Notícias Tribunal de Ourém condena tenente da polícia brasileira ligado ao major Carvalho a 12 anos de prisão

Roter.Teufel

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Out 5, 2021
Mensagens
21,027
Gostos Recebidos
876
Tribunal de Ourém condena tenente da polícia brasileira ligado ao major Carvalho a 12 anos de prisão
img_900x509$2023_07_05_21_06_29_1388100.jpg


Droga chegou do Brasil escondida no meio de um carregamento de polpa de açaí tropical.

O tribunal de Ourém condenou a 12 anos de cadeia o tenente Aderaldo Neto, da polícia militar do Pará, Brasil, por tráfico internacional de cocaína. Os civis e compatriotas Nilson Castro Neto, e Marco António Júnior, presos em Julho de 2022 pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ (UNCTE/PJ) com o polícia militar, quando abriam um contentor que escondia 350 quilos de cocaína (de valor estimado pelo tribunal em 8,8 milhões de euros), e que chegou do Brasil escondido no meio de um carregamento de polpa de açaí tropical, foram condenados a 12 e 9 anos e meio de prisão, respetivamente.

Os três suspeitos estavam, e vão permanecer em prisão preventiva até trânsito em julgado das respetivas penas.

O acórdão, a que o CM teve acesso, aponta que parte da droga que chegou a Portugal pelo porto de Sines, e que os traficantes tentaram, sem sucesso, resgatar num armazém de Ourém, pertencia à rede do major Sérgio Carvalho, antigo operacional da Polícia Militar brasileira, ex-colega de Aderaldo Neto, e considerado o Pablo Escobar brasileiro. Recorde-se que a UNCTE/PJ acredita que a rede de Sérgio Carvalho fez chegar ilegalmente a Portugal, desde 2017, dezenas de toneladas de cocaína.

Aderaldo Neto deslocou-se a Portugal, em Julho de 2022, para garantir a segurança da operação. Depois de expedirem os estupefacientes para Portugal através de uma empresa transitária, os arguidos viajaram para o nosso país com o intuito de a conseguir desviar das atenções das autoridades portuguesas. No entanto, os três desconheciam estar já a ser monitorizados pela Polícia Federal brasileira, que alertou a UNCTE/PJ para o negócio de tráfico internacional. Assim, uma equipa liderada pelo coordenador Vítor Ananias conseguiu não só apreender os 350 quilos de cocaína, como prender os suspeitos.

A medida da pena aplicada aos três arguidos, foi justificada pelo coletivo de juízes liderado por Sónia Vicente pela "reação enérgica e veemente que os tribunais devem ter no sentido da repressão da conduta criminosa das redes de tráfico, e também da utilização de território português como porta de entrada de cocaína no continente europeu".

Correio da Manhã
 
Topo