Videojogos Regresso dos "Ghost Busters" garante boa disposição

[G@ngster]

PERSONAGENS TÊM MAIS DE DUAS DÉCADAS




Passaram já 25 anos (!) desde a estreia de "Ghost Busters", filme de Ivan Reitman (com sequela em 1989) que colocava Dan Aykroyd, Bill Murray e Harold Ramis na pele de 3 professores especializados no paranormal que abriam um negócio de caça às almas penadas. Os 2 filmes marcaram a segunda metade dos anos 80, internacionalizaram a música de Ray Parker Jr. e mostraram que era possível fazer comédia de bom gosto misturando fantasmas em estilo Gasparzinho e ficção científica - as armas de protões, que mais pareciam sofisticadas máquinas de... sulfatar.

No momento em que está em produção o 3.º filme da saga (previsto para 2012), Dan Aykroyd e Harold Ramis decidiram passar o "franchise" para os videojogos. E em boa hora o fizeram. O jogo - disponível para PS3, X360 e Wii - nada perde por se basear em ficção criada há mais de duas décadas e está até muito acima de títulos, digamos, modernos.

Situado em 1991, apenas 2 anos depois dos acontecimentos narrados no 2.º filme, "Ghost Busters: The videogame" coloca o jogador na pele do novo recruta da empresa "Caça-fantasmas" e vai levá-lo a cumprir inúmeras missões ao lado de representações de Aykroyd (dr. Raymond Stantz), Murray (dr. Peter Venkman) e Ramis (dr. Egon Spangler) - todos interpretados pelos próprios. O ambiente é logo reconhecido por quem viu os filmes (os mais novos podem procurá-los nos videoclubes), desde o quartel-general, ao automóvel, passando pelas armas de protões, armadilhas para os fantasmas e, claro, as próprias manifestações ectoplásmicas - aqui ganhando novos e zangadíssimos elementos.

Jogado na 3.ª pessoa e dividido por muitos cenários, "Ghost Busters" é divertido, tem alguns enigmas, muita cor e ainda mais ação. Há momentos em que podemos eliminar de imediato os fantasmas, mas a regra e apanhá-los primeiro com o feixe de protões e encaminhá-los depois para dentro das ratoeiras. Parece fácil, mas não é. E esse pormenor, com a mecânica de jogo a criar algumas dificuldades, pode exasperar os menos pacientes. Mas toda ação é compensadora, ainda para mais quando há muito diálogo e foi mantido o espírito das piadolas entre os 3 professores - principalmente a personagem marialva de Venkman, que nos filmes tinha um caso com Sigourney Weaver.
Concluindo, esta é uma das surpresas do ano a valer um 16 na nossa classificação de 0 a 20.
Autor: PAULO RENATO SOARES