UE e Rússia acordam parceria energética

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Fonte: JN


O início das negociações do novo acordo de parceria estratégica entre a União Europeia e a Rússia é a principal, e considerada relevante, novidade da cimeira entre as duas partes, que decorreu em Khanti-Mansisk, na Sibéria.

"Confirmamos que há muito boas perspectivas para se chegar a um novo acordo", afirmou Janez Jansa, primeiro-ministro da Eslovénia, a quem cabe a Presidência da União Europeia no semestre que agora finda, deixando transparecer o optimismo das conclusões deste encontro.

"O novo acordo de base entre a União Europeia e a Rússia deverá ser curto e com um carácter estrurante e estrutural", precisou o presidente russo Dmitri Medvedev, no final da sua da reunião que marcou a sua estreia em negociações com a UE ao mais alto nível.

A UE é o principal parceiro económico da Rússia, sendo disso pradigma o facto de o volume de trocas entre as duas partes ter triplicado desde 2003, atingindo um valor de 233 mil milhões de euros em 2007.

A União Europeia importa sobretudo gás e petróleo, por isso pretende que o novo acordo reflicta as exigências europeias em diferentes variantes, mas sobretudo em matéria de energia.

José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, esclareceu que o consumo europeu de combustíveis oriundo da Rússia vai continuar a crescer nos próximos anos.

De acordo com as palavras do actual líder do Kremlin, o dia de ontem serviu também para "não só debater abertamente as arestas mais afiadas das relações bilaterais, como procurar forma de as suavisar".

Entre as queixas da parte russa, Dmitri Medvedev colocou a "euro-solidariedade" invocada por "alguns Estados-membros para a resolução de problemas bilaterais".

O presidente referia-se sobretudo ao veto polaco ao início das negociações para o novo acordo de parceria, que provocou um adiamento 18 meses e consequentemente prejuízos de alguma amplitude.

O presidente russo criticou ainda a possível presença de bases do sistema norte-americano de defesa anti-mísseis em território europeu, alegando que a Europa "é a nossa casa comum" e que são os estados "donos dessa casa que devem zelar por ela" e não "deixar esse encargo aos vizinhos".

Por seu lado, a Unão Europeia insiste na exigência de uma melhoria da situação dos direitos humanos na Rússia, tema pouco agradável para Moscoco.

Durão Barroso sublinhou que esperava que "o presidente Dmitri Medvedev, que sublinhou a importância do respeito pela lei, consiga estabelecer um diálogo mais construtivo no âmbito dos direitos humanos e da liberdade de Imprensa".
 
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