Uma lanterna solar para quem não tem luz elétrica

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Foto © Merklit Mersha
[/h] Foi, inicialmente, criada para ser exibida durante o "Olympics Festival", festival de artes que decorreu em paralelo com os Jogos Olímpicos de Londres 2012. Porém, a "Little Sun", uma lâmpada solar inovadora que lembra o sol, tem potencial para mudar a vida de milhões de pessoas, iluminando, pela primeira vez, as partes do mundo onde a eletricidade ainda não chegou.


Esta lanterna LED alimentada a luz solar foi desenvolvida por Olafur Eliasson e Frederick Ottesen e pode ser uma fonte prática, segura e eficiente de luz artificial, permitindo abolir, por exemplo, o uso de candeeiros de querosene "que 'poluem' tanto o organismo como fumar 40 cigarros por dia", escreve o jornal The Telegraph.

"A Little Sun ("Pequeno Sol", em português) responde à situação que enfrentamos atualmente, onde os recursos naturais já não abundam", afirma Eliasson, citado pelo jornal britânico. "As limitações energéticas e a distribuição desigual da energia tornam necessário repensar o funcionamento dos nossos sistemas e eu vejo esta lâmpada como uma forma de abrir a discussão da perspetiva da arte", acrescenta.

As lâmpadas, com um design em forma de flor - que também lembra o Sol, como o próprio nome - e em tons de amarelo, podem durar até 3 anos e, se a bateria for substituída, chegar às duas décadas de vida. Segundo os criadores, podem ser usadas para iluminar as crianças enquanto fazem os trabalhos de casa, para cozinhar, sendo adequadas tanto em salas de aulas, como empresas ou unidades de saúde.

Além disso, defende Ottesen, outro dos seus mentores, o design não só é apelativo como foi concebido de forma a permitir que seja 'presa' a qualquer objeto e a deixar circular o ar, impedindo o sobreaquecimento. "Porque razão as pessoas mais carenciadas não quereriam algo tão funcional como bonito?", questiona.

Vender 500.000 lâmpadas em 2013

Entre 28 de Julho e 23 de Setembro, os dois artistas organizaram a exposição "Tate Blackouts", em Londres, uma mostra que decorreu às escuras, iluminada apenas por estes 'pequenos sóis', com o objetivo de dar aos visitantes uma nova visão sobre a arte e, ao mesmo tempo, ensinar-lhes mais sobre o potencial da energia solar e angariar fundos para lançar um negócio de venda das lâmpadas por todo o mundo.

O objetivo é conseguir, durante o próximo ano, vender, pelo menos, 500.000 lâmpadas (a cerca de 7,80€ cada) e, até 2020, já ter distribuído mais de 50 milhões a pequenos empresários dos países em desenvolvimento. A prioridade é chegar aos locais onde o acesso à eletricidade é escasso, ajudando-se, ao mesmo tempo, os negócios de menores dimensões a prosperar.
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