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Vai de férias? Leve os seus medicamentos

Satpa

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Vai de férias? Leve os seus medicamentos

Quer viaje no país, quer fora dele, não se esqueça de juntar à bagagem um “kit de farmácia”: assim poderá responder rapidamente às pequenas emergências estivais. Mas não se esqueça também de garantir a conservação dos medicamentos.

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As férias são uma pausa sempre desejada na azáfama do resto do ano. Seja para quem trabalha, seja para quem estuda, é um período de descanso e descontracção. Mas a saúde é essencial para aproveitar verdadeiramente as férias. E a verdade é que, no campo, na praia ou na cidade, os pequenos acidentes acontecem quando menos se espera.

Nalguns países, como os tropicais, há outros riscos à espreita, provenientes, por exemplo, da contaminação de alimentos e bebidas, mas também das diferenças de temperatura e de humidade.

Dependendo do país, pode ser aconselhável uma ida à consulta do viajante, onde pode ser prescrita medicação profiláctica de algumas doenças endémicas.

Além disso, há a considerar as especificidades de cada viajante, desde a propensão para o enjoo às necessidades dos doentes crónicos, dos idosos e das crianças.

Há, pois, todo um conjunto de situações que importa acautelar antes de partir, não importa qual seja o destino mas com maior cuidado quando se trata de um país menos desenvolvido ou em que a língua crie dificuldades de comunicação e, portanto, de acesso aos serviços farmacêuticos e médicos.

Assim, há que reunir numa maleta os medicamentos e produtos de saúde destinados a reparar o mal-estar ocasional (como dores de cabeça), mas também com os de toma habitual, quando é o caso.

Estes últimos devem ser em quantidade ligeiramente superior ao número de dias de férias, para salvaguardar eventuais extravios ou deteriorações. E se forem de prescrição médica obrigatória devem ser acompanhados de uma receita, com a denominação comum internacional (DCI), pois pode haver necessidade de adquiri-los no país de destino.

Atenção ao calor

E porque se trata de férias de Verão há ainda que ter em consideração as condições de armazenamento e transporte dos medicamentos nestes dias quentes, pois o calor pode alterar as propriedades dos medicamentos, podendo mesmo perder alguma da sua eficácia.

Há medicamentos que requerem condições particulares de armazenamento, as quais constam no respectivo folheto informativo. Quando não há qualquer referência, devem ser conservados à temperatura ambiente (sendo esta a norma num país continental como Portugal, sem grandes extremos de temperatura).

Nalguns casos, a tolerância dos medicamentos ao calor é escassa, pelo que devem ser guardados no frigorífico, a uma temperatura entre os 2 e os 8ºC, sob pena de a sua estabilidade ser afectada. A partir do momento em que são retirados do frio, devem-se respeitar as condições descritas no folheto informativo.

Alguns devem ser utilizados rapidamente para não perderem a estabilidade, outros devem atingir a temperatura ambiente para ser utilizados e há ainda aqueles que podem ser conservados à temperatura ambiente vários dias até a sua utilização. Quanto aos que possuem um limite de tolerância superior, normalmente à temperatura ambiente, podem ser mantidos a temperaturas mais elevadas, não superiores a 30ºC. Se estes valores forem ultrapassados pontualmente, a qualidade pode não ser afectada, até porque no interior do medicamento, geralmente, à temperatura é inferior devido à protecção oferecida pela embalagem.

Entre os casos particulares, contam-se os de algumas formas farmacêuticas como supositórios ou cremes. Não é apenas a substância activa que é sensível ao calor, mas a forma em que é apresentada: um creme que muda de cor ou um supositório derretido são sinais de que o produto foi alterado na sua qualidade por acção da temperatura, pelo que não deve ser utilizado.

No que toca ao transporte de medicamentos, a distinção faz-se também em função da tolerância ao calor: os mais sensíveis devem ser transportados em bolsas isotérmicas refrigeradas, mas sem provocar a sua congelação, enquanto os demais podem ser transportados à temperatura ambiente, mas não expostos durante muito tempo a temperaturas excessivas. Não devem, pois, ser mantidos no porta-bagagens ou no porta-luvas dos veículos por constituírem espaços fechados e sem ventilação. Como medida de precaução, é preferível transportá-los em embalagens isotérmicas não refrigeradas. Quando viaja de avião, os medicamentos devem ser transportados na bagagem de mão, pois as baixas temperaturas atingidas no porão podem levar à congelação, com especial risco para as insulinas.

Há que aplicar estes cuidados e desfrutar das férias. Levando os medicamentos na bagagem… para uma eventualidade.

A farmácia na bagagem

O ideal é não precisar de medicamentos nas férias, mas mais vale viajar prevenido. Por isso, aqui ficam algumas sugestões para compor o seu “kit de farmácia”:

• Medicamentos de toma habitual em quantidade suficiente, pelo menos para a duração da viagem;

• Um antidiarreico e um laxante;

• Medicamentos para as náuseas e vómitos;

• Antipiréticos (para a febre) e analgésicos (para dores ligeiras);

• Produtos de protecção solar;

• Um creme calmante contra as irritações e queimaduras solares;

• Prevenção e tratamento das picadas de insectos (repelentes e anti-histamínicos);

• Acessórios associados aos primeiros socorros (sobretudo se os “miúdos” também viajarem) – gaze, soluções de limpeza e desinfecção de feridas (ex. água oxigenada, soro fisilógico, soluções com iodo, e outros), pensos rápidos, ligaduras e uma tesoura;

• Um termómetro.


Se é doente crónico, peça ao seu médico uma receita – com a Denominação Comum Internacional (DCI), identificável em qualquer país – só para prevenir alguma falha na medicação.


Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF
 
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