostra de armas são algumas das actividades promovidas entre sexta e domingo na localidade alentejana.
A ideia é homenagear a figura que dá nome a escolas, ruas e estátuas no concelho, onde se acredita que terá nascido, nos finais do século XV. «É uma figura ilustre que nos traz orgulho por ter nascido no nosso município, um expoente da cultura», relevou Isabel Vicente, vereadora da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
A novela «Saudades», mais conhecida por «Menina e Moça», é a principal obra conhecida do escritor renascentista, responsável pela introdução do bucolismo em Portugal. Bernardim Ribeiro colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende e pertenceu à roda dos poetas palacianos.
A recriação histórica é promovida pela autarquia, no âmbito da iniciativa «Maio, Mês da Cultura», que, no ano transacto, trouxe à cidade de Alcácer o tempo dos romanos. «Este ano, decidimos descentralizar as iniciativas culturais para esta freguesia do interior, divulgando em simultâneo a localidade», explicou a edil.
O tempo dos reis, vassalos e mercadores regressa na manhã de sexta-feira, pelas 10:00 horas, com um cortejo histórico, onde não faltarão príncipes, aias, nobres e plebeus. Ao todo, serão 300 figurantes, entre populares, alunos das escolas da região e elementos de associações locais, que envergarão as vestes de outrora, encarnando personagens do passado. O desfile termina com a leitura do foral daquela povoação.
A recriação chegará nos próximos dias também ao prato, através da organização de um repasto histórico demonstrativo e da participação de alguns restaurantes, que elaboraram «ementas com receitas da época», decorando o espaço a preceito. Uma feirinha de produtos tradicionais e uma tenda de jogos tradicionais estarão igualmente presentes durante os três dias.
À noite, o programa convida a assistir à peça «Auto da Barca do Inferno», de Gil Vicente, interpretada pelos alunos da Escola Básica 2/3 Bernardim Ribeiro, do Torrão, na sexta-feira. Já no sábado, chega um torneio quinhentista, com lutas e jogos de cavalos e armas, demonstrativos da época.
Domingo, o Teatro do Rio traz à cena «... Do Torrão de Bernardim, uma écloga e três danças», um trabalho que faz uma aproximação ao espírito de «dançar de corte» da época. Os cuspidores de fogo e som chegam a seguir, para fechar a iniciativa.
Diário Digital / Lusa
O escritor e poeta palaciano Bernardim Ribeiro (1482?-1552?) vai ser recordado este fim-de-semana no Torrão, em Alcácer do Sal, sua terra natal, durante uma recriação histórica que fará a vila recuar até à época quinhentista.
Demonstrações de dança e música, declamação de poesia e teatro, tiro com arco, falcoaria e mostra de armas são algumas das actividades promovidas entre sexta e domingo na localidade alentejana.
A ideia é homenagear a figura que dá nome a escolas, ruas e estátuas no concelho, onde se acredita que terá nascido, nos finais do século XV. «É uma figura ilustre que nos traz orgulho por ter nascido no nosso município, um expoente da cultura», relevou Isabel Vicente, vereadora da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
A novela «Saudades», mais conhecida por «Menina e Moça», é a principal obra conhecida do escritor renascentista, responsável pela introdução do bucolismo em Portugal. Bernardim Ribeiro colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende e pertenceu à roda dos poetas palacianos.
A recriação histórica é promovida pela autarquia, no âmbito da iniciativa «Maio, Mês da Cultura», que, no ano transacto, trouxe à cidade de Alcácer o tempo dos romanos. «Este ano, decidimos descentralizar as iniciativas culturais para esta freguesia do interior, divulgando em simultâneo a localidade», explicou a edil.
O tempo dos reis, vassalos e mercadores regressa na manhã de sexta-feira, pelas 10:00 horas, com um cortejo histórico, onde não faltarão príncipes, aias, nobres e plebeus. Ao todo, serão 300 figurantes, entre populares, alunos das escolas da região e elementos de associações locais, que envergarão as vestes de outrora, encarnando personagens do passado. O desfile termina com a leitura do foral daquela povoação.
A recriação chegará nos próximos dias também ao prato, através da organização de um repasto histórico demonstrativo e da participação de alguns restaurantes, que elaboraram «ementas com receitas da época», decorando o espaço a preceito. Uma feirinha de produtos tradicionais e uma tenda de jogos tradicionais estarão igualmente presentes durante os três dias.
À noite, o programa convida a assistir à peça «Auto da Barca do Inferno», de Gil Vicente, interpretada pelos alunos da Escola Básica 2/3 Bernardim Ribeiro, do Torrão, na sexta-feira. Já no sábado, chega um torneio quinhentista, com lutas e jogos de cavalos e armas, demonstrativos da época.
Domingo, o Teatro do Rio traz à cena «... Do Torrão de Bernardim, uma écloga e três danças», um trabalho que faz uma aproximação ao espírito de «dançar de corte» da época. Os cuspidores de fogo e som chegam a seguir, para fechar a iniciativa.
Diário Digital / Lusa