- Entrou
- Ago 4, 2007
- Mensagens
- 49,021
- Gostos Recebidos
- 1,165
Um tribunal do Reino Unido decidiu que uma menina de cinco anos deveria manter o nome do seu pai, considerando que se trata parte da sua identidade e herança genética. A menina, note-se, nasceu num ambiente de contínuos abusos sexuais.
Esta é uma decisão polémica e, sobretudo, traumática para a mãe desta criança, cuja identidade se mantém anónima.
A criança nunca esteve com o pai, homem que é acusado de quatro crimes graves de violação contra a mãe da mesma, entre 2015 e 2017.
A mulher alegou que o facto de a filha ter de manter o nome do homem que a violou, era impedi-la de ultrapassar o trauma.
Segundo o Daily Mail, o homem e a mulher seriam namorados quando se deu a primeira violação. A jovem alegava que queria esperar pelo casamento para ter relações sexuais e apesar de várias vezes lhe ter dito que não, este obrigou-a.
A par disso, o homem tinha uma atitude violenta, tendo inclusive chegado a dizer-lhe que não estava certo se, "de cabeça quente, não seria capaz de pegar numa faca e matar a mulher e os seus pais".
Apesar das conclusões, a juíza Laura Moys, responsável por casos familiares, decidiu em março que mudar o apelido da criança "constituiria uma ruptura adicional na ligação que ela tem com o pai, de uma forma que não é justificada nem proporcional".
A juíza considerou que o apelido da criança "faz parte da sua identidade e proporciona uma ligação importante ao pai e à herança paterna".
Charlotte Proudman, a advogada que representa a mãe, disse ao The Sunday Times que a decisão mostra que "os direitos de um violador são mais importantes do que os da vítima".
A decisão acontece depois de o pai se ter referido às acusações, de forma consistente, como apenas "alegações".
IN:NM
