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UNITA denuncia ataque a militantes e fala em "intimidação" do regime angolano

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Ataque aconteceu na província do Bié, por volta das 18:00, no domingo.

A UNITA, oposição angolana, denunciou esta terça-feira um ataque a militantes do seu braço juvenil, a JURA, do qual resultou um ferido, associando o episódio a mensagens "de intimidação" do MPLA, partido no poder.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral da JURA, Nelito Ekuikui, explicou que o ataque aconteceu no domingo no Lopitanga, município do Andulo, província do Bié, por volta das 18:00, quando os jovens saiam de um acampamento e se depararam na estrada com uma barricada com troncos e pedras erguida por militantes da JMPLA, organização juvenil do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

A maior parte dos membros da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA) conseguiram escapar ao ataque com paus e pedras que terá sido perpetrado por jovens da Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola (JMPLA), exceto um deles que não conseguiu fugir "e foi barbaramente espancado", segundo Nelito Ekuikui.

Fotografias mostram o homem de 32 anos com cortes profundos na cabeça que o levaram a ser assistido no Cuemba, sendo posteriormente transferido para o hospital central do Kuito.

Nelito Ekuikui adiantou que os jovens seguiam numa viatura "com a sua propaganda e entoavam as suas canções" e que o secretário provincial da JURA vai apresentar queixa junto das autoridades.

"Estamos à espera a toda a hora que as autoridades competentes se pronunciem sobre o caso", afirmou à Lusa.

O acampamento foi realizado no âmbito das festividades alusivas ao aniversario do fundador da UNITA, Jonas Savimbi, morto a 22 de fevereiro de 2002, e natural da aldeia de Lopitanga, para onde os seus restos mortais foram transferidos em 2019.

A JURA expressou através de um comunicado o seu mais "profundo e veemente repúdio contra o bárbaro ataque" que sofreu Isaac Eduardo Chitengui que "foi brutalmente agredido e espancado até quase a morte por militantes da JMPLA".

"Este crime hediondo não é apenas uma afronta direta à integridade física de um jovem, mas também um ataque violento contra os princípios democráticos e a liberdade de expressão em Angola", disse a JURA, exigindo às autoridades uma "investigação imediata, transparente e rigorosa".

A UNITA já denunciou este ano outros episódios de intolerância política visando os seus dirigentes e militantes.

"Situações desta natureza têm-se registado com alguma frequência nos últimos anos, depois das eleições de 2022", sublinhou Nelito Ekuikui, acrescentando que se quer transmitir uma mensagem de intimidação.

"O partido do regime perdeu grande expressão e popularidade e quer com essas atitudes intimidar o povo no sentido de o povo recuar e não apoiar a UNITA", insistiu o dirigente.

Correio da Manhã
 
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