• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Vladimir Putin elogia Trump e Blatter. E ameaça a Turquia

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
Líder russo profere declarações insultuosas para com Ancara e desafia Turquia a retomar operações aéreas na Síria.
ng5447260.JPG


O candidato republicano à Casa Branca Donald Trump é uma pessoa "talentosa e inteligente", com quem Vladimir Putin não se importaria de trabalhar, e o presidente suspenso da FIFA, o suíço Joseph Blatter, que está a ser investigado por corrupção, um homem "respeitável", "merecedor do Prémio Nobel da Paz". Estas foram algumas das declarações do presidente da Rússia no seu encontro anual com a imprensa, ontem em Moscovo.Mas, de forma contundente e recorrendo a uma linguagem insultuosa e um registo de desprezo , Vladimir Putin lançou novas ameaças à Turquia, afirmando que o governo de Ancara, ao ordenar o abate do avião russo, terá pretendido "lamber os americanos num certo sítio, mas não sei se fizeram bem". E continuou: "Foi um ato de hostilidade, e depois foram esconder-se atrás da NATO." Após os insultos, a ameaça: "Com a colocação dos mísseis S-400 acabaram-se as violações do espaço aéreo sírio pela força aérea turca. Eles que tentem agora lá entrar." De facto, desde que foi abatido o Sukhoi-24M a 24 de novembro, os aviões turcos deixaram de realizar operações no espaço aéreo da Síria. Uma boa notícia para o regime de Damasco, que tem na Rússia um dos seus grandes aliados em conjunto com o Irão, e também para o Estado Islâmico (EI).O Sukhoi-24M foi abatido depois de ter sido avisado dez vezes de que entrara em espaço aéreo da Turquia. Os pilotos russos ignoraram esses avisos e nunca estabeleceram comunicação com a parte turca.Prosseguindo ainda sobre a Turquia, o dirigente russo mostrou-se totalmente cético sobre a normalização das relações bilaterais e martelou a ideia de que Ancara deve a Moscovo um "pedido de desculpas".Em nova provocação ao governo de Ancara, Putin disse estar a assistir-se a um "processo de islamização oculta" e que o fundador da República, Mustafa Kemal Ataturk, deve "estar a revolver-se no túmulo".Quanto ao envolvimento dos Estados Unidos na guerra na Síria, Putin disse apoiar a iniciativa de Washington, "que inclui a elaboração de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU" sobre o conflito, acrescentando que o projeto da declaração foi discutido com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, no início desta semana, que aproveitou para elogiar.A resolução passa por aumentar as sanções ao EI e pretende sobretudo cortar o acesso a meios financeiros por parte do grupo terrorista.Ainda sobre o conflito sírio, Putin disse "não imaginar melhor exercício militar" para as forças armadas do seu país. "Podemos treinar ali durante bastante tempo", explicou.Ucrânia, Geórgia e petróleoSobre as relações com alguns dos países da ex-União Soviética em que existem situações de conflito, como a Ucrânia e a Geórgia, Putin admitiu que houve russos "a levar a cabo certas tarefas, inclusive militares" no primeiro país. Mas negou qualquer intenção de impor sanções à Ucrânia após suspender a zona de livre comércio entre os dois países, explicando não ter Moscovo outra alternativa face à aproximação de Kiev à União Europeia.Quanto à Geórgia, o líder russo disse estar pronto a melhorar as relações entre Moscovo e Tbilissi; e aproveitou a ocasião para anunciar que poderão ser abolidos, a curto prazo, os vistos para os georgianos que entraram em vigor após a guerra de agosto de 2008 na Ossétia do Sul, região secessionista da Geórgia, cuja independência é apenas reconhecida pela Rússia.Naquela que foi a 11.ª conferência de imprensa anual, Putin falou três horas e oito minutos, segundo os media russos, respondeu a 32 perguntas dos 1400 jornalistas nacionais e estrangeiros presentes, abordando igualmente questões internas. Em especial, no plano económico em que a conjuntura tem sido negativamente afetada pela queda do preço do petróleo.O que foi admitido pelo presidente russo, afirmando que o país "deve habituar-se" a viver com um preço baixo do barril de petróleo e suas consequências para a economia nacional. Putin disse que, em 2015, o PIB caiu 3,7%. Segundo ele, a inflação chegou aos 12,3%, mas o défice ficará abaixo dos 3%, algures entre os 2,8 e 2,9%.


dn

 
Topo